sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Aumento da gasolina e do diesel pode chegar ao consumidor nesse fim de semana

Aumento da gasolina e do diesel pode chegar ao consumidor nesse fim de semana



Abastecer o carro com gasolina ou óleo diesel vai ficar mais caros nos próximos dias. O aumento no preço dos combustíveis, anunciado na noite de quarta-feira (18) pela Petrobras, pode chegar aos postos de gasolina hoje mesmo, segundo entidades do setor.
Reinaldo Coelho


Abastecer o carro com gasolina ou óleo diesel vai ficar mais caros nos próximos dias. O aumento no preço dos combustíveis, anunciado na noite de quarta-feira (18) pela Petrobras, pode chegar aos postos de gasolina hoje mesmo, segundo entidades do setor. A estatal subiu em 4,2% o preço médio do diesel nas refinarias e em 3,5% o da gasolina, após ataques a instalações de uma petroleira da Arábia Saudita levarem ao aumento do preço do petróleo no mercado internacional.
Como o mercado é livre, os preços já podem ser alterados na bomba, mas cada posto e distribuidora é livre para decidir quando fará o reajuste e em que medida. Todas as distribuidoras começaram a faturar no valor novo a partir da meia-noite do dia 18/09. Então elas já repassam na hora.
Cada estado e/ou município ao receber o produto já com o novo preço poderá ou não contabilizar e repassar para o consumidor. Não é possível saber exatamente quanto [vai subir] porque as distribuidoras são livres para repassar aos postos o mesmo aumento, um valor superior ou um inferior.  
O mesmo vale para os postos de combustíveis.   

Se um posto está com estoque zerado e recebe a partir de hoje, ou ele repassa ou tem prejuízo. Ele É necessário esperar alguns dias para saber qual foi o efeito do aumento feito pela Petrobras para o bolso do motorista. A associação de distribuidoras ressaltou que o mercado de combustíveis é livre e que quem define o preço na bomba para o consumidor final são os postos revendedores.
Pois o preço final envolve outros fatores, além do valor de venda determinado pelas refinarias, como impostos, logística e remuneração de distribuidores e revendedores. Destaque-se que duas dessas variáveis —custo do produto e tributos— são responsáveis por mais de 80% do preço final.


Reação do mercado
Na última segunda-feira (16), a Petrobras divulgou nota sobre o bombardeio de refinarias na Arábia Saudita, responsável pela produção de 5% do petróleo mundial, o que gerou uma imediata elevação dos preços dos combustíveis no mundo. A estatal informou, na ocasião, que continuaria monitorando os preços do petróleo e não faria um ajuste de forma imediata.
O último reajuste da gasolina no Brasil havia sido em 5 de setembro e o do diesel, em 13 de setembro. Em sua página na internet, a Petrobras explica como funcionam o mecanismo e as decisões de formação de preços dos combustíveis por ela vendidos.
“Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, explica, em nota, a estatal.
Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. “Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis."
Os caminhoneiros descartam greve

O aumento do diesel afeta diretamente os caminhoneiros, categoria com forte poder de pressionar o governo com a ameaça de uma nova greve. Wanderlei Alves, o Dedéco, uma das lideranças da greve geral do ano passado, disse que os caminhoneiros não devem organizar nenhuma paralisação em razão do aumento porque entendem que não podem combater um fator internacional. "Eles [a Petrobras] explicaram que é por causa do ataque na Arábia Saudita. Então o que vamos fazer, se o combustível no mundo inteiro está aumentando por causa disso?", disse. "Não vejo possibilidade de greve. Não tem por que bagunçar o mercado brasileiro." Ele sugere que os motoristas pesquisem quais postos têm diesel em estoque e, por isso, conseguirão segurar o aumento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...