PNAD Contínua 2018: 10% da população concentram 42,1% da massa de rendimentos do Amapá
O Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima), foi estimado em 0,547 em 2018. Entre 2012 e 2014 houve uma tendência de manutenção (de 0,527 para 0,526), que foi revertida a partir de 2015, quando o índice aumentou para 0,545, chegando a 0,589 em 2017.
Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, o Índice de Gini foi de 0,484 em 2012, caindo até 0,477 em 2015 e voltando a subir até 0,480 em 2018.
Em 2018, o rendimento médio mensal real do 1% da população com maiores rendimentos era de R$ 17.158, o que corresponde a 22,7 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 757).
Essas e outras informações fazem parte do módulo Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O material de apoio da divulgação está disponível à direita da página de divulgação: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25700-pnad-continua-2018-10-da-populacao-concentram-43-1-da-massa-de-rendimentos-do-pais >.
A pesquisa também mostrou que a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 747 milhões em 2017, caiu para R$ 695 milhões em 2018. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42,1%.
O rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de cerca de 10,7% de 2012 (R$ 1.774) a 2014 (R$ 1.963), depois caiu 0,6% em 2015 (R$ 1.952) e novamente caiu 4,8% em 2016 (R$ 1.870). Em 2017, obteve crescimento de 1,8% (R$ 1.904) e, em 2018, caiu 7,8%, para R$ 1.766.
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), que era de R$ 1.910 em 2012, representou o maior valor da série. De 2013 a 2016 ocorreram quedas sucessivas acumulando uma redução de 15,8% em relação a 2012. Em 2017 subiu 12,6%, chegando a R$ 1.889. Em 2018 reduziu para R$ 1.576. Em relação a 2012, o indicador de 2018 representou decréscimo real de 20,9%.
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), que era de R$ 1.910 em 2012, chegou ao maior valor da série em 2017 (R$ 2.179), caindo 10,3% em 2018, quando chegou a R$ 1.954. Em relação a 2012, o indicador de 2018 representou crescimento real de 2,3%.
A massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos da população ocupada era em 2018, de aproximadamente R$ 558 milhões, 6,5% acima do valor registrado em 2012.
De 2012 (R$ 943) a 2015 (R$ 1.047) o rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes (aposentadorias, pensões, alugueis, programas de transferência de renda etc.) acumulou ganho de 11%. Em 2016 (R$ 907) e 2017 (R$ 834) registrou perdas de 13,4% e 8%, respectivamente, que foi revertida nos dois anos seguintes com expansão de 17,6%. Atingindo valor médio de R$ 981 em 2018. Regionalmente, o Nordeste (R$ 971) registrou a menor média, enquanto o Sudeste (R$ 1.839), a maior em 2018.
No Amapá, em 2018, entre as categorias que compõem o rendimento de outras fontes, a aposentadoria ou pensão foi o item de maior valor médio (R$ 1.781). O crescimento dessa categoria de rendimento entre 2017 e 2018 foi de 5,7% e, em relação a 2012, houve decréscimo de 6,5%.
O percentual de domicílios atendidos pelo Bolsa Família subiu de 18,8% em 2012 para 25,7% em 2018.
Rendimento médio do 1% mais rico da população é 22,7 vezes o rendimento dos 50% mais pobres
O rendimento médio mensal real do 1% da população com maiores rendimentos era de R$ 17.158, o que corresponde a 22,7 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 757).
Índice de Gini do rendimento médio mensal do trabalho chega a 0,480 em 2018
O índice de Gini é um indicador que mede distribuição, concentração e desigualdade econômica e varia de 0 (perfeita igualdade) até 1 (máxima concentração e desigualdade). Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, ele foi de 0,480 em 2018. O índice tinha caído entre 2012 (0,484) e 2015 (0,477).
Um décimo da população concentra 42% da massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita
A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 747 milhões em 2017, alcançou R$ 695 milhões em 2018. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,7% da massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42%.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 846, em 2018 e R$ 928, em 2017. Roraima apresentou o maior valor na Região Norte (R$ 1.196), o Amapá foi o quinto e o Amazonas o último (R$ 789).
Em 2018, o rendimento de todos os trabalhos compunha, 80,3% do rendimento médio mensal real domiciliar per capita. Os 19,7% provenientes de outras fontes se dividem em rendimentos de aposentadoria ou pensão (12,8%) em sua maioria, mas também em aluguel e arrendamento (1,4%), pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (0,9%) e outros rendimentos (4,6%).
Rendimento médio real de todas as fontes em 2018 volta a patamar abaixo de 2014
De 2012 (R$ 1.774) a 2014 (R$ 1.963), o rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de cerca de 10,7%. A estimativa sofreu queda de 0,6% em 2015, passando a ser de R$ 1.952. Em 2016 reduziu 4,2% (R$ 1.870). Em 2017 apresentou crescimento de 1,7% com valor de R$ 1.904. E, em 2018, registrou redução de 7,2%, com valor de R$ 1.766.
Rendimento de trabalho cresce 2,3% em relação a 2012, mas abaixo do patamar de 2014
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) apresentou o maior valor da série em 2017 (R$ 2.179), caindo 10,3% em 2018 (R$ 1.954). Em relação a 2012, quando a estimativa era de R$ 1.910, o rendimento de todos trabalhos de 2018 representou crescimento real de 2,3%.
Participação da renda de todos os trabalhos tem menor patamar em 2018
Em 2018, o contingente de pessoas que tinham rendimento de todos os trabalhos correspondia a 34,8% da população residente (286 mil), enquanto que, em 2012, eram 38% (274 mil). Já a presença de rendimentos provenientes de alguma outra fonte foi registrada para 17% dos residentes (140 mil) em 2018, frente a 14,2% (102 mil) em 2012.
O rendimento de outras fontes teve movimento de expansão desde o início da série, apresentando o maior crescimento de 2012 (14,2%) para 2013 (15,3%).
De 2012 a 2018, participação da aposentadoria ou pensão cresce e de outros rendimentos também
Dentre os componentes dos rendimentos de outras fontes, o predomínio foi da categoria “outros rendimentos”, que inclui seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo, rendimentos de poupança etc., que teve frequência de 9,2% na população residente com rendimento. Nas demais categorias, os percentuais foram de 6,1% (na categoria aposentadoria ou pensão); 1,3% (pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador) e 1,1% (aluguel e arrendamento).
Pessoas com ensino superior completo ganham o dobro daquelas com nível médio
As pessoas com ensino fundamental incompleto apresentaram o menor rendimento médio (R$ 972). Por outro lado, o rendimento das pessoas com ensino fundamental completo ou equivalente foi 26,7% maior, chegando a R$ 1.232. Aqueles que tinham ensino superior completo (R$ 3.877) registraram rendimento médio aproximadamente 2,3 vezes maior que o daqueles que tinham somente o ensino médio completo e cerca de quatro vezes o daqueles sem instrução (R$ 986).
Massa de rendimento mensal real do trabalho sobe 6,5% entre 2012 e 2018
A massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos da população ocupada era em 2018, de aproximadamente R$ 558 milhões, 6,5% acima do valor registrado em 2012. Esta teve movimento de expansão entre 2012 e 2015, com posterior queda em 2016, recuperação em 2017 e novamente queda em 2018 (-12,4%).
Proporção de domicílios com Bolsa Família subiu de 18,8% em 2012 para 25,7% em 2018
No Amapá, 25,7% dos domicílios particulares permanentes recebiam, em 2018, dinheiro referente ao Programa Bolsa Família. Esta proporção foi de 18,8% em 2012.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) era recebido por 6,1% dos domicílios do Amapá em 2018, 1,6 ponto percentual acima da proporção observada em 2012.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de R$ 303 e naqueles que não recebiam foi de R$ 1.139. Para os domicílios que recebiam o BPC o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$ 617 e para os que não recebiam, R$ 862.
O acesso a serviços básicos nos domicílios que recebiam algum programa também era diferente daqueles que não recebiam. Entre aqueles com o Bolsa família, 69,3% tinham abastecimento de água de rede geral; 11,9% tinham esgotamento sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a rede geral; 88,3% tinham coleta de lixo. Os valores para os domicílios que não recebiam Bolsa Família eram quase todos maiores, em particular o que se refere ao acesso a esgotamento sanitário (14,3%), a exceção ocorre com o abastecimento de água, onde 56,4 dos domicílios que não recebiam Bolsa Família tinham abastecimento por rede geral.
O mesmo comportamento foi verificado em relação à posse de bens. Entre os domicílios que recebiam o programa Bolsa Família, 94,7% possuíam geladeira; 50,5% máquina de lavar; 96,4% televisão e 13,8% microcomputador. Entre os que não recebiam, os percentuais foram, respectivamente: 96,8%; 61,2%; 97% e 42,9%.
A proporção de domicílios que recebiam BPC com acesso a abastecimento de água (64,7%), esgotamento sanitário (11,6%) e coleta de lixo (93,1%) foi, em geral, menor que entre os domicílios não beneficiários em 2018 (59,4%, 13,8% e 94,3%, respectivamente). Quanto à posse de bens, as diferenças ocorreram sobretudo na posse de máquina de lavar roupa (56,5,0% frente a 58,6%) e microcomputador (22,7% frente a 36,2%).
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