quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Prefeitura de Macapá reabre novo Bioparque da Amazônia

Após 20 anos fechado, Prefeitura de Macapá reabre novo Bioparque da Amazônia


Atuar como espaço inovador de pesquisa, de turismo sustentável e promoção da cidadania. Essa é uma das metas que nortearam a reforma do Parque Zoobotânico Municipal, conhecido agora como Bioparque da Amazônia. Considerado o maior parque em área urbana da Região Norte, após vinte anos fechado, o espaço será reaberto pela Prefeitura de Macapá no dia 25 de outubro e, a partir do dia 26, o público poderá fazer visitas.


Criado em 1973 por Raimundo dos Santos Souza, o “Sacaca”, o parque era inicialmente um espaço para resgatar animais silvestres acidentados durante a construção da estrada que liga Macapá ao porto de Santana. Conhecido na época como Parque Florestal da Cidade, foi das matas do complexo que saíram as mudas e sementes que contribuíram com a arborização do que hoje são as dependências do Instituto Emílio Goeldi, de Belém (PA), e fazem parte também do acervo do Jardim Botânico, do Rio de Janeiro, o mais completo herbário do mundo sobre a Amazônia.


Segundo o prefeito de Macapá, Clécio Luís, o Bioparque da Amazônia abrirá após 20 vinte anos fechado. Ele ressalta que a gestão municipal foi construindo condições necessárias para poder reabrir o parque, e significará um momento histórico para o macapaense. “O espaço ficou fechado por duas décadas, e, com grande alegria, iremos devolvê-lo com uma nova identidade à nossa população.  O Bioparque marcará um grande passo para Macapá, rumo a um momento histórico, cercado de grande simbolismo e memórias afetivas de toda uma geração que deseja ansiosamente apresentar o mais novo Bioparque da Amazônia para a geração atual de amapaenses. Uma obra mais que especial para a nossa gestão”, ressalta.


O Parque Zoobotânico Municipal será reaberto e adota o conceito de Bioparque, integrando ecossistemas, animais e pessoas em busca de desenvolvimento sustentável e inovação em pesquisa científica. Para o guarda-parque Nerivan da Silva, que desde 2006 conhece as dependências e há dois anos atua diretamente no Zoobotânico, a reabertura é um acréscimo para a população em diversos aspectos. “A pessoa não vai vir somente ver o parque, aqui dentro tem uma experiência completa em contato com a natureza por meio de trilhas, animais e plantas. É um ambiente completo”.


O Bioparque procura se posicionar como um espaço de promoção da sustentabilidade ambiental, desenvolvimento social e turístico, estabelecendo vínculos com os moradores do entorno, gerando alternativas econômicas sustentáveis como artesanato, guardas-parque e atividades culturais, criando relações harmoniosas entre moradores e floresta.


O complexo agora possui diversas trilhas de diferentes níveis de dificuldade, amplo espaço para piqueniques, orquidário, redário, espaços de interação, meliponário, trilha aquática, tirolesa e o ecótono, que é uma área de transição entre três ecossistemas: a mata de terra firma, o cerrado e a ressaca.


Moisés Dutra, que conheceu o Zoobotânico anteriormente, fala com alegria sobre a espera pelo novo espaço. “É uma conquista para a nossa população. Sempre senti uma tristeza em ver esse espaço fechado, e agora, em breve, poderei voltar aqui com a minha família e conhecer o novo parque”, pontua.

Além da estrutura voltada para atender as visitas orientadas e integradas à conservação ambiental, há calçadas sinalizadas, espaços recreativos acessíveis para usuários com dificuldades de locomoção e crianças. O novo Bioparque será também um espaço para desenvolvimento da ciência, por meio de parcerias com universidades e fundações de pesquisas do Amapá e outros estados.

A reabertura do Bioparque faz parte do projeto Macapá Rumo aos 300 anos, que, por intermédio de um planejamento estratégico, visa desenvolver Macapá em diferentes aspectos, com investimentos em inovação, tecnologia e sustentabilidade.


Orquidário Municipal do Bioparque busca a conservação de orquídeas nativas


Buscando integrar o público e a natureza, o Bioparque da Amazônia, antigo Parque Zoobotânico, que ficou fechado por vinte anos e será reaberto pela Prefeitura de Macapá no dia 25 de outubro, conta agora com novas atrações. Uma das possibilidades de visitação é o Memorial das Orquídeas de Teresa Leite Chaves, nome dado em homenagem à criadora Terezinha Leite Chaves Pinto.


Fátima Almeida, agente de defesa ambiental do Bioparque, está na coordenação do Orquidário Municipal há cinco anos e conta que não tinha ideia de como cuidar de orquídeas, mas, com esforço e dedicação, aprendeu e continua aprendendo. “Orquídeas não precisam de terra, os insumos são leves, como o caroço do açaí. Facilita a drenagem de água e evita fungos”, relata a agente.


O Orquidário do Bioparque tem apenas sete meses e abriga espécies nativas, catalogadas graças ao projeto Orquídeas do Amapá. Ao todo, são 242 espécies de orquídeas e 74 de bromélias mantidas por meio do trabalho dos agentes e da parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

“O Amapá é um dos maiores celeiros de orquídeas do Brasil. Muitas delas ainda não catalogadas. Nosso trabalho principal aqui é preservar as orquídeas do município”, afirma Fátima.


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