quinta-feira, 17 de outubro de 2019

CINCO ANOS APÓS SER INCIADO, O MURO DE ARRIMO DO ATURIÁ PODERÁ SER ENTREGUE NO INICIO DE 2020


MURO DE ARRIMO DO ATURIÁ
CONTENÇÃO DO RIO AMAZONAS E GARANTIA DE SEGURANÇA PARA MORADORES DA ORLA DO ATURIÁ
 
FOTOS G1/AMAPÁ



Reinaldo Coelho

O som das ondas acompanhadas dos ventos do Rio Amazonas são a maior atração dos frequentadores da Orla de Macapá. Porém, para os que tem moradias na ribeira do Rio Mar é dessossego, pois traz som da destruição de suas palafitas, mas de 120 famílias já perderam seus lares durante as altas da maré, pois não tinham a proteção para conter a fúria da natureza que produz o fenômeno de terras caídas.

A única saída seria o prosseguimento do muro que serpenteia a Orla de Macapá, que chegou até o Bairro do Araxá e desde 2014 essa obra começou a ser executado, porém foi interrompido após 2 anos. Enquanto isso os moradores tomaram iniciativas para conter a força do Rio Amazonas, construindo uma contensão improvisada para evitar a invasão da maré sobre os imóveis. A estrutura provisória foi erguida com pedaços de madeira que caíram de 120 casas já destruídas pelo rio, e de blocos de concreto recolhidos pelos moradores.
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Essa proteção finalmente chegou aos 600 metros dos 1.070 metros de muro que podem aliviar o problema que atinge há anos famílias carentes que vivem na orla do rio Amazonas na região do Aturiá. A obra do muro foi orçada em R$ 13 milhões e parte dos valores é oriunda de recursos federais.
Porém a obra em sintonia com a maré do Rio Amazonas. Para ser entregue ainda no começo de 2020, segundo a Secretaria de Infraestrutura do Amapá (Seinf), os trabalhos devem acontecer em harmonia com a maré, que em função da movimentação oferta apenas 3 horas diárias de trabalho.


O engenheiro Alcir Matos, titular da Seinf, explicou que obra ficou paralisada durante cinco anos, o que dificultou o desenvolvimento do projeto. Segundo ele, o valor total de R$ 12.048.619,43 recebeu um aditivo de 23% para a conclusão, representando R$ 2,8 milhões. O recurso é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


“O problema não são os recursos financeiros, o problema é a maré, que nos permite trabalhar durante três horas no dia, uma hora antes da maré começar a secar e uma hora depois da maré totalmente seca. Isso causa muitos transtornos para mobilizar as escavadeiras e os homens”, explica.


O titular da Seinf detalhou que a agressividade do rio Amazonas serão solucionados após a conclusão da obra que urbanizará a área e dará acesso entre bairros da Zona Sul.

“O Rio Amazonas é muito agressivo, principalmente no inverno, então já tivemos muitas casas derrubadas pela força da água, as casas sempre foram ameaçadas, por isso estamos fazendo uma obra de contenção. Mas a intenção é fazer a via para conectar à Avenida Equatorial e continuar toda essa beira-rio”, afirma.

Outra preocupação dos técnicos da Seinf é com referência a penetração das águas por baixo do murro como acontece ao longo do muro nos Complexos do Jandiá até o Araxá. Para evitar que o mesmo problema aconteça na nova obra e não haja passagem de água por baixo, a escavação tem profundidade de 2,5 metros. Nos trechos onde existem bolsões de lama são instaladas estacas de concreto, para maior resistência


ESTRUTURA DA OBRA
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O corredor terá mais de 1 quilômetro de extensão, com início do Complexo do Araxá até a Avenida Equatorial, na região do Aturiá. O muro será em concreto e 30% da composição receberá terra preta. O projeto ainda prevê mureta, guarda-corpo e calçada.

“Além do muro, vamos urbanizar toda a área no entorno após a conclusão da obra a fim de viabilizar o passeio público para as famílias disporem de mais um espaço de lazer”, anunciou Alcir Matos.


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