PELADÃO
SOCIAL
O Futebol
como agente de inclusão social
Reinaldo
Coelho
Este
mês um grupo de desportistas amapaenses e amazonense, reuniram-se e resolveram
lançar no Amapá, uma modalidade de pratica esportiva popular denominada
Peladão, um estilo utilizado por todos que tem no futebol sua pratica esportiva
e que é denominada popularmente de PELADA DO FIM DA TARDE OU DO SÁBADO. Seja na
lama, no campinho do bairro, na rua, enfim...
A
palavra pelada é o nome dado aqui no Brasil a uma partida amigável de futebol
com regras livres, normalmente sem a preocupação com tamanhos de campo,
condição dos equipamentos e uniformes, marcações básicas, entre outros
aspectos, ao contrário do futebol profissional.
Porém,
o novo estilo de pelada, difundida em todo o Brasil e que tem no Estado do
Amazonas, a maior pelada do Brasil, estabelece regras e reúne comunidade de
todos os bairros do estado e que disputam o título de um Campeonato de Futebol
Amador, levando torcedores em maior numero dos que comparecem nos estádios para
os jogos profissionais.
Aqui
no Amapá, o PELADÃO, está em sua primeira versão e na primeira fase que é as
inscrições das equipes, porém o premio do Campeão de 2019, já está estacionado
na frente da Federação Amapaense de Futebol, para que os desejosos em
alcançarem o título, o admirem. É um prêmio inédito em eventos esportivos
locais, um carro Gol, zero quilometro, quatro portas, no valor de aproximadamente
R$ 45.000,00.
Mas,
além disso, o Projeto do Peladão quer atrair os jovens adolescentes na faixa
etária de 16 a 29 anos para exporem sua arte no campo de futebol e possam
mostrar sua capacidade no futebol e quem sabe um ‘olheiro’ o segura para o
profissional local.
A
coordenação do Peladão Amapá, quer ir mais longe, tem nos seus objetivos atuar
junto aos jovens na linha de risco e poder ajudar esses jovens a voltarem a
trilhar o caminho da escola, se profissionalizar, que não seja no futebol, mas
em qualquer área profissional, através de parcerias com órgãos e instituições públicas
ou privadas.
Através da prática esportiva é possível
promover a socialização, rotina, cumprimento de regras, disciplina, trabalho em
equipe, liderança, respeito, persistência, solidariedade e cooperação, além de
proporcionar situações que motivem aprender com os erros e conquistar
realizações.
Estes
valores, concretizados no jogo de futebol ou de qualquer outra modalidade, são
baseados em princípios que devem reger a educação de crianças e adolescentes.
Os valores do jogo não são apenas ensinados para serem validados no esporte,
mas sim para traçarem rumos, alargarem os horizontes e acrescentarem metas e
meios de alcançá-los.
Esses
jovens que deverão participar da I Campeonato de Pelada do Amapá – Peladão 2019,
pode ser o craque de amanhã e através
das ações sociais, que deverão ser estabelecidas pela coordenação do Projeto
Peladão, desenvolver ações de impacto nas esferas familiar, escolar e
esportiva, numa perspectiva de formação integral do jovem, formando cidadãos,
fortalecendo o seu protagonismo, possibilitando o seu acesso a oportunidades e,
como consequência, estimulando uma nova visão de futuro.
No Brasil o futebol também é
tido como profissão, embora na grande maioria dos casos seja dificílimo pensar
futebol como projeto profissional, tanto para homens quanto para mulheres, por
consequência de fatores que seguem impedindo o direito dessa prática esportiva,
justificadas pelas péssimas condições de trabalho e também pelos os contratos
instáveis e baixa remuneração.
O futebol enquanto fenômeno
social muitas vezes, após cumprirem suas obrigações em período escolar, os
meninos e meninas jogam futebol nas ruas, em espaços de educação e lazer, tais
como clubes, centros esportivos ou até mesmo na própria escola em turmas de
treinamento no contra turno ou em aulas de Educação Física.
Com essa prática do futebol diária, compreendemos
que os jovens se veem no futebol com uma perspectiva de
carreira, mesmo se não indicando carreira, mas quantos desses já não pensaram
em ser Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi . Assim, o que esses meninos investem
atrás desse sonho, arquitetados ou não como projetos de vida é a tônica para
também entender a forma como interpretam e significam o futebol em suas vidas.
E temos de ajuda-los a entender que a realidade é diferente, que sonhar tem que
ser com os pés na bola, mas o olhar mais além com a segurança de estudo e
emprego.
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