terça-feira, 26 de novembro de 2019

PELADÃO SOCIAL


PELADÃO SOCIAL
O Futebol como agente de inclusão social
  



Reinaldo Coelho


Este mês um grupo de desportistas amapaenses e amazonense, reuniram-se e resolveram lançar no Amapá, uma modalidade de pratica esportiva popular denominada Peladão, um estilo utilizado por todos que tem no futebol sua pratica esportiva e que é denominada popularmente de PELADA DO FIM DA TARDE OU DO SÁBADO. Seja na lama, no campinho do bairro, na rua, enfim...

A palavra pelada é o nome dado aqui no Brasil a uma partida amigável de futebol com regras livres, normalmente sem a preocupação com tamanhos de campo, condição dos equipamentos e uniformes, marcações básicas, entre outros aspectos, ao contrário do futebol profissional.

Porém, o novo estilo de pelada, difundida em todo o Brasil e que tem no Estado do Amazonas, a maior pelada do Brasil, estabelece regras e reúne comunidade de todos os bairros do estado e que disputam o título de um Campeonato de Futebol Amador, levando torcedores em maior numero dos que comparecem nos estádios para os jogos profissionais.

Aqui no Amapá, o PELADÃO, está em sua primeira versão e na primeira fase que é as inscrições das equipes, porém o premio do Campeão de 2019, já está estacionado na frente da Federação Amapaense de Futebol, para que os desejosos em alcançarem o título, o admirem. É um prêmio inédito em eventos esportivos locais, um carro Gol, zero quilometro, quatro portas, no valor de aproximadamente R$ 45.000,00.

Mas, além disso, o Projeto do Peladão quer atrair os jovens adolescentes na faixa etária de 16 a 29 anos para exporem sua arte no campo de futebol e possam mostrar sua capacidade no futebol e quem sabe um ‘olheiro’ o segura para o profissional local.

A coordenação do Peladão Amapá, quer ir mais longe, tem nos seus objetivos atuar junto aos jovens na linha de risco e poder ajudar esses jovens a voltarem a trilhar o caminho da escola, se profissionalizar, que não seja no futebol, mas em qualquer área profissional, através de parcerias com órgãos e instituições públicas ou privadas.

 Através da prática esportiva é possível promover a socialização, rotina, cumprimento de regras, disciplina, trabalho em equipe, liderança, respeito, persistência, solidariedade e cooperação, além de proporcionar situações que motivem aprender com os erros e conquistar realizações.

Estes valores, concretizados no jogo de futebol ou de qualquer outra modalidade, são baseados em princípios que devem reger a educação de crianças e adolescentes. Os valores do jogo não são apenas ensinados para serem validados no esporte, mas sim para traçarem rumos, alargarem os horizontes e acrescentarem metas e meios de alcançá-los.
Esses jovens que deverão participar da I Campeonato de Pelada do Amapá – Peladão 2019, pode ser o  craque de amanhã e através das ações sociais, que deverão ser estabelecidas pela coordenação do Projeto Peladão, desenvolver ações de impacto nas esferas familiar, escolar e esportiva, numa perspectiva de formação integral do jovem, formando cidadãos, fortalecendo o seu protagonismo, possibilitando o seu acesso a oportunidades e, como consequência, estimulando uma nova visão de futuro.
No Brasil o futebol também é tido como profissão, embora na grande maioria dos casos seja dificílimo pensar futebol como projeto profissional, tanto para homens quanto para mulheres, por consequência de fatores que seguem impedindo o direito dessa prática esportiva, justificadas pelas péssimas condições de trabalho e também pelos os contratos instáveis e baixa remuneração.
O futebol enquanto fenômeno social muitas vezes, após cumprirem suas obrigações em período escolar, os meninos e meninas jogam futebol nas ruas, em espaços de educação e lazer, tais como clubes, centros esportivos ou até mesmo na própria escola em turmas de treinamento no contra turno ou em aulas de Educação Física.
Com essa  prática do futebol diária, compreendemos que  os jovens  se veem no futebol com uma perspectiva de carreira, mesmo se não indicando carreira, mas quantos desses já não pensaram em ser Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi . Assim, o que esses meninos investem atrás desse sonho, arquitetados ou não como projetos de vida é a tônica para também entender a forma como interpretam e significam o futebol em suas vidas. E temos de ajuda-los a entender que a realidade é diferente, que sonhar tem que ser com os pés na bola, mas o olhar mais além com a segurança de estudo e emprego.


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