quinta-feira, 14 de novembro de 2019

SAÚDE EM FOCO - JARBAS DE ATAÍDE


A DECADÊNCIA E CORRUPÇÃO: AS MAIORES DOENÇAS  SOCIAIS.



           A história das lutas nos ensina as conquistas. Superamos golpes e revoluções, como as populares/civis no Império (Cabanagem, no Pará), a Ditadura Vargas (1930) e o Governo Militar (1964-1985). Atingimos a 8º economia mundial. Mas parece que nos últimos 30 anos retrocedemos em crescimento econômico e amadurecimento politico.
           Na base desse retrocesso está o poder politico-governamental e o sistema eleitoral representativo decadente, corporativo e corrupto, marcados pelos partidos políticos, onde em vez da “constituição cidadã” prevalecem as alterações (PECs) e emendas ( ECs).  
           Enquanto o mundo ocidental civilizado se diz “democrático e cristão”, financiando guerras, genocídios e investimento bélico, povos inteiros estão sendo subjugados pelas ditaduras e aristocracias, comandadas por mentes  psicopatas.
          A consequência disso é o que vemos agora no Brasil. Um grande complô nas questões ambientais. Os países desenvolvidos e ricos (BIRD, G20), que destruíram suas florestas e recursos naturais, mas ficam se incomodando e querendo interferir na soberania da Amazônia Brasileira. Querem o caboclo moribundo, doente, analfabeto, sem renda e sem desenvolvimento.
Nas questões sociais a maior prova dessa contradição e contrassenso é a involução e desmonte permanente do SUS, criado para atender a saúde da população, que se vê cada vez mais desassistida e doente, sendo descumprido pelas autoridades e gestores.
... neste país a corrupção desvia R$ 200 bi por ano, segundo coordenador da Operação Lava-jato, enquanto o valor investido na saúde não ultrapassa os R$ 120 bi. Não encontramos palavras para expressar nossa indignação com a podridão política deste Brasil. Vivemos uma situação de imoralidade” (Fabio Cardoso, 21.05.18)
Falavamos, há 30 anos, que haveria melhora com a extinção do T. F. do Amapá. Mas o que constatamos foram desvios e abandono dos governos da  “Nova  República” e caciques da velha politicagem. Na saúde, fora algumas poucas unidades construídas (Santana, Oiapoque e Laranjal). Os demais 13 munícipios permanecem com as velhas Unidades Mistas da década de 40 (Gov. Janary Nunes), apenas com reformas pontuais e inoperantes.
Crises mundiais foram superadas. Países visionários deram a volta por cima (Japão, Alemanha, Coréia do Sul). Muros foram derrubados. Guerras frias foram extintas. Mas parece que aqui no Brasil e no Amapá as reformas não aconteceram. Muito ainda permanece no atraso político, no retrocesso ambiental e na decadência social.
O país cresceu e se destacou na América Latina e no Mercosul,  mas essas conquistas globais não se consolidarem em leis e ganhos sociais. O poder politico e estatal se arregimentaram de forma hegemônica e centralizadora, afastando a sociedade das grandes decisões e garantias constitucionais. O ônus das chamadas “reformas” só atingiu os pobres e trabalhadores: “Reforma Trabalhista, Previdenciária e Tributária” e nada de Reforma Politica e do Judiciário.
Estamos no Estado mais preservado do país, mas sem dar valor à sociobiodiversidade. Temos o maior rio: o Amazonas, ao lado da bucólica e maior fortaleza da América Latina, mas estamos em crise institucional. Estamos doentes.  Nosso trânsito mata mais que as guerras. Os jovens, sofrendo depressões e vícios, tiram a vida precocemente, como último recurso.  
Até onde, povo brasileiro/amapaense, vamos chegar! Nossos sonhos de “integrar para não entregar” estão sendo substituídos por fajutos gritos de liberdade falsa e demagógica, sustentadas por falácias politico-ideológicas, que não mais se sustentam. O povo não vive de slogans de discursos. Vive de emprego, renda, assistência na doença, escola funcionando, jovens valorizados e escolarizados, famílias estruturadas. Só assim teremos uma sociedade sadia, capaz de superar suas dificuldades, sem esperar tudo da mão da máquina estatal. JARBAS ATAÍDE, 11.11.2019.         
     

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