A
DECADÊNCIA E CORRUPÇÃO: AS MAIORES DOENÇAS
SOCIAIS.
A história das lutas nos ensina as
conquistas. Superamos golpes e revoluções, como as populares/civis no Império
(Cabanagem, no Pará), a Ditadura Vargas (1930) e o Governo Militar (1964-1985).
Atingimos a 8º economia mundial. Mas parece que nos últimos 30 anos retrocedemos
em crescimento econômico e amadurecimento politico.
Na base desse retrocesso está o
poder politico-governamental e o sistema eleitoral representativo decadente,
corporativo e corrupto, marcados pelos partidos políticos, onde em vez da
“constituição cidadã” prevalecem as alterações (PECs) e emendas ( ECs).
Enquanto o mundo ocidental
civilizado se diz “democrático e cristão”, financiando guerras, genocídios e
investimento bélico, povos inteiros estão sendo subjugados pelas ditaduras e
aristocracias, comandadas por mentes psicopatas.
A consequência disso é o que vemos
agora no Brasil. Um grande complô nas questões ambientais. Os países
desenvolvidos e ricos (BIRD, G20), que destruíram suas florestas e recursos
naturais, mas ficam se incomodando e querendo interferir na soberania da
Amazônia Brasileira. Querem o caboclo moribundo, doente, analfabeto, sem renda
e sem desenvolvimento.
Nas questões sociais a maior prova dessa contradição e
contrassenso é a involução e desmonte permanente do SUS, criado para atender a
saúde da população, que se vê cada vez mais desassistida e doente, sendo descumprido
pelas autoridades e gestores.
“... neste país a
corrupção desvia R$ 200 bi por ano, segundo coordenador da Operação Lava-jato,
enquanto o valor investido na saúde não ultrapassa os R$ 120 bi. Não
encontramos palavras para expressar nossa indignação com a podridão política
deste Brasil. Vivemos uma situação de imoralidade” (Fabio Cardoso,
21.05.18)
Falavamos, há 30 anos, que haveria melhora com a extinção
do T. F. do Amapá. Mas o que constatamos foram desvios e abandono dos governos
da “Nova
República” e caciques da velha politicagem. Na saúde, fora algumas
poucas unidades construídas (Santana, Oiapoque e Laranjal). Os demais 13
munícipios permanecem com as velhas Unidades Mistas da década de 40 (Gov.
Janary Nunes), apenas com reformas pontuais e inoperantes.
Crises mundiais foram superadas. Países visionários deram
a volta por cima (Japão, Alemanha, Coréia do Sul). Muros foram derrubados.
Guerras frias foram extintas. Mas parece que aqui no Brasil e no Amapá as
reformas não aconteceram. Muito ainda permanece no atraso político, no
retrocesso ambiental e na decadência social.
O país cresceu e se destacou na América Latina e no
Mercosul, mas essas conquistas globais
não se consolidarem em leis e ganhos sociais. O poder politico e estatal se arregimentaram
de forma hegemônica e centralizadora, afastando a sociedade das grandes
decisões e garantias constitucionais. O ônus das chamadas “reformas” só atingiu
os pobres e trabalhadores: “Reforma Trabalhista, Previdenciária e Tributária” e
nada de Reforma Politica e do Judiciário.
Estamos no Estado mais preservado do país, mas sem dar
valor à sociobiodiversidade. Temos o maior rio: o Amazonas, ao lado da bucólica
e maior fortaleza da América Latina, mas estamos em crise institucional. Estamos
doentes. Nosso trânsito mata mais que as
guerras. Os jovens, sofrendo depressões e vícios, tiram a vida precocemente,
como último recurso.
Até onde, povo brasileiro/amapaense, vamos chegar! Nossos
sonhos de “integrar para não entregar” estão sendo substituídos por fajutos
gritos de liberdade falsa e demagógica, sustentadas por falácias
politico-ideológicas, que não mais se sustentam. O povo não vive de slogans de
discursos. Vive de emprego, renda, assistência na doença, escola funcionando,
jovens valorizados e escolarizados, famílias estruturadas. Só assim teremos uma
sociedade sadia, capaz de superar suas dificuldades, sem esperar tudo da mão da
máquina estatal. JARBAS ATAÍDE, 11.11.2019.
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