COPAÍBA:
AÇÃO NEURO REGENERATIVA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS
A Amazônia, a sua rica sociobiodiversidade,
é largamente empregada pela Medicina Popular. Estudos de suas plantas, produtos
naturais e biofármacos é tema constante de encontros, congressos e
conferencias. Fiquei sabendo que a Copaíba (Copaifera
langdorffii ) foi tema de estudo em Conferencia Internacional em Utha-USA , em setembro/2019, e S.
Paulo, em Outubro/2019.
A ação antioxidante, antinflamatória
e analgésica da oleorresina da copaíba é confirmada pelos estudos divulgados, tanto
na Conferencia Internacional (USA), quanto na Nacional (S. Paulo-BR), em que
foi destacado a ação neuroprotetora da
copaíba.
Em 2017, escrevi um artigo falando da
ação antioxidante e neuroprotetora dos flavonoides nas doenças
neurodegenerativas, que foi tema de estudos na Faculdade de Ciências Medicas
da Santa Casa de São Paulo.
Os estudos concluíram que “os flavonoides apresentam grande potencial
neuroprotetor , com atuação em
diversas vias ...neuronais por meio de mecanismos antioxidantes e
antinflamatórios,...importante alternativa terapêutica nas doenças neurodegenerativas...como Alzheimer e Parkinson”. (Santana
MG et al, 2017).
Essa mesma propriedade
neuroprotetora e neuroregenerativa vem sendo atribuída também aos óleos
essenciais, como o beta-camazuleno,
metabólito do grupo das lactonas sesquiterpênicas, presente também na copaíba,
com efeitos antimicrobianos, citotóxicos, antitumoral, antiulcerativo e
anti-inflamatório, com atuação no Sistema
Nervoso Central(SNC),retardando ou inibindo o processo neuroregenerativo.
O beta-camazuleno, além da copaíba, está presente em
outras plantas conhecidas há milênios como temperos ou especiarias, como o cravo-da-india
(Eugenia caryophyllata), gengibre (Zingiber nimmoni), pimenta-do-reino (Piper nigrum) e capim-marinho (Cibopogum citratus), que agem através de
vários mecanismos:
1)
NA REGENERAÇÃO CELULAR:
causada pelo estresse oxidativo e efeito citotóxico de espécies reativas de O2
ou radicais livres.
2)
NA INIBIÇÃO DA
APOPTOSE (autodestruição
celular), que seria desencadeada por fatores de estresse intracelular , como
irradiações, agentes quimioterápicos (corticoides, psicotrópicos), vírus,
bactérias e ausência de fatores de
crescimento celular (enzimas, vitaminas, minerais, neurotransmissores);
3)
REGENERAÇÃO DE AXÔNIOS E DENDRITOS das células neurais, que levam estímulos às conexões e
sinapses, evitando ou reduzindo o déficit cognitivo (concentração, atenção e
memória);
4)
INIBIÇÃO DE VIAS PRO-INFLAMATÓRIAS: atuando nos receptores carabinóides do tipo 2 (CB2),
presentes em menor quantidade no cérebro e em maior quantidade em outros órgãos
do corpo (sistema imunológico e hematopoiético).
Antes se pensava que
as células nervosas (neurônios) não se regeneravam após lesões ou traumas.
Hoje, os estudos recentes confirmam que são “capazes de responder a informações
moleculares do meio extracelular que instruem o processo de maturação,
induzindo a regeneração neurológica em situações patológicas, tais como traumas
e doenças neurodegenerativas”.
Esses efeitos,
atribuídos aos óleos essenciais, foram descritos em trabalho científico de
doutorado apresentado na Universidade Federal de Ribeirão Preto- SP (2014) e
são capazes de atuar na neuritogênese e desaceleramento, inibição ou prevenção
de doenças neurodegenerativas, como Parkinson,
Alzheimer, Demências e Traumas cerebrais (Ferreira, D.A.S, 2014).
Atuariam, também, na
melhora dos sintomas e déficit
cognitivo( atenção, concentração e hiperatividade) do Autismo (DDA e TDAH), pela inibição de estímulos pró-inflamatórios
e ação nos receptores carabinóides tipo
2 (CB2), presentes em maior quantidade nos órgãos do sistema hematopoiético e imunológico ( baço, timo,
amigdalas, linfonodos, intestino e ossos longos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário