sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Estados da Amazônia recuperaram a imagem do país, afirma Waldez Góes sobre a COP-25

Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal realizou agendas importantes sobre o assunto durante a COP-25, em Madri.


 Foto: Gilberto Ubaiara
Góes defende apoio internacional para as ações de preservação da Amazônia.
O apoio internacional, com aportes financeiros, para as ações de preservação da floresta amazônica foi defendido pelo governador do Amapá, Waldez Góes, durante as agendas do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-25), em Madri, na Espanha.
O principal objetivo dos estados amazônicos nesta agenda é a reativação dos investimentos realizados no Fundo Amazônia, que está suspenso desde o início deste ano pelo Governo Federal.
"Nossa prioridade é o Fundo Amazônia. No entanto, se ele não for retomado, não podemos deixar de receber recursos de países como a Noruega, que tem meio bilhão de reais para investir", afirmou o governador Waldez Góes, que preside o Consórcio da Amazônia Legal.
Ainda em Madri, Waldez Góes entregou ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma declaração conjunta dos Governadores da Amazônia e do Congresso Nacional com os posicionamentos e expectativas para a região.
No documento, os governadores e parlamentares pontuaram:
  • O pagamento de serviços ambientais com a valorização da floresta em pé, revertendo os dividendos para a população;
  • A implementação do Acordo de Paris, que prevê o investimento de R$ 100 milhões para políticas ambientais;
  • A inclusão socioeconômica respeitando à cultura dos povos tradicionais que vivem na região;
  • A realização de acordos internacionais para desenvolvimento sustentável da floresta;
  • A liberação de recursos para financiamento de projetos voltados para a preservação da Amazônia.
Waldez Góes ressaltou que as lideranças não irão abrir mão de nenhuma das diretrizes presentes no documento.
“Se o governo [federal] não concorda, nós não abrimos mão da agenda. Estamos focados, sabemos o que queremos. Estamos entrando agora em um nível de detalhamento muito alto. Se seguir nessa linha, temos que reagir. Reação, digo, no diálogo, no convencimento”, destacou o gestor.
Ele considera que a COP-25 foi uma excelente oportunidade para os estados da Amazônia recuperarem uma imagem do país, abalada internacionalmente. Para isso, o Consórcio da Amazônia Legal apresentou todas as suas ações focadas na preservação da floresta, que em um primeiro momento, tem sido vistas com bons olhos pela comunidade internacional.
“A receptividade foi muito boa. Lógico que sempre a relação dos países é entre estados nacionais. No primeiro momento eles querem entender essa legalidade, e o que tenho passado é a lei brasileira”, ponderou Góes.

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