Fundo Petrobras: STF determina
repasse imediato de R$ 430 milhões aos Estados da Amazônia
Ministro Alexandre
de Moraes acolheu solicitação dos nove governadores integrantes do Consórcio
Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
Petição foi
entregue ao ministro Alexandre de Moraes pelos próprios governadores que
integram o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal no dia 20
de novembro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou que a União repasse R$ 430 milhões do Fundo Petrobras destinados aos
nove Estados da Amazônia Legal ainda em dezembro. A decisão foi tomada na noite
desta quarta-feira (18).
Moraes acolheu petição dos governadores que integram o Consórcio de
Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (Amapá, Acre, Amazonas, Mato
Grosso e Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), protocolada no dia 20
de novembro.
O ministro definiu que os recursos sejam depositados pela União na forma
de transferências obrigatórias.
"Que os referidos créditos sejam objeto de empenho, ainda no ano de
2019, ficando os respectivos valores sob a rubrica de restos a pagar do
orçamento, caso não sejam quitados até o dia 31 de dezembro de 2019",
acrescenta a decisão.
O acordo com o governo federal para destinar R$ 1,060 bilhão do total de
R$ 2,5 bilhão do Fundo Petrobras para a Amazônia teve o apoio direto do
presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, e do presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Desse total, R$ 630 milhões serão executados pelo Governo Federal e os
outros R$ 430 milhões repassados diretamente aos nove Estados.
O Acordo Sobre Destinação de Valores determinou que a transferência de
recursos aos Estados da Amazônia seja feita por critérios já estabelecidos pelo
STF, como área territorial do Estado, população estimada na data da homologação
do acordo, o inverso do PIB per capita dos Estados, o número de focos de
queimadas e a área desmatada total por Estado.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhou os governadores
no ato de protocolo da petição em encontro que ocorreu no STF com o ministro
Alexandre de Moraes.
O presidente do Consórcio da Amazônia Legal, governador do Amapá, Waldez
Góes, explicou que o bloco regional decidiu acionar o ministro porque a União
propôs um Projeto de Lei ao Congresso Nacional (PLN), prevendo que a
descentralização dos recursos para os Estados deveria ser feita por intermédio
de convênios, o que implicaria em uma série de procedimentos legislativos e
administrativos que atrasariam a aplicação desse valor nas ações de preservação
e combate a ilícitos ambientais.
"Com o repasse, poderemos aplicar em políticas ambientais, como
regularização fundiária e zoneamento ecológico-econômico, que são medidas
preventivas, e também em sistemas de controle e monitoramento dos ilícitos que
acontecem em nossos Estados", pontua o governador.
Atualmente, o Fundo Petrobrás tem em conta aproximadamente R$ 2,5
bilhões, recursos públicos recuperados durante a operação Lava Jato.
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