PARA
[VOCÊS] QUE INVENTARAM A TRISTEZA
[hoje]
o meu país
desperta carrancudo
sem a matriz deleitável dos alvoreceres
e a beleza estonteante dos dias fulgentes
o meu país
desperta carrancudo
sem a matriz deleitável dos alvoreceres
e a beleza estonteante dos dias fulgentes
(anoitece
macambúzio
sem o alaranjado dos pores do sol
e o romantismo das antemanhãs).
sem o alaranjado dos pores do sol
e o romantismo das antemanhãs).
[hoje]
o meu povo anda arriado
– cabeça pelos pés –
a alma a espargir desalento
e os olhos alagados de expiação)
o meu povo anda arriado
– cabeça pelos pés –
a alma a espargir desalento
e os olhos alagados de expiação)
(caminha
vacilante
sem a força dos nossos ancestrais
e a coragem – imprescindível – de arguir).
sem a força dos nossos ancestrais
e a coragem – imprescindível – de arguir).
oh,
senhores!
vocês que inventaram a tristeza
ora tenham a fineza de des-inventar!
vocês que inventaram a tristeza
ora tenham a fineza de des-inventar!
TEXTO: MARVEN JUNIUS FRANKLIN
IMAGEM: CÂNDIDO PORTINARI – A ALMA, O POVO E A VIDA BRASILEIRA.
IMAGEM: CÂNDIDO PORTINARI – A ALMA, O POVO E A VIDA BRASILEIRA.
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