Justiça
Eleitoral do Amapá – ‘28 anos confirmando a democracia brasileira no Amapá’
“Não há
democracia, não há Estado de Direito sem três pilares – liberdade de expressão
e liberdade de imprensa; eleições livres, periódicas e igualitárias; e um Poder
Judiciário independente – e no Brasil, a Justiça Eleitoral se encontra em dois
deles, por ser um órgão do Poder Judiciário e pela credibilidade e seriedade
das eleições”, afirmou Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF).
Reinaldo
Coelho
No dia 10 de fevereiro foi comemorado a
instalação da Instituição Judiciária Tribuna Regional Eleitoral no Estado Amapá
(TRE/Amapá). São 28 anos confirmando a Democracia e o Estado de Direito
brasileiro em Terras Tucujus. O TRE/Ap foi
instalado em 10 de fevereiro de 1992, na cidade de Macapá/AP, provisoriamente
nas dependências, também provisória, do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá,
então localizado na rua Leopoldo Machado, nº 2529, bairro do Trem e teve na
primeira composição de seu pleno o Desembargador Mário Gurtyev (Presidente),
Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro (Vice-Presidente e Corregedor Regional
Eleitoral), Dr. Daniel Ribeiro (Juiz Federal), Dr. Carmo Antônio de Souza (Juiz
de Direito), Dr. Raimundo Vales (Juiz de Direito), Dr. Edinardo Maria Rodrigues
de Souza e Dr. Antônio Cabral de Castro (ambos representantes da OAB).
Eram cinco, as Zonas Eleitorais existentes:
1ª Zona - Município de Amapá; 2ª Zona - Capital; 3ª Zona - Município de
Calçoene; 4ª Zona -Município de Oiapoque e 5ª Zona - Município de Mazagão. Os
servidores que então compunham a Secretaria do Tribunal e Zonas Eleitorais
foram requisitados de outros órgãos da Administração Pública.
Essa trajetória de 28 anos da Justiça Eleitoral no Amapá teve um personagem que a vivenciou diretamente e contribui para sua fundação, instalação, estruturação e organização administrativa, o decano da Justiça do Amapá, desembargador Gilberto Pinheiro.
Essa trajetória de 28 anos da Justiça Eleitoral no Amapá teve um personagem que a vivenciou diretamente e contribui para sua fundação, instalação, estruturação e organização administrativa, o decano da Justiça do Amapá, desembargador Gilberto Pinheiro.
Conhecedor
e fundador da Justiça eleitoral do Amapá
É por isso que não se pode contar a história
da justiça eleitoral amapaense, sem falar com o decano do Tribunal de Justiça
do Estado do Amapá (TJAP), desembargador Gilberto Pinheiro, pois esse jurista
amapaense foi um dos fundadores e o primeiro Corregedor Eleitoral do TRE/AP,
além de a presidir por diversos mandatos e hoje é seu Corregedor Eleitoral.
O editor do Tribuna Amapaense Online esteve
no gabinete do atual Corregedor Eleitoral, desembargador Gilberto Pinheiro,
onde ele contou sua trajetória nesse importante órgão judicial. Acompanhe...
“Quando
fundamos o Tribunal de Justiça do Amapá, Deus me concedeu vários privilégios,
entre eles, o de ser membro fundador do Poder Judiciário amapaense. Nós
fundamos no dia 25 de janeiro de 1991 e preparamos as futuras posses dos
juízes, pois tínhamos feito os concursos interno. No dia 05 de abril de 1991
tomam posses os juízes. O 1º Grau, que era o Distrito Federal, passamos a atuar
já na segunda instância, como Tribunal de Justiça, com 7 desembargadores. Mas o
Tribunal Regional Eleitoral, a Zona Eleitoral era o segundo grau, era o Estado
do Pará e precisávamos desvincular. Até porque o TRE é basicamente constituído
em todo o Brasil de 7 membros: 2 desembargadores; 1 Juiz Federal; 2 juízes
estaduais e dois advogados”, detalhou Gilberto Pinheiro.
Dando continuidade ... o atual corregedor
eleitoral conta que o então presidente do TJAP, desembargador Mário Gurtyev, o
chamou e afirmou – “Gilberto está na hora
de montarmos o TRE do Amapá” – Foi
então que no dia 10 de fevereiro fundamos o Tribunal Regional Eleitoral do
Amapá, e o instalamos na mesma sede do TJAP, que então funcionava na rua
Leopoldo Machado, nº 2529, esquina com a Avenida Feliciano Coelho, bairro do
Trem, antiga sede da Loja ‘A Credilar’.
Ainda em 1992,
a sede do TRE/AP foi transferida para um prédio alugado pelo Governo do Estado
do Amapá, na rua São José, nº 2010, bairro Central. Dali foram coordenados o
primeiro pleito eleitoral e vários plebiscitos no Amapá, como Estado Federado e
sob a tutela do TRE/AP. Em seguida foi realizado o primeiro concurso para
provimento dos cargos efetivos do TRE/AP.
DESEMBARGADORES LUIZ CARLOS E GILBERTO PINHEIRO |
Em março de 1993 foi realizada a primeira eleição para a Presidência e para a Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral. Foram eleitos para Presidente os Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro e para Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral o Desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos, para o biênio 1993/1995.
DESEMBARGADORES MÁRIO GURTYEV E GILBERTO PINHEIRO |
“Na composição do tribunal, o desembargador
Mário Gurtyev, foi o primeiro presidente e eu fui o primeiro Corregedor
Eleitoral do Estado do Amapá e em 1993, o desembargador Mário Gurtyev vai para
a corregedoria do TJAP e eu assumo a presidência do TRE/AP. o prédio sede era
minúsculo, ‘quem está dentro não sai e quem está fora não entra’. Foi quando o Presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Sepúlveda Pertence, aqui esteve
e mostrei a situação do nosso tribunal, não tínhamos nada, nem água para
servir, era a maior gozação para cima de mim, pois não tínhamos nada. A
prefeitura de Macapá nos cedeu uma servidora maravilhosa”.
O desembargador Gilberto Pinheiro conta que
frente a situação precária, procurou o então governador amapaense Annibal
Barcellos, uma pessoa sensata, um estadista que deu a solução provisória.
“O governador Barcellos cedeu, em regime de comodato, um prédio desativado, onde funcionou o Pronto Socorro "Oswaldo Cruz" e depois a Divisão de Trânsito do Amapá (Detran) onde foram realizadas reformas e adaptações”.
E o
desembargador detalha que essas ações estruturais só foram possíveis com uma
ação conjunta dos Presidentes - TRE/AP e do TSE (Desembargador Gilberto
Pinheiro e Ministro Sepúlveda Pertence). O Ministro determinou transferência de
recursos do orçamento do TSE, para o TRE/AP, no montante hoje equivalente a
cerca de R$ 7.000,00 e, o Desembargador Gilberto Pinheiro, com seu espirito de
empreendedor que era a raiz de sua família, conseguiu junto ao Prefeito do
Município de Macapá, Doutor João Bosco Papaléo Paes, a cessão de servidores da
área de construção civil, sem qualquer ônus para o TRE/AP.
Ministro Cid Flaquer Scartezzini |
Em 1994 o
TRE/AP foi transferido para a nova sede. Na instalação esteve presente o então
Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, Ministro Cid Flaquer Scartezzini, que
tanto ajudou para a concretização da obra e das ampliações necessárias a nossa
Justiça eleitoral.
Ações nas gestões de Gilberto Pinheiro
Gilberto
Pinheiro exerceu por duas vezes os cargos de Corregedor, Vice-Presidente e
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá e hoje está no seu terceiro mandato frente a Corregedoria Eleitoral
No ano 1993 também foram instaladas as Zonas
Eleitorais dos Municípios de: Laranjal do Jari - 7ª Zona; Tartarugalzinho - 8ª
Zona; Ferreira Gomes e Porto Grande - 9ª Zona e Santana - 6ª Zona e os
primeiros Postos Avançados no interior do Estado. Foi realizado o Plebiscito Nacional
e outros plebiscitos específicos no interior do Estado para emancipação e consequente
criação de municípios.
Justiça Eleitoral Itinerante leva cidadania à população do Amapá
Ainda no ano
de 1993 o Tribunal Eleitoral Amapaense criou pioneiramente a Justiça Eleitoral
Itinerante. O seu funcionamento se dava em virtude da necessidade de
aproximação maior com o povo, facilitando seu acesso, convertendo-se no
deslocamento de juízes e servidores para a realização das atividades fins da
Justiça Eleitoral (inscrições, transferências, revisão de dados, segunda via de
título de eleitor, emissão de certidões diversas etc.), que inicialmente
ocorreu em bairros periféricos da capital e posteriormente estendeu-se para o
interior do Estado.
Também em
1994, na gestão do Desembargador Gilberto Pinheiro, foram realizados outros Plebiscitos
e a primeira Eleição Geral no Estado sob a tutela do TRE/AP. Na ocasião,
estavam em disputa os cargos de Presidente da República, Senador, Governador,
Deputado Estadual e Deputado Federal.
Ocorrida a posse do Legislativo, o Presidente do TRE/AP, Desembargador Gilberto Pinheiro, sensibilizou os Senadores e Deputados, quanto a necessidade de construção de um edifício para abrigar a Secretaria do TRE/AP, então fora aprovada no orçamento federal a disponibilização de recursos para o projeto, com o apoio do Senador José Sarney – “porém o parlamento brasileiro retirou posteriormente todas as emendas que beneficiavam o Poder Judiciário, inclusive a nossa.
Ocorrida a posse do Legislativo, o Presidente do TRE/AP, Desembargador Gilberto Pinheiro, sensibilizou os Senadores e Deputados, quanto a necessidade de construção de um edifício para abrigar a Secretaria do TRE/AP, então fora aprovada no orçamento federal a disponibilização de recursos para o projeto, com o apoio do Senador José Sarney – “porém o parlamento brasileiro retirou posteriormente todas as emendas que beneficiavam o Poder Judiciário, inclusive a nossa.
“Procurei o então presidente do TSE (1992),
Ministro Paulo Brossard (falecido), que se declarou ‘padrinho do Amapá’, pois esteve em
nosso Estado, visitou o município de Oiapoque. Ele gosta até hoje do Amapá, nos
seus 90 anos de idade. Não precisei expor as deficiências, pois ele afirmou que
já as conhecia. “Quando o senhor voltar para o Amapá, desembargador, as suas
solicitações serão aprovadas e foram. Então ele veio aqui na nossa instalação e
disse: ‘O Brasil inteiro está me chamando e vim aqui (Amapá), por causa do
Gilberto, meu amigo. Chamou o governador e pediu a ajuda, pois isso aqui é do
povo, arrume esse prédio. Então o governador Barcellos cumpriu e podemos nos
instalar”.
O
desembargador Gilberto Pinheiro, explica que ele tinha um projeto estrutural
montado pelo governo, sem custos ao TJAP, “Encaminhamos
para construção do futuro prédio, porém, devido um problema político entre os
Poderes Legislativo e o Judiciários, as emendas foram paralisadas inclusive a
nossa”.
Em 1999 na presidência do TJAP,
desembargador Gilberto Pinheiro, no impedimento do governador e do presidente
da Assembleia Legislativa do Amapá, assumiu a chefia do Poder Executivo e
assinou na ocasião um Decreto, passando o terreno do governo do Estado para a
Justiça Federal. “Pois, a obra somente poderia acontecer em propriedade
federal. Então foi construído o prédio do TRE/Amapá”.
Justiça Itinerante |
O desembargador destaca que na sua segunda gestão frente ao TRE/Amapá criou o Projeto Social “ABC da Cidadania”. “Nós conseguimos diminuir o número de não alfabetizados. O projeto era uma parceria inicial do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá e Prefeituras de todos os municípios do Estado do Amapá, posteriormente foi agregado a Fundação Banco do Brasil, este contemplou com alfabetização de 6.000 (seis mil) eleitores o que correspondia a 40% do eleitorado não alfabetizado do Estado do Amapá”.
Este programa
foi uma adequação realizada pelo Desembargador Gilberto Pinheiro, do Projeto
Piloto do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí.
Na sua gestão
também foi implantado o "Estágio Remunerado Para Estudantes do Ensino
Médio e Superior", na Secretaria do Tribunal e Cartórios Eleitorais;
instituiu dois programas sociais, o "Programa Primeiro Emprego - Serviço
Civil Voluntário", parceria do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá e
Serviço Social do Comércio do Amapá, que contemplou jovens em situação de risco
social, com reinclusão no mercado de trabalho, remunerando-os através de bolsa
estágio.
A Amazônia tem peculiaridades
“Eu fiquei
preocupado com a extinção de Zonas Eleitorais, pois o grande problema é que a
Amazônia tem certas peculiaridades. Todos os anos eleitorais temos de vencer
uma batalha, o TSE publica um Calendário Eleitoral e temos de seguir na ‘risca’.
Mas aqui no Amapá e na Região Amazônica, temos as nossas distinções. Vamos
exemplificar: O Distrito de Sucuriju,
localizado no litoral amapaense, em pleno Oceano Atlântico. Essa localidade
pertence a 1ª Zona Eleitoral, no município de Amapá, que por sua vez engloba
além do Amapá os municípios de Pracuúba e Calçoene, atendendo 25 localidades
com 63 seções e 16.931 eleitores.
DIFÍCIL ACESSO AS ALDEIAS INDIGNAS |
Mas, voltemos
ao Sucuriju. Para acessarmos essa comunidade temos que sair de barco, esperando
a maré para podermos chegar ao Rio Flexal e passar a navegar no oceano,
enfrentando-o. Na localidade não temos água potável, devido a água salgado
oceânica. A água é recolhida em cisternas diretamente das chuvas. São essas as
dificuldades, mas nós preparamos, com muito empenho dos servidores e
conseguimos cumprir a missão”.
Ponte parcialmente interditada, na Rodovia de acesso a Serra do Navio |
Desembargador
Gilberto Pinheiro destacou outros locais com peculiaridades especificas, como o
acesso a fronteira norte do Brasil, no município de Oiapoque, que tem na
Rodovia 156 diversos atoleiros e os acessos as comunidades indígenas é difícil.
As aldeia Kumenê, Kumarumã. Você sai no Rio Uaça para chegar a aldeia Kumarumã
de canoa ou voadeira. E são essas e mil outras peculiaridades que temos que
vencer, pois isto é a Amazônia!”.
A Justiça eleitoral amapaense melhorou e muito
Ao analisar a trajetória do TRE/Amapá nestes 28
anos, o desembargador corregedor eleitoral Gilberto Pinheiro é firme em dizer
que
– ‘Mudou muito, melhorou e
cresceu. Quando éramos judicialmente vinculados ao Pará, tínhamos um ou dois
juízes aqui para todo o Amapá e o 2º Grau era Belém (PA). Essas dificuldades
que a Amazônia têm me é conhecida, pois atuo na justiça eleitoral há mais de
quatro décadas, fui Promotor Eleitoral, Juiz Eleitoral e fundei esse tribunal e,
é a terceira vez que estamos aqui. Já escrevi diversas crônicas, quatro delas
foram publicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no livro “A Justiça
Além dos Autos”. A edição foi uma homenagem à magistratura brasileira, e reúne
em 504 páginas, 173 casos peculiares vivenciados por magistrados de todo o país,
no exercício de sua atividade.
Uma que se destacou foi “A Onça que Comeu a Urna”: que narra
um caso pitoresco que aconteceu durante a campanha eleitoral no município de
Chaves, no Estado do Pará, no ano de 1990, sobre a impossibilidade da
divulgação em 24 horas do resultado da votação na região do processo de escolha
do novo presidente do Brasil e também saiu na Rede Globo, “Onça atrasa uma
eleição no Pará”, o Juiz eleitoral era eu e então escrevi essa crônica – “A
onça que comeu a Urna”, para esclarecer os fatos. Essas são coisas que são
exclusivamente nossas, da Amazônia”.
Continuando as
reminiscências ... o desembargador Gilberto Pinheiro destaca que já como Juiz
Eleitoral no Pará, em Chaves, ele procurou inovar com ações que desse dinamismo
a aplicação da justiça eleitoral. “Eu era
Juiz no município de Chaves e mandaram eu responder pelos de Afuá e Anajás.
Então, eu lá eu criei o ‘Juizado Itinerante’, andávamos pelos interiores
realizando os serviços eleitorais (inscrições). Essas experiências, adquiridas
em quatro décadas, eu venho trabalhando. Como Promotor, Juiz Eleitoral
apreendemos e ensinávamos as burocracias. Como Juiz, presidi uma eleição de
prefeito nos anos 80, onde a diferenças três votos, como tinha sido anulada uma
urna foi realizada uma realização suplementar. Saímos no dia 23 de dezembro de
Macapá de barco, com dois policiais, passei o dia 25 em Afuá, em 1988. Depois
dos festejos natalinos viajamos 12 horas até Inajás. E saímos para a localidade
e chegamos as 11 horas, e realizamos as eleições suplementares. São histórias
pitorescas, não se sonhava em urnas eletrônicas. Eleições demoravam dois a três
dias, a apuração então...”.
O
desembargador destacou que nesse período, o promotor, o juiz e o escrivão, não
recebiam nada que complementasse o salário. “A gente pagava para trabalhar, eu ia a Belém pegar o material por minha
conta. Carregava esse material, colocava em uma embarcação. As viagens duravam
quatro dias por dentro do Arquipélago do Marajó. Se eu tivesse de mandar uns
títulos para Anajás, eu tinha de pagar do meu bolso, se tivesse de ligar para
Belém, pagava a ligação, ou seja, as dificuldades eram grandes. A Justiça
Eleitoral veio melhorando, evoluindo, veio a Urna Eletrônica”. ...
Locais remotos na Amazônia têm urna levada em canoas e apuração via satélite |
A importância dos TREs
Como fundador
do TRE/Amapá, Gilberto Pinheiro afirma categoricamente que a Justiça Eleitoral
Brasileira funciona sim. “Temos de
valorizar as ações dos brasileiros. Nossa Justiça Eleitoral é boa, é tranquila,
cresceu com a Urna Eletrônica e agora com a Votação Digital (Biometria), não
tem como acontecer fraude. A Justiça Eleitoral é a materialização do Estado
Democrático de Direito, ela garante, como sempre garantiu, a Democracia no
Brasil. Isso remonta a décadas de 50 e 60, a Justiça Eleitoral garantiu a
eleição e a posse de Juscelino Kubitschek. E é a Justiça Eleitoral que realiza
de dois em dois anos as eleições, e ela que trabalha em função do povo. A
Democracia é materializada, concretizada com os resultados dos que você elege
de maneira democrática e livre”.
Eleitos para o biênio 2019-2021 os desembargadores Rommel Araújo, na presidência e Gilberto Pinheiro, na vice-presidência e Corregedoria Eleitoral |
O Corregedor
Eleitoral alerta que estão sendo realizados corregedorias em municípios com
número pequenos de eleitores e que estão com número de eleitores elevados,
através de transferências de títulos. “Estamos
fiscalizando, estão dando informações erradas. Não entrem nessa, nós estamos de
olho. Como estaremos de olhos bem abertos nestas eleições. Sempre fomos muitos
rígidos e vamos continuar. Eu quero alertar que estamos orientando através dos
meios de comunicação, com referência as transferências e inscrição eleitoral. A
obrigatoriedade é dos 18 aos 70 anos, você pode precisar fazer um concurso,
tirar um passaporte, precisa do documento, e sem ele não poderá fazer. A data
limite é dia 6 de maio. É cultural do brasileiro deixar para a última hora, no
último dia a Casa da Cidadania fica com filas quilométricas. Os Cartórios estão
funcionando diariamente pela manhã. Não deixe para a última hora”.
Finalizando ...
o desembargador Corregedor Eleitoral do TRE/Amapá reconhece que vem realizando
um trabalho meritório e que recebeu de Deus muitos privilégios nesta jornada
dentro do judiciário brasileiro. “Você
imagina, tirar um caboco ali da Leopoldo Machado, de trás de um balcão
(emocionado) lhe prepara e lhe faz tudo isso e nesses 28 anos estou aqui no
Tribunal Eleitoral, na Corregedoria. Sou o Beto lá da Favela, do Maracatu e do
Marabaixo da Gertrudes. Zeca Costa, Seu Raimundo... É um pouco da nossa história”.
As gestões do TRE/Amapá
·
O desembargador Mário Gurtyev, ao
assumir a presidência do TRE/AP, construiu a Casa da Cidadania e ai foram sendo
realizadas obras que estruturam atualmente a nossa Justiça Eleitoral. No início do ano de 2001 foi adquirido o terreno ao
lado do edifício sede do TRE/AP, destinado a construção da Casa da Cidadania,
para abrigar os Cartórios Eleitorais das 2ª e 10ª Zonas.
·
Em março de 1995 assumiram a Presidência o
Desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos, e a Vice-Presidência e Corregedoria
Regional Eleitoral, o Desembargador Dôglas Evangelista Ramos, para o biênio de 1995/1997.
·
Em 1995 o Presidente do TRE/AP, Desembargador
Luiz Carlos Gomes dos Santos, ao tomar ciência que em algumas regiões do Estado
o quantitativo de eleitores era superior ao de habitantes, realizou de Revisão
Eleitoral em todo Estado do Amapá, sanando assim as discrepâncias existentes.
·
No início de 1996 o Presidente do TRE/AP,
Desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos, identificou as limitações
existentes no espaço físico que abrigava o Cartório Eleitoral da 2ª Zona no
prédio da Secretaria do TRE/AP, e visando melhoria para realização das
atividades de competência daquele cartório, inclusive referente à realização do
Pleito Eleitoral de 1996, transfere-o para um prédio alugado, localizado na av.
Machado de Assis, s/n, bairro Central.
·
Em junho de 1996 foi realizado o "III
Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Eleitorais". O primeiro
ocorrido no norte do país.
·
Nas Eleições Municipais de 1996 a votação e
apuração na capital do Estado foram integralmente eletrônicas.
·
Em 19 de dezembro de 1996 o Presidente do
TRE/AP, Desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos, lança a pedra fundamental
do início da construção do edifício sede do TRE/AP.
·
Em março de 1997 assumiram a Presidência o
Desembargador Dôglas Evangelista Ramos e a Vice-Presidência e Corregedoria
Regional Eleitoral o Desembargador Honildo Amaral de Mello Castro, para o biênio
de 1997/1999.
·
Em 17 e 20 de março de 1998 o Presidente
Desembargador Dôglas Evangelista Ramos instalou respectivamente a 10ª e 11ª
Zonas Eleitorais do Estado do Amapá. Na 10ª Zona ficaram parte dos eleitores do
Município de Macapá, os eleitores dos Municípios de Itaubal e de Cutias; na
11ªZona ficaram os eleitores dos Municípios de Serra do Navio e Amaparí.
·
Eleições informatizadas é sucesso no Amapá – As Eleições Gerais de 1998 foi o atestado de
competência conseguido pela Justiça Eleitoral do Amapá no voto informatizado. O
Pleito foi realizado 100% informatizado, inclusive sendo o primeiro Estado da
Federação a totalizar os votos.
·
E em 19 de fevereiro de 1999, ainda na gestão
do Desembargador Dôglas Evangelista Ramos, foi inaugurado o tão esperado
edifício sede do TRE/AP, que abriga até hoje a Secretaria do Tribunal.
·
Em março de 1999 assumiram a Presidência o
Desembargador Edinardo Maria Rodrigues de Souza e a Vice-Presidência e
Corregedoria Regional Eleitoral o Desembargador Mário Gurtyev de Queiróz, para
o biênio de 1999/2001.
·
No ano de 2000 o Presidente do TRE/AP,
Desembargador Edinardo Maria Rodrigues de Souza, considerando a necessidade de
sede própria para abrigar os cartórios eleitorais da capital, determinou a
aquisição de um terreno urbano para futura construção da sede dos cartórios
eleitorais das 2ª e 10ª Zonas Eleitorais.
·
Ainda no ano de 2000 o TRE/AP, em parceria com
o TSE, realizou junto ao eleitorado da 4ª Zona o "III Simulado Nacional
das Eleições Municipais de 2000", com a participação do Presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Nery da Silveira, visando a verificação e
homologação dos sistemas eleitorais em regiões de difícil acesso; a transmissão
de dados via satélite e a aferição do tempo de votação dos eleitores das
comunidades ribeirinhas e indígenas.
·
Também no ano de 2000 o
Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral, Desembargador Mário Gurtyev de
Queiroz foi eleito Membro da Diretoria do Colégio de Corregedores da Justiça
Eleitoral.
·
Em março de 2001 assumiram a Presidência o
Desembargador Mário Gurtyev de Queiroz e a Vice-Presidência e a Corregedoria
Regional Eleitoral o Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, para o biênio de
2001/2003. Retornando a primeira composição do Tribunal Regional Eleitoral do
Amapá.
·
No ano de 2001 o Presidente do TRE/AP,
Desembargador Mário Gurtyev de Queiroz, assumiu um cargo de direção no Colégio
de Presidentes da Justiça Eleitoral e o Vice-Presidente e Corregedor,
Desembargador Gilberto Pinheiro, à convite do Juiz Federal Dr. Wladimir Passos
de Souza, contribuiu na elaboração de um trabalho sobre as Corregedorias
Eleitorais, trabalho este divulgado na Revista dos Tribunais.
·
Neste mesmo ano, o Presidente do TRE/AP,
Desembargador Mário Gurtyev de Queiroz, determinou o início do processo para
construção do prédio da "Casa da Cidadania", para abrigar os
Cartórios das 2ª e 10ª Zonas Eleitorais. Foi inaugurado em 18 de dezembro de
2002.
·
Em março de 2003 assumiram a Presidência o
Desembargador Gilberto de Paula Pinheiro e a Vice-Presidência e Corregedoria
Regional Eleitoral o Desembargador Honildo Amaral de Mello Castro, para o
biênio de 2003/2005.
·
No período de 10 a 14 de setembro de 2003 foi
realizado na capital amapaense o "Amazônia 2003 – Fórum Internacional de
Direito Eleitoral e Penal da Amazônia", idealizado pelo Presidente do
TRE/AP, Desembargador Gilberto Pinheiro, com o apoio da Escola Judiciária
Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral. Evento este que contou com
conferencistas nacionais e internacionais; representantes da UNICEF; Ministros
do Tribunal Superior Eleitoral; Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais e
renomados Juristas brasileiros e do continente europeu. Durante o evento foram
instalados o "Programa Eleitor do Futuro" e a "Escola Judiciária
Eleitoral do Tribunal Regional do Amapá", com realização da aula inaugural
em 11 de setembro de 2003.
·
Em 05 de dezembro de 2003 foi lançado oficialmente
o "Programa Eleitor do Futuro pela Justiça Eleitoral do Amapá", com
apoio institucional da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior
Eleitoral e do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF, em parceria
com estabelecimentos de ensino das redes pública e privada.
·
Ainda no ano de 2003 foram construídos 9 (nove)
prédios no interior do Estado para alocação dos Cartórios Eleitorais dos
Municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Laranjal do Jari, Tartarugalzinho,
Vitória do Jari, Amapari, Serra do Navio e Mazagão.
·
Em 2003 o Presidente do TRE/AP, Desembargador
Gilberto Pinheiro, determina a cessão de um espaço físico no Prédio do Edifício
Sede do TRE/AP, para instalação do Posto de Atendimento bancário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário