sábado, 28 de março de 2020

76 ANOS DE JOÃO BOSCO ROSA FERREIRA

João Bosco Rosa Ferreira -  Educador pioneiro amapaense - *28/03/1944 - +07/03/2019

HOJE ESTARIA FESTEJANDO SEUS 76 ANOS DE VIDA, JUNTO COM A FAMÍLIA, AMIGOS E COLEGAS, COM CERTEZA EM UMA RODADA DE CERVEJA, O GRANDE MESTRE JOÃO BOSCO ROSA FERREIRA, O PROFESSOR BOSCO. PRESTAMOS  ESSA HOMENAGEM PELO NATALÍCIO DESSE GRANDE HOMEM, PAI, AMIGO E PROFISSIONAL. SAUDADES!


“Necessariamente, teremos de optar por uma mudança cultural onde o fator educação é o fulcro fundamental. Notadamente estamos vendo uma "Revolução Digital" já supera a revolução industrial e essa realidade não pode ser obscurecida por nada, pois torna-se um desafio às competências de todos”.

Reinaldo Coelho

Um Estado se faz forte e próspero pelo protagonismo de sua gente. Nesses 70 anos de criação, o Amapá sempre teve em sua comunidade a sua grande marca de identificação. Para homenagear todos aqueles que ajudaram a construir essa história, o Jornal Tribuna Amapaense criou esta editoria do Pioneirismo que destaca as personalidades que representam, ao longo de nossa trajetória, o esforço e a coragem de um povo que sempre soube valorizar a sua terra. Homens e mulheres que, de uma forma ou de outra, contribuíram para escrever nossas páginas mais gloriosas.


Esta semana estaremos homenageando um grande educador e eficiente administrador educacional, o mestre João Bosco Rosa Ferreira, paraense de nascimento e amapaense por adoção. Hoje, João Bosco reside em Olhos D’Água em Goiás. Falecido em 07 de março de 2019.

Nascido em Cametá (PA), 28 de março de 1944, completando 76 anos de idade, se vivo fosse, filho de Leandro Passos de Lima Ferreira (Comissário de Policia) e Adalgisa Rosa Ferreira (Dona de Casa) sendo membro de uma prole de sete irmãos.

João Bosco narra que fez seus primeiros passos na educação no município de Cametá e que seu genitor por ter uma formação rigidamente religiosa, pois foi seminarista lhes transmitiu uma formação baseada no respeito e cidadania.
Devido à profissão de Seu Leandro Passos, a família veio a residir no município de Mazagão, no recém-criado Território Federal do Amapá, mas precisamente em Mazagão Velho, onde atuou como uma espécie de Coletor de Impostos. Logo em seguida retornaram ao Pará, passando a residir no distrito de Icoaraci.

Aos 17 anos João Bosco, retorna ao Amapá para trabalhar com um tio paterno, Evilásio, que residia no município de Oiapoque, onde deu continuidade aos seus estudos e ajudava o tio nas atividades de auxiliar de despachante de serviço aéreo, chegando a ocupar o serviço de despachante da Viação Aérea Cruzeiro do Sul.

O pioneiro João Bosco estudou nas Escolas São João Batista (Cametá/PA); Grupo Escolar Coronel Juvêncio Sarmento (Icoaraci/PA); Escola Estadual Joaquim Nabuco (Oiapoque/AP); Colégio Saleciano Nossa Senhora do Carmo; IETA e UFPA (Núcleo Amapá).



Histórico Escolar
Para dar continuidade aos estudos, nosso pioneiro retorna a Macapá e faz sua formação pedagógica no IETA e a graduação em Historia pela Universidade Federal do Pará, no Núcleo do Amapá, que ajudou em transformar na atual Universidade Federal do Amapá. Pós-graduado em Planejamento, Especialista em Administração de Empresas, de RH e de Planejamento e Curso de Direito (não concluso).

Caminhada como Educador
Em 1965 foi aprovado em um Concurso para Professor do Ensino Primário, passando a atuar nas Escolas: Escola Rural de Kuriw, em uma aldeia Indigina; Escola Rural de Kumurumã; Escola de Bela Vista, na Fazenda do Coronel Arlindo; Escola Rural da Fazendinha; Escola Alexandre Vaz Tavares; Escola Santina Rioli; Escola Santa Bartolomeu Capitani; Professor e Vice-Diretor da Escola Castelo Branco; Aluno, Professor, Vice-Diretor e Diretor Substituot do Instituto de Educação do Território do Amapá (IETA); Ginásio Augusto Antunes; Ginásio Polivalente Tiradentes, Escola Comercial do Amapá (hoje Gabriel de Almeida Café) e Escola de Artes Candido Portinari.

Defensor e pioneiro da criação da UNIFAP

João Bosco foi um dos grandes batalhadores pela criação da Universidade Federal do Amapá dentro do gabinete governamental. Como porta voz da ansiedade da sociedade e dos alunos que eram obrigados a concluir fora do Amapá seus estudos superiores. Essa verdade não consta dos anais da UNIFAP e essa é uma das magoas do educador João Bosco “há muito não se conta a verdade do início da UNIFAP e quem foi que lutou pela sua criação”. (Qualquer dúvida tem documentos e reportagens sobre o assunto).

Ao assumir a Secretaria de Educação e Cultura em 1985, na gestão do então governador Jorge Nova da Costa ele levantou a bandeira da criação da UNIFAP e consegui dar a partir na estruturação técnica dessa importantíssima instituição para a formação dos jovens amapaense e o futuro do Estado do Amapá.

Quando Secretário de Educação com o apoio da Sub Reitora da UFPA, Núcleo de Educação no Amapá, lançou as bases para a transformação do Núcleo em Universidade Federal do Amapá e teve o apoio do então Reitor da UFPA, prof. Seixas Lourenço.

Com o aval do Governador Jorge Nova da Costa, foi contratado a Assessoria do Dr. Prof. Alcyr Meira.

“Os trabalhos de implantação concluídos quando já não éramos Secretário, mas os frutos estão aí. Chegamos a discutir aspectos com então Deputado Federal Geovani Borges, responsável pela proposta e publicação da Lei que criou a Universidade do Amapá. Indiscutivelmente tivemos ampla participação, obviamente entre outras pessoas”.

 Outras atividades educacionais
João Bosco Rosa Ferreira é membro permanente da Academia Municipal de Letras de São Paulo; Palestrantes em várias escolas no Amapá, Pará e Brasília; Tem artigos publicados em jornais e informativos, inclusive na Câmara Federal; reverenciado publicamente com o Poema Persona Grata, de autoria da Professora Aracy Miranda Mont’Alverne (falecida); Votos de congratulações do Oficio 154/98 da Câmara Municipal de Macapá do então vereador Evandro Milhomem; membro por duas vezes do Conselho Estadual de Educação e Cultura do Amapá; Coordenador de Cursos Vestibulares realizados no período de 1976 a 1985 no IETA, entre outros.

Família
Em 1965 João Bosco que já se encontrava em Oiapoque quando conheceu a jovem professora e Diretora Maria Odete Guedes Ferreira, que desde 15 anos já exercia o magistério que veria ser sua esposa em 1969. O enlace aconteceu em Serra do Navio e este relacionamento que durou 21 anos gerou quatro filhos: Mauricio Guedes Ferreira, funcionário público e acadêmico de Direito; Elcio Guedes Ferreira, Sociólogo; Roberto Sávio, advogado, Marilia Guedes Ferreira, formada em comunicação social e o primogênito Antônio Ranolfo, funcionário público. Em 1989 o casal se separou e hoje João Bosco mantem um relacionamento com a professora Maria Alvanéia Henriques.



A aposentadoria veio muito cedo e o ritmo profissional de João Bosco Rosa Ferreira estava muito dinâmico e alguns órgãos educacionais aproveitaram a oportunidade para usufruírem da inteligência desse grande pioneiro amapaense.
João Bosco assumiu a Delegacia Executiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/Amapá por doze anos; Gestor de um Clinica Cardiológica no Pará; Assumiu a Chefia de Gabinete da Deputada Federal Fátima Pelaes em Brasília; atuou no Gabinete do deputado Waldenor Guedes; a convite do então governador Joaquim Roriz do Distrito Federal assumiu a secretaria de Cultura de São Sebastião; se tornou acadêmico de Direito que ficou inconcluso.

Mensagem
O Amapá é um estado muito belo, cada vez que apuramos nossa ótica estética, evidências vão se confirmando. Em que se pese as agruras, muitas esperanças afloram diante de um futuro melhor que virá, sem nenhuma utopia exagerada. Cremos que o processo educacional, necessariamente, forjará oportunidades de desenvolvimento maiúsculo, haverá muita luta, porém, nada será em vão.

Necessariamente, teremos que optar por uma mudança cultural onde o fator educação é o fulcro fundamental. Notadamente estamos vendo uma "Revolução Digital" já supera a revolução industrial e essa realidade não pode ser obscurecida por nada, pois torna-se um desafio às competências de todos.

Não apelo para lamúrias nem críticas desmedidas, mas forjo minha palavra no potencial existente e na crença de um futuro melhor e bastante promissor.

Assim concluo. "O sono da razão produz monstros" (da série" Los Caprichos", Francisco Goya, 1799.)




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