DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR
Dia Mundial do Consumidor: direitos em tempo de novo coronavírus

Cliente não pode ser prejudicado ao remarcar ou cancelar viagem em tempo
de novo coronavírus
No Dia Mundial do Consumidor, comemorado neste domingo (15), a preocupação sobre cancelar ou remarcar um pacote ou passagem aérea por situações adversas, como a pandemia provocada pelo Covid-19, é global. E fica o registro: o Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê a garantia de cancelamento ou remarcação, sem custo. No caso de Renata, que não teve como cancelar seu pacote, a opção é procurar a Justiça ou o Procon e pedir o ressarcimento e até danos morais e materiais.
“Com
os casos confirmados no país, e o aumento no número de países em que a doença
foi diagnosticada, o receio de viajar pode ser grande. Assim, o consumidor que
havia comprado uma passagem aérea ou um pacote de viagem para um destino com
confirmação de contaminação pelo novo coronavírus pode cancelar a viagem. Nesse
caso, além de receber os valores pagos antecipadamente, ele não deve estar
sujeito a multas por cancelamento ou adiamento, como ocorre em outras
circunstâncias. Isso porque o grande motivo para o cancelamento da viagem é o
Covid-19, e o consumidor continua a ter direito de desistir, optando por não
correr o risco de passar por problemas fora de seu país”, diz entendimento do
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Segundo
o instituto, o consumidor deve buscar negociar com a companhia aérea ou agência
de viagem o mais cedo possível e buscar uma negociação. Caso a sua demanda não
seja atendida, deve procurar o Procon.
“Com
a decretação de pandemia pela OMS, o direito do consumidor de cancelar a
passagem com reembolso integral, no entendimento do Idec, permanece e passa a
referir-se a qualquer destino internacional”.
A
Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da
Justiça e Segurança Pública, juntamente com os ministérios do Turismo, da
Economia e da Saúde publicaram, no último dia 9, nota conjunta com orientações
gerais sobre o impacto do coronavírus (COVID-19) nas relações entre empresas e
consumidores.
Conforme
o documento, o objetivo é fornecer informações oficiais sobre os procedimentos
que podem ser adotados, caso o consumidor tenha passagens compradas ou esteja
pensando em comprar viagens dentro ou fora do país. “Nos casos em que parte da
empresa aérea a iniciativa de cancelar ou alterar a passagem, o passageiro em
território brasileiro faz jus a todos os direitos previstos. São necessários o
bom senso e a prudência nesse momento, evitando-se medidas que não encontram
respaldo jurídico”, diz a nota.
Em
relação às viagens internacionais, a recomendação dos ministério é de avaliação
da situação no país de destino e acompanhamento das informações atualizadas do
Ministério da Saúde e da Anvisa .
A forma mais barata e eficaz de se prevenir do
coronavírus

Um cuidado que dura poucos
segundos, mas que faz a diferença na prevenção ao novo coronavírus. Lavar as
mãos todo mundo, teoricamente, sabe, mas há detalhes na higienização que
precisam ser revistos, observados e colocados em prática.
A pandemia do Covid-19
decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) tem deixado a população
mundial sob alerta.
Em
videoconferência com profissionais das Secretarias Estaduais de Saúde de todo o
país, o Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (13), recomendações
para evitar a disseminação da doença. As orientações deverão ser adaptadas
pelos gestores estaduais e municipais, de acordo com a realidade local.
“Não há uma regra única para
todo o país. Cada região deve avaliar com as autoridades locais o que se deve
fazer caso a caso. Neste momento, nós não temos o Brasil inteiro na mesma
situação, por isso é importante analisar o cenário de casos e possíveis
riscos”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,
Wanderson de Oliveira.
Com base na evolução dos
casos no Brasil, até o momento, estima-se que, sem a adoção das medidas propostas
pela pasta para prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias.
Atitudes adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações,
reduzem o contágio pelo coronavírus. O Ministério da Saúde recomenda a redução
do contato social o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão
do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado.
As medidas gerais válidas, a
partir desta sexta-feira (13), a todos os estados brasileiros, incluem o
reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca
com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), o isolamento
domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias,
além da recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de
saúde. As unidades de saúde, públicas e privadas, deverão iniciar, a partir da
próxima semana, a triagem rápida para reduzir o tempo de espera no atendimento
e consequentemente a possibilidade de transmissão dentro das unidades de saúde.
Os vírus respiratórios se
espalham pelo contato, por isso a importância da prática da higiene frequente,
a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares,
brinquedos, maçanetas, corrimão, são indispensáveis para a proteção contra o
vírus. Até mesmo a forma de cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços,
apertos de mãos e beijos no rosto. Essas são as maneiras mais importantes pelas
quais as pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias,
incluindo o coronavírus.
Para os serviços públicos e
privados, é indicado que disponibilizem locais para que os trabalhadores lavem
as mãos com frequência, álcool em gel 70% e toalhas de papel descartáveis. Há
ainda a orientação sobre o uso de máscaras e outros Equipamentos de Proteção
Individual (EPI). O Ministério da Saúde recomenda que a utilização de
equipamento de proteção seja feita apenas por pessoas doentes, casos
confirmados da doença, contatos domiciliares e profissionais de saúde. Para
áreas com transmissão local da doença, é recomendado que idosos e doentes
crônicos evitem contato social como idas ao cinema, shoppings, viagens e locais
com aglomeração de pessoas.
A vacina contra a gripe
também é recomendada e a Campanha Nacional de Vacinação terá início no dia 23
de março, quando idosos e profissionais de saúde terão prioridade para se
vacinarem. A vacina contra a influenza garante proteção para três tipos de
vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B). Mesmo que a vacina não apresente eficácia
contra o coronavírus é uma forma de prevenção para outros vírus, ajudando a
reduzir a demanda de pacientes com sintomas respiratórios e acelerarem o
diagnóstico para o coronavírus.
ÁREAS COM TRANSMISSÃO
COMUNITÁRIA
Para áreas com transmissão
comunitária/sustentada é recomendada a redução de deslocamentos para o
trabalho. O Ministério da Saúde incentiva que reuniões sejam realizadas
virtualmente, que viagens não essenciais (avaliadas pela empresa) sejam
adiadas/canceladas e que, quando possível, realizar o trabalho de casa (home
office). Adotar horários alternativos para evitar períodos de pico também é uma
das medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde aos estados.
Para as instituições de
ensino, é recomendado o planejamento de antecipação de férias, procurando
reduzir prejuízos no calendário escolar, inclusive com a possibilidade de
utilizar o ensino à distância. Poderá ser declarada quarentena quando o país
atingir 80% da ocupação dos leitos de UTI, disponíveis para o atendimento à
doença. A ocupação é definida pelo gestor local. As medidas também se estendem
às pessoas para a diminuição da propagação do coronavírus. Cada um é
responsável por ações para se manter saudável e impedir a transmissão da
doença.
O secretário de Vigilância
em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, também chama a atenção
que agora e sempre, durante a temporada de gripes e resfriados, as pessoas
devem permanecer em casa se estiverem doentes. “Algumas dessas medidas são hábitos
para a vida toda, não só para agora ”, enfatizou o secretário.
CENÁRIO DE ALTA TRANSMISSÃO
No caso de um novo cenário,
em que a transmissão estiver alta, a mudança de comportamento e rotina será
imprescindível no enfrentamento do coronavírus. Nesse sentido, adotar horários
alternativos para evitar aglomeração de pessoas é uma das recomendações, como
fazer as compras e utilizar o transporte público, por exemplo, fora do horário
de pico. Quanto à frequência nas academias, a orientação é de optar por se exercitar
ao ar livre em vez de fazer aulas de ginástica em locais fechados.
“Essas medidas são
recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foram - e estão - sendo
utilizadas nos países em que se encontram em surto para diminuir a transmissão
dos vírus. O que não queremos é chagar ao nível da Itália. Por isso precisamos
nos antecipar”, explicou o secretário Wanderson de Oliveira, secretário de
Vigilância em Saúde.
O plano deve incluir também
a compra de suprimentos para ter mão caso a pessoa fique doente ou cuidando de
alguém da família enfermo. Com isso não haverá necessidade de sair de casa até
a pronta recuperação. “Tudo isso deve ser feito de maneira racional, evitando
compra exagerada e desnecessária”, ressalta Wanderson de Oliveira.
Para idosos, doentes
crônicos e pessoas com outras condições especiais, como tratamento de câncer,
transplantados, doente renais, a recomendação é conversar com o médico para que
as receitas de medicamentos sejam renovadas e, se possível, dadas por um tempo
maior. A medida é para evitar a necessidade de ir à farmácia do posto de saúde
ou do bairro no período de maior circulação de vírus respiratórios (influenza,
por exemplo).
Caso a pessoa contraia o
coronavírus, apenas o médico pode aconselhar se o atendimento hospitalar for
mais apropriado. No entanto, se for cuidador da pessoa com coronavírus, a
recomendação é consultar as orientações para profissionais de saúde ao cuidar
de alguém com COVID-19 em ambiente hospitalar. As orientações estão em
www.saude.gov.br/coronavirus
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Para evitar a proliferação
do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como
lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e, de
preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las.
Além do sabão, outro produto
indicado para higienizar as mãos é o álcool gel, que também serve para limpar
objetos como telefones, teclados, cadeiras, maçanetas, etc. Para a limpeza
doméstica recomenda-se a utilização dos produtos usuais, dando preferência para
o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9
partes de água) para desinfetar superfícies.
Utilizar lenço descartável
para higiene nasal é outra medida de prevenção importante. Deve-se cobrir o
nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no
lixo. Também é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos
estejam limpas.
Para a higienização das
louças e roupas, recomenda-se a utilização de detergentes próprios para cada um
dos casos. Destacando que é importante separar roupas e roupas de cama de
pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso não haja a
possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a recomendação é
que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja possível
lavar.
Além disso, as máscaras
faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde,
cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o
coronavírus. Também é importante que as pessoas comprem antecipadamente e
tenham em suas residências medicamentos para a redução da febre, como
ibuprofeno e paracetamol, controle da tosse, como xaropes e pastilhas, além de
medicamentos de uso contínuo.
Produtos de higiene também
devem ser comprados e armazenados como uma medida de prevenção. No caso das
crianças, recomenda-se que os pais ou responsáveis, adquiram fraldas e outro
produtos em uma maior quantidade para que se evite aglomerações em supermercados
e farmácias.
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