sábado, 7 de março de 2020

GEA JÁ ESTÁ EXECUTANDO PLANO DE EMERGÊNCIA EM OIAPOQUE CONTRA O CORONAVÍRUS


Coronavírus chega à fronteira do Amapá, mas GEA está com equipe de prontidão em Oiapoque 
No Brasil são 19 casos confirmados e 674 suspeitos. Cinco estados não apresentam casos confirmados ou suspeitos: Amapá, Acre, Roraima, Tocantins e Maranhão




Reinaldo Coelho

O Coronavírus (Covid-19) chegou ao Brasil, no fim de fevereiro (26) e se expandiu rapidamente por todo o País, até fechamento desta edição, o número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) chegou a 19, segundo atualização divulgada hoje (7) pelo Ministério da Saúde. São seis pacientes infectados a mais em comparação com o balanço apresentado ontem (6) pelo órgão.


Já os casos suspeitos caíram entre ontem e hoje, de 768 para 674. Mais 601 casos foram descartados pelas autoridades de saúde. São Paulo segue liderando também a quantidade de suspeitas, com 184. Em seguida vêm Minas Gerais (123), Rio de Janeiro (111), Rio Grande do Sul (88) e Santa Catarina (44).

Em cinco estados não foram registrados até agora casos suspeitos: Maranhão, Amapá, Roraima, Acre e Tocantins.
Porém, na última quarta-feira (4) foi confirmado 5 casos de coronavírus na Guiana Francesa. O governo estadual que já tinha montado o Gabinete Estratégico de combate ao surto, passou a executar o Plano de contingenciamento no mesmo dia do anúncio, com o envio de 10 técnicos para Oiapoque a fim de avaliar a estrutura de saúde e ainda fazer capacitação mais específica dos profissionais da rede pública.

EM ALERTA!


Em janeiro, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou alerta mundial para o coronavírus, aconteceu uma reunião com diversas instituições para definir estratégias para o Amapá. No mês seguinte uma nota foi divulgada para auxiliar profissionais de saúde no contingenciamento do vírus.
A SVS informou que, além do envio dos técnicos, um posto avançado servirá de base para as instalações da vigilância. As Forças Armadas, por meio da Marinha e do Exército devem dar suporte ao plano. Subsídios como álcool e máscaras também poderão ser enviados, se houver necessidade.

O governo do Amapá pediu apoio das Forças Armadas para monitorar o fluxo de pessoas na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. O pedido, feito através de ofício ao Ministério da Defesa, faz parte do plano de contingenciamento contra o vírus.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) informou que, na tarde desta quinta-feira, recebeu um sinal positivo dos órgãos militares para o reforço na fronteira.

“Nós já temos um plano de ação desde o anúncio de emergência mundial. A primeira parte é fiscalização da fronteira, verificação do fluxo de pessoas e fortalecimento da rede hospitalar, melhorando a capacidade de instalação técnica da cidade”, destacou o superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia.

Malafaia declarou que o vírus é inevitável, mas a calma deve ser mantida visto que o vírus tem alta taxa de transmissão, mas baixa taxa de letalidade. Ele ressaltou que a primeira ação a ser tomada é criar barreiras para dificultar a proliferação da doença.


TOMAR CUIDADO COM PREVENÇÃO SEM PÂNICO


Com a revelação do primeiro caso no Brasil, as autoridades se mexeram para evitar o pânico. A boa notícia: há conhecimento e preparo para impedir um mal maior. No Amapá, a população se assustou, com as notícias de que tinham


A população não deve entrar em pânico, entretanto é necessário que sigam as orientações de prevenção por meio de cuidados básicos de higiene a fim de evitar uma maior disseminação do vírus no Brasil. Pessoas com doenças crônicas respiratórias e cardiovasculares, diabetes e pessoas a partir de 50 anos são os grupos mais vulneráveis devido à baixa imunidade dos pacientes, segundo um estudo chinês, publicado no renomado periódico The Lancet, que investigou os sintomas e os grupos dos enfermos em Wuhan.



Ele pode parecer novidade, mas não é: o coronavírus foi descoberto na década de 1960 e reúne um grupo de agentes infecciosos causadores de resfriados comuns até infecções graves e letais - como a que se espalhou a partir de Wuhan, na China, recentemente. É dessa "família" também que surgiram doenças como a SARS (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).


Acredita-se que o novo coronavírus tenha origem em animais silvestres como cobras, morcegos e pangolins, que seriam hospedeiros até chegar a humanos, mas não há um consenso sobre a origem entre os especialistas. Até agora não existe uma vacina desenvolvida especificamente para o nCOV, como é chamado o novo coronavírus. A médica infectologista Umbeliana Barbosa, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, explica: "O que sabemos é que o vírus está sendo transmitido de pessoa para pessoa, o que direciona o foco em contenção e prevenção de riscos de contaminação".

Como chegou no Brasil


No dia 26 de fevereiro foi confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil: um empresário de 61 anos, que vive em São Paulo retornou da Itália e após dois dias apresentou sintomas como febre, tosse, dor de garganta e coriza. O empresário estava com quadro estável no momento e permanece isolado em sua residência até o desaparecimento dos sintomas. A esposa e seus parentes estão sendo monitorados.

Foi confirmado o segundo caso do vírus no Brasil (29/02). Homem de 32 anos, reside em São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, o paciente está com "quadro clínico leve e estável" e foi posto em isolamento em sua própria casa.



A importância de fortalecer a imunidade


É comum que as pessoas só se lembrem da importância de cuidar da saúde quando algo vai mal. Mas é preciso atenção constante contra os microrganismos invasores: o sistema imunológico busca sempre um equilíbrio e trabalha sem descanso para isso. Para que esse trabalho não seja interrompido (e os invasores dominem o organismo) é fundamental que além de práticas básicas de higiene pessoal para reforçar a barreira natural da pele e da mucosa, que o corpo receba a quantidade ideal de micro e macronutrientes adequados.


Além de consumir poucos alimentos naturais e saudáveis "é comum que pessoas que seguem dietas restritivas sem orientação médica prejudiquem a capacidade de defesa do organismo", alerta Marcela Araújo, nutricionista da All Clinik e Care Club, no Rio de Janeiro. Entre os principais micronutrientes para fortalecer o organismo estão a vitamina C e o zinco. O zinco, que é um mineral, é responsável por inúmeras ações de importância para o organismo incluindo o adequado funcionamento do sistema imune. Já a vitamina C é um nutriente importante para a função dos glóbulos brancos, que fazem parte do sistema imunológico e que tem a função de combater microrganismos nocivos. Além disso, ajuda na absorção de ferro auxiliando na prevenção da anemia ferropriva.


A alimentação equilibrada é fundamental para obter a quantidade ideal de micronutrientes que garantem o bom funcionamento do organismo. Como isso nem sempre é uma tarefa simples, os suplementos vitamínicos podem auxiliar. Vale tudo para manter o sistema imunológico protegido e evitar que possíveis infecções respiratórias.

Como diminuir os riscos
As estações mais frias do ano, quando as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e com pouca ventilação favorecem a transmissão.

"Uma pessoa infectada pode transmitir a doença para três até cinco outras pessoas", alerta Umbeliana. Assim como a família da influenza, os coronavírus normalmente são transmitidos pelo ar, por meio de tosse ou espirro, e contato pessoal próximo e com objetos e superfícies possivelmente contaminadas.



"Os hábitos de higiene são fundamentais para conter a transmissão dos vírus. Sempre lavar bem as mãos com água e sabão (ou usar álcool em gel, quando isso não for possível) após o contato com objetos e superfícies compartilhados, além de evitar locais com pouca ventilação", diz a infectologista.

Dormir bem, praticar atividade física com frequência e ter uma alimentação rica em vitaminas e minerais é fundamental para um corpo mais saudável. Para reforçar a ingestão diária de micronutrientes, suplementos de ingestão via oral podem ser bons aliados. "Claro que é preciso avaliar o quadro clínico para uma dose mais ajustada a cada paciente", ressalta a nutricionista.

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