quinta-feira, 19 de março de 2020

SAÚDE EM FOCO - VIROSES: NO MEIO DO CONTÁGIO E DAS COMPLICAÇÕES


VIROSES: NO MEIO DO CONTÁGIO E DAS COMPLICAÇÕES



         Com toda a enxurrada de informações diariamente sobre a pandemia de SARS Covid19, não podemos perder o foco nas demais viroses, como a Influenza, H1N1, Dengue, Sarampo e outras doenças infecciosas virais, que estão circulando em nosso meio, que podem levar a complicações e hospitalizações. Já comentei o assunto em julho de 2018, em pleno início de retorno do Sarampo no Brasil, após 2  décadas considerado erradicado.  
         As doenças virais agudas são extremamente transmissíveis, que iniciam como uma gripe ou resfriado, assim como a SARS Covid19. Depois evoluem para sintomas mais acentuados e até complicar com doenças graves como infecções pulmonares. O Brasil está passando por um surto de sarampo e agora iniciando o coronavírus.
         O sarampo é uma doenças que possui um período de incubação ( período anterior aos primeiros sintomas)  que dura 10 dias, seguido de um período febril e catarral, com conjuntivite e aversão à luz (fotofobia).Em aparecem lesões avermelhadas macropapulares na face (retro auricular) e em seguida no tronco e membros, chamado período exantemático, que dura 6 dias. No período final de convalescença, as lesões tornam-se escurecidas e formam uma descamação (farinácea ou furfurácea).

          A transmissão ocorre por contato direto com o portador através do contato com secreções nasofaríngeas, emitidas por ocasião da tosse, espirro, ao falar ou respirar, que ocorre mais 2 dias antes e 2 dias  após o início do exantema.  O Covid19 se adquire também através do contato das mãos com superfície contaminadas. Daí a necessidade da assepsia constante.
          É uma doença de distribuição universal, que se distribui de maneira endêmica nas áreas urbanas, podendo levar a epidemias a cada 2/4 anos, o que vai depender da imunização da população. Antes os casos eram importados da Ásia e Europa, onde vários países possuem o vírus.  
           Na região Norte e no  Amapá, devido a baixa cobertura vacinal, foi adotado a vacinação desde fev/2020, como forma  prevenir a doença. A vacinação usual com a vacina tríplice viral ocorre aos 12 meses e a segunda dose aos 4 a 6 anos. A segunda etapa prevista para o 2º semestre/2020, foi antecipada para este mês de março, com a vacinação de bloqueio, atingindo os grupos prioritários entre 6 meses a 49 anos, o que está sendo feito nos postos de saúde de Macapá.
           A investigação epidemiológica é fundamental. Vai identificar os casos suspeitos e caracterizar os mecanismos de transmissão, documentando as manifestações clínicas, as medidas de controle, coleta de sangue para diagnóstico, avaliação da cobertura vacinal, busca ativa e vacinação de bloqueio ampliada.
          Para efetivar essas medidas de atenção primária as Prefeituras devem estar preparadas com pessoal qualificado e logística, o que na Amazônia é mais difícil, pelas dificuldades do deslocamento nas áreas ribeirinhas e fronteiras, como no caso do Amapá. Mas nas capitais, não fazer a investigação epidemiológica e a vacinação ampliada é inadmissível, como deve ser feito com o coronavírus.
          Em outros estados, onde já existe surto, o Ministério Público vem alertando que cabe aos pais a responsabilidade de se vacinar e também levar os filhos para se vacinar, sob a pena de estar infringindo a lei ( Estatuto da Criança- ECA), podendo ser acionados judicialmente caso não o façam.  (Fonte: Serie B. Textos Básicos de Saúde. Brasília, DF, 2010).
JARBAS ATAÍDE.  Macapá, 17.03.2020. Leia no www.tribunaamapaense.blogspot.com        
Fonte: www.shutterstock. com


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