VIROSES: NO MEIO DO CONTÁGIO
E DAS COMPLICAÇÕES
Com toda a
enxurrada de informações diariamente sobre a pandemia de SARS Covid19, não
podemos perder o foco nas demais viroses, como a Influenza, H1N1, Dengue,
Sarampo e outras doenças infecciosas virais, que estão circulando em nosso
meio, que podem levar a complicações e hospitalizações. Já comentei o assunto em
julho de 2018, em pleno início de retorno do Sarampo no Brasil, após 2 décadas considerado erradicado.
As doenças virais agudas são extremamente
transmissíveis, que iniciam como uma gripe ou resfriado, assim como a SARS Covid19.
Depois evoluem para sintomas mais acentuados e até complicar com doenças graves
como infecções pulmonares. O Brasil está passando por um surto de sarampo e
agora iniciando o coronavírus.
O sarampo
é uma doenças que possui um período de incubação ( período anterior aos
primeiros sintomas) que dura 10 dias,
seguido de um período febril e catarral,
com conjuntivite e aversão à luz (fotofobia).Em aparecem lesões avermelhadas
macropapulares na face (retro auricular) e em seguida no tronco e membros,
chamado período exantemático, que
dura 6 dias. No período final de
convalescença, as lesões tornam-se escurecidas e formam uma descamação
(farinácea ou furfurácea).
A transmissão
ocorre por contato direto com o portador através do contato com secreções
nasofaríngeas, emitidas por ocasião da tosse, espirro, ao falar ou respirar,
que ocorre mais 2 dias antes e 2 dias
após o início do exantema. O
Covid19 se adquire também através do contato das mãos com superfície
contaminadas. Daí a necessidade da assepsia constante.
É uma doença
de distribuição universal, que se distribui de maneira endêmica nas áreas
urbanas, podendo levar a epidemias a cada 2/4 anos, o que vai depender da
imunização da população. Antes os casos eram importados da Ásia e Europa, onde
vários países possuem o vírus.
Na região
Norte e no Amapá, devido a baixa
cobertura vacinal, foi adotado a vacinação desde fev/2020, como forma prevenir a doença. A vacinação usual com a vacina tríplice viral ocorre aos 12
meses e a segunda dose aos 4 a 6 anos. A segunda etapa prevista para o 2º
semestre/2020, foi antecipada para este mês de março, com a vacinação de
bloqueio, atingindo os grupos prioritários entre 6 meses a 49 anos, o
que está sendo feito nos postos de saúde de Macapá.
A
investigação epidemiológica é fundamental. Vai identificar os casos suspeitos e
caracterizar os mecanismos de transmissão, documentando as manifestações
clínicas, as medidas de controle, coleta de sangue para diagnóstico, avaliação
da cobertura vacinal, busca ativa e vacinação de bloqueio ampliada.
Para efetivar
essas medidas de atenção primária as Prefeituras devem estar preparadas com
pessoal qualificado e logística, o que na Amazônia é mais difícil, pelas
dificuldades do deslocamento nas áreas ribeirinhas e fronteiras, como no caso do
Amapá. Mas nas capitais, não fazer a investigação epidemiológica e a vacinação
ampliada é inadmissível, como deve ser feito com o coronavírus.
Em outros
estados, onde já existe surto, o Ministério Público vem alertando que cabe aos
pais a responsabilidade de se vacinar e também levar os filhos para se vacinar,
sob a pena de estar infringindo a lei ( Estatuto da Criança- ECA), podendo ser
acionados judicialmente caso não o façam. (Fonte: Serie B. Textos Básicos de Saúde.
Brasília, DF, 2010).
JARBAS ATAÍDE. Macapá, 17.03.2020. Leia no www.tribunaamapaense.blogspot.com
Fonte: www.shutterstock. com
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