sábado, 4 de abril de 2020

SAÚDE EM FOCO - 14 ANOS DO TRIBUNA AMAPAENSE


             TRIBUNA AMAPAENSE: 14 ANOS DE REFLEXÃO DA SAÚDE.



           Para dar este testemunho me reportei a um artigo do final do ano de 2013, marcado por diversas manifestações da sociedade, indo às ruas gritar por seus direitos. Hoje, após 7 anos, estamos vivendo o contrário, com as pessoas sendo forçadas a ficar em casa, devido a quarentena para evitar a SARs Covid19.  
         Mas o Tribuna Amapaense -TA publica meus artigos falando de saúde há mais de 10 anos. A característica marcante dos assuntos publicados da coluna “Saúde em Foco” do Jornal TA, foi o não apego exagerado à medicalização, a uma doença isolada, evitando sempre o curativo, enaltecendo a discussão da saúde coletiva e a prevenção dos agravos e riscos.  Durante todos esses anos a linha editorial do TA foi mantida.
           Contribuiu para esse direcionamento a seriedade da linha editorial do TA e  a formação em saúde pública,  saúde complementar e segurança pública. Fugi do corriqueiro, da hospitalização. Busquei mostrar a saúde como qualidade de vida e a prevenção das enfermidades. Enfoquei as terapias integrativas e complementares (Homeopatia, Fitoterapia, Massoterapia, Terapias Manuais).
            Falei da qualidade da comida, da água a ser consumida, do exercício e atividade física, da preservação do meio ambiente, da urbanização desordenada, da educação para a saúde. Enfoquei e dei pistas para a prevenção de patologias diversas e os fatores de risco.  
           Em alguns momentos os assuntos extrapolaram o campo da saúde e engrenaram  na avaliação do modelo econômico, das decisões políticas e da situação nacional e local.   Um dos fatores agravantes, bastante enfocado em vários artigos, é a corrupção na saúde, com suas garras nas estruturas e  nas atitudes dos gestores.
            Mas não fiquei apenas no trivial do protesto, na crítica vazia, na reclamação de imputar culpa aos gestores do passado. Emiti opiniões respaldadas em estudos científicos, em propostas viáveis, indiquei caminhos e sugestões de inovação.
             Enfim, como democrata, cristão, socialista, naturalista, com foco e vocação em humanidades, falei que os gritos, apelos e manifestações das ruas não chegaram aos gabinetes dos gestores, governantes e políticos. Tanto que não foram ouvidos que, hoje, esses mesmos parlamentares e gestores estão sendo atingidos pela pandemia de coronavírus.  
             Mas tudo isso que foi escrito não passaria de mera especulação,  de palavras vazias, de discordância ideológica, se o autor não fosse um agente público , que está diuturnamente diante dessas situações, constatando  in loco aquilo que observa em sua atuação profissional, fazendo suas colocações com base na ciência, nos conhecimentos técnicos, na experiência cotidiana e nas reflexões socio-político-filosóficas. Macapá, 02.04.2020.


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