TRIBUNA
AMAPAENSE: 14 ANOS DE REFLEXÃO DA SAÚDE.
Para dar este testemunho me reportei
a um artigo do final do ano de 2013, marcado por diversas manifestações da
sociedade, indo às ruas gritar por seus direitos. Hoje, após 7 anos, estamos
vivendo o contrário, com as pessoas sendo forçadas a ficar em casa, devido a
quarentena para evitar a SARs Covid19.
Mas o Tribuna Amapaense -TA publica
meus artigos falando de saúde há mais de 10 anos. A característica marcante dos
assuntos publicados da coluna “Saúde em Foco” do Jornal TA, foi o não apego
exagerado à medicalização, a uma doença isolada, evitando sempre o curativo,
enaltecendo a discussão da saúde coletiva e a prevenção dos agravos e riscos. Durante todos esses anos a linha editorial do
TA foi mantida.
Contribuiu para esse direcionamento
a seriedade da linha editorial do TA e a
formação em saúde pública, saúde complementar
e segurança pública. Fugi do corriqueiro, da hospitalização. Busquei mostrar a
saúde como qualidade de vida e a prevenção das enfermidades. Enfoquei as
terapias integrativas e complementares (Homeopatia, Fitoterapia, Massoterapia,
Terapias Manuais).
Falei da qualidade da comida, da
água a ser consumida, do exercício e atividade física, da preservação do meio
ambiente, da urbanização desordenada, da educação para a saúde. Enfoquei e dei
pistas para a prevenção de patologias diversas e os fatores de risco.
Em alguns momentos os assuntos
extrapolaram o campo da saúde e engrenaram
na avaliação do modelo econômico, das decisões políticas e da situação
nacional e local. Um dos fatores
agravantes, bastante enfocado em vários artigos, é a corrupção na saúde, com
suas garras nas estruturas e nas
atitudes dos gestores.
Mas não fiquei apenas no trivial do
protesto, na crítica vazia, na reclamação de imputar culpa aos gestores do
passado. Emiti opiniões respaldadas em estudos científicos, em propostas
viáveis, indiquei caminhos e sugestões de inovação.
Enfim, como democrata, cristão,
socialista, naturalista, com foco e vocação em humanidades, falei que os
gritos, apelos e manifestações das ruas não chegaram aos gabinetes dos
gestores, governantes e políticos. Tanto que não foram ouvidos que, hoje, esses
mesmos parlamentares e gestores estão sendo atingidos pela pandemia de
coronavírus.
Mas tudo isso que foi escrito não
passaria de mera especulação, de
palavras vazias, de discordância ideológica, se o autor não fosse um agente público
, que está diuturnamente diante dessas situações, constatando in loco
aquilo que observa em sua atuação profissional, fazendo suas colocações com
base na ciência, nos conhecimentos técnicos, na experiência cotidiana e nas
reflexões socio-político-filosóficas. Macapá,
02.04.2020.
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