quinta-feira, 30 de abril de 2020

SAÚDE EM FOCO - DECADÊNCIA E CORRUPÇÃO: SEM VACINA, LEITOS, UTI E RESPIRADOR.


DECADÊNCIA E CORRUPÇÃO: SEM VACINA, LEITOS, UTI E RESPIRADOR.  



Por Jarbas de Ataíde 

           A história é a maior prova do que, hoje, estamos sofrendo. Superamos guerras, golpes e revoluções. A humanidade perdeu milhares de vidas nas guerras e nas pragas, desde os tempos antigos (Poliomielite, Gripe Espanhola, Varíola, Cólera, SARS, MARS). Mas parece que agora estamos perdendo não só vidas para mais uma praga (Covid-19), mas encobertando a maior causa de sua propagação: a CORRUPÇÃO.
           Na base desse retrocesso está o poder politico-governamental e o sistema eleitoral representativo decadente, corporativo e corrupto, onde em vez da defesa da vida e da “constituição cidadã” prevalecem as vontades dos políticos.   
           Enquanto o mundo ocidental civilizado se diz “democrático e cristão”, financiando guerras, genocídios e investimento bélico, povos inteiros estão com seus filhos doentes ou mortos não pela virulência de um único germe (SARS-covid2), mas pela ganancia, desmando e irresponsabilidade de dirigentes com mentes desequilibradas.
           Nas questões sociais, como na saúde, estamos passando pela maior prova: a decadência, despreparo e desmonte do SUS, criado para atender a saúde da população há mais de 30 anos. Mas o que se vê em todo Brasil e no mundo, denunciado pelo povo nas redes sociais, na pandemia da Covid-19 é: “não tem vacina; não tem remédio; não há vaga em UTI; não tem respirador; não tem Teste de Covid-19”.
           ... neste país a corrupção desvia R$ 200 bi por ano, segundo coordenador da Operação Lava-jato, enquanto o valor investido na saúde não ultrapassa os R$ 120 bi. Não encontramos palavras para expressar nossa indignação com a podridão política deste Brasil. Vivemos uma situação de imoralidade” (Fabio Cardoso, 21.05.18)
            Na atual pandemia da Covid-19, os recursos extraordinários repassados continuam sendo alvo de desvios pelos governos. A iniciativa privada ajuda alguns hospitais públicos com leitos, EPIs, respiradores. Já os governos estaduais e municipais mantêm o descaso, improvisando centros e hospitais feitos de lonas, Paviflex e uns poucos leitos. Os hospitais públicos e UBS permanecem com as velhas estruturas, sem equipamentos e poucos servidores.
          Países, mesmo sem SUS, em que os investimentos são estruturantes e permanentes na prevenção, conseguiram superar mais rápido a pandemia, como Japão, Alemanha e Coréia do Sul. Mas parece que aqui no Brasil e no Amapá as reformas não aconteceram. Muito ainda permanece no atraso das políticas públicas, na omissão da saúde e na decadência social.
         O país cresceu e se destacou na América Latina, mas essas conquistas não se consolidarem em leis e ganhos sociais. “O poder político e estatal se arregimentaram de forma hegemônica e centralizadora, afastando a sociedade das grandes decisões e garantias constitucionais”. Repasses emergenciais para a pandemia são feitos, enquanto há manutenção dos fundos eleitorais bilionários e tentativa de reduzir conquistas trabalhistas.   
          O estado do Amapá está em fase de amadurecimento. Uma promissora e valorosa sociobiodiversidade desponta no Norte. Mas estamos doentes.  Os hospitais vivem em estado de guerra, onde as trincheiras são cavadas para inumar corpos. Profissionais desprotegidos e desvalorizados e sem EPIs, enquanto milhões foram gastos sem licitação. Jovens, profissionais e idosos mortos prematuramente pelo descaso e a corrupção dos gestores. 
        “Até onde, povo brasileiro/amapaense, vamos chegar! Nossos sonhos de {um SUS universal e integrado} estão sendo substituídos por fajutos gritos de liberdade falsa e demagogia, sustentadas por falácias politico-ideológicas, que não mais se sustentam. O povo não vive de slogans de discursos. Vive de emprego, renda, assistência na doença, escola funcionando, jovens valorizados e escolarizados, famílias estruturadas. Só assim teremos uma sociedade sadia, capaz de superar (as pandemias) e dificuldades, sem esperar tudo da mão da máquina estatal”. (Fonte: TA, JARBAS ATAÍDE, 11.11.2019).          
     

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