DECADÊNCIA E CORRUPÇÃO: SEM VACINA, LEITOS, UTI
E RESPIRADOR.
Por Jarbas de Ataíde
A história é a maior prova do que,
hoje, estamos sofrendo. Superamos guerras, golpes e revoluções. A humanidade
perdeu milhares de vidas nas guerras e nas pragas, desde os tempos antigos (Poliomielite,
Gripe Espanhola, Varíola, Cólera, SARS, MARS). Mas parece que agora estamos
perdendo não só vidas para mais uma praga (Covid-19), mas encobertando a maior
causa de sua propagação: a CORRUPÇÃO.
Na base desse retrocesso está o
poder politico-governamental e o sistema eleitoral representativo decadente,
corporativo e corrupto, onde em vez da defesa da vida e da “constituição
cidadã” prevalecem as vontades dos políticos.
Enquanto o mundo ocidental civilizado
se diz “democrático e cristão”, financiando guerras, genocídios e investimento
bélico, povos inteiros estão com seus filhos doentes ou mortos não pela
virulência de um único germe (SARS-covid2), mas pela ganancia, desmando e
irresponsabilidade de dirigentes com mentes desequilibradas.
Nas questões sociais, como na saúde,
estamos passando pela maior prova: a decadência, despreparo e desmonte do SUS,
criado para atender a saúde da população há mais de 30 anos. Mas o que se vê em
todo Brasil e no mundo, denunciado pelo povo nas redes sociais, na pandemia da
Covid-19 é: “não tem vacina; não tem remédio; não há vaga em UTI; não tem
respirador; não tem Teste de Covid-19”.
“...
neste país a corrupção desvia R$ 200 bi por ano, segundo coordenador da
Operação Lava-jato, enquanto o valor investido na saúde não ultrapassa os R$
120 bi. Não encontramos palavras para expressar nossa indignação com a podridão
política deste Brasil. Vivemos uma situação de imoralidade” (Fabio Cardoso,
21.05.18)
Na atual pandemia da Covid-19, os
recursos extraordinários repassados continuam sendo alvo de desvios pelos governos.
A iniciativa privada ajuda alguns hospitais públicos com leitos, EPIs,
respiradores. Já os governos estaduais e municipais mantêm o descaso,
improvisando centros e hospitais feitos de lonas, Paviflex e uns poucos leitos.
Os hospitais públicos e UBS permanecem com as velhas estruturas, sem
equipamentos e poucos servidores.
Países, mesmo sem SUS, em que os investimentos
são estruturantes e permanentes na prevenção, conseguiram superar mais rápido a
pandemia, como Japão, Alemanha e Coréia do Sul. Mas parece que aqui no Brasil e
no Amapá as reformas não aconteceram. Muito ainda permanece no atraso das políticas
públicas, na omissão da saúde e na decadência social.
O país cresceu e se destacou na
América Latina, mas essas conquistas não se consolidarem em leis e ganhos
sociais. “O poder político e estatal se arregimentaram de forma hegemônica e
centralizadora, afastando a sociedade das grandes decisões e garantias
constitucionais”. Repasses emergenciais para a pandemia são feitos, enquanto
há manutenção dos fundos eleitorais bilionários e tentativa de reduzir conquistas
trabalhistas.
O estado do Amapá está em fase de
amadurecimento. Uma promissora e valorosa sociobiodiversidade desponta no Norte.
Mas estamos doentes. Os hospitais vivem
em estado de guerra, onde as trincheiras são cavadas para inumar corpos.
Profissionais desprotegidos e desvalorizados e sem EPIs, enquanto milhões foram
gastos sem licitação. Jovens, profissionais e idosos mortos prematuramente pelo
descaso e a corrupção dos gestores.
“Até onde, povo brasileiro/amapaense,
vamos chegar! Nossos sonhos de {um SUS universal e integrado} estão sendo
substituídos por fajutos gritos de liberdade falsa e demagogia, sustentadas por
falácias politico-ideológicas, que não mais se sustentam. O povo não vive de
slogans de discursos. Vive de emprego, renda, assistência na doença, escola
funcionando, jovens valorizados e escolarizados, famílias estruturadas. Só
assim teremos uma sociedade sadia, capaz de superar (as pandemias) e
dificuldades, sem esperar tudo da mão da máquina estatal”. (Fonte:
TA, JARBAS ATAÍDE, 11.11.2019).
Nenhum comentário:
Postar um comentário