198 ANOS – Comemoração de Aniversário
de Fundação do Grande Oriente do Brasil!
Embora tenha, a Maçonaria brasileira, se iniciado
em 1797 com a Loja Cavaleiros da Luz, criada na povoação da Barra, em Salvador,
Bahia, e ainda com a Loja União, em 1800, sucedida pela Loja Reunião em 1802,
no Rio de Janeiro, só em 1822, quando a campanha pela independência do Brasil
se tornava mais intensa, é que iria ser criada sua primeira Obediência, com
Jurisdição nacional, exatamente com a incumbência de levar a cabo o processo de
emancipação política do país.
Criado a 17 de junho de 1822, por três Lojas do Rio
de Janeiro – a Commercio e Artes na Idade do Ouro e mais a União e
Tranquilidade e a Esperança de Niterói, resultantes da divisão da primeira – O
Grande Oriente Brasileiro teve, como seus primeiros mandatários José Bonifácio
de Andrada e Silva, ministro do Reino e de Estrangeiros e Joaquim Gonçalves
Ledo, Primeiro Vigilante.
A 4 de outubro do mesmo ano, já após a declaração de independência de 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo então príncipe regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos primeiros dias de nação independente e considerando a rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo – que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o cônego Januário da Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons – mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, a 25 de outubro de 1822.
Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I – ocorrida a 7 de abril daquele ano – é que os trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.
A 4 de outubro do mesmo ano, já após a declaração de independência de 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo então príncipe regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos primeiros dias de nação independente e considerando a rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo – que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o cônego Januário da Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons – mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, a 25 de outubro de 1822.
Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I – ocorrida a 7 de abril daquele ano – é que os trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.
Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio
de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em praticamente todas as províncias,
o Grande Oriente do Brasil logo se tornou um participante ativo em todas as
grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo com que sua História se
confunda com a própria História do Brasil Independente.
Através de homens de alto espírito público,
colocados em arcas importantes da atividade humana, principalmente em segmentos
formadores de opinião, como as Classes Liberais, o Jornalismo e as Forças
Armadas – o Exército, mais especificamente – O Grande Oriente do Brasil iria
ter, a partir da metade do século XIX, atuação marcante em diversas campanhas
sociais e cívicas da nação.
Assim, distinguiu-se na campanha pela extinção da
escravatura negra no país, obtendo leis que foram abatendo o escravagismo,
paulatinamente; entre elas, a “Lei Euzébio de Queiroz”, que extinguia o tráfico
de escravos, em 1850, e a “Lei Visconde do Rio Branco”, de 1871, que declarava
livre as crianças nascidas de escravas daí em diante. Euzébio de Queiroz foi
maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau 33; o Visconde do Rio
Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente
do Brasil. O trabalho maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de
maio de 1888.
A Campanha republicana, que pretendia evitar um
terceiro reinado no Brasil e colocar o país na mesma situação das demais nações
centro e sul americanas, também contou com intenso trabalho maçônico de
divulgação dos ideais da República, nas Lojas e nos Clubes Republicanos, espalhados
por todo o país. Na hora final da campanha, quando a república foi implantada,
ali estava um maçom a liderar as tropas do Exército com seu prestígio: Marechal
Deodoro da Fonseca que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.
Durante os primeiros quarenta anos da República –
período denominado “República Velha” – foi notória a participação do Grande
Oriente do Brasil na evolução política nacional, através de vários presidentes
maçons, além de Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz de
Campos Salles, Marechal Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e
Washington Luís Pereira de Souza.
Durante a 1ª Grande Guerra (1914 – 1918), o Grande
Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu Grão-Mestre, Almirante
Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil no conflito, ao lado das
nações amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande
Oriente já enviava contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas
ao socorro das vítimas da guerra, como indica a correspondência, que, da
França, era enviada ao Grande Oriente do Brasil, na época.
Mesmo com uma cisão, que, surgida em 1927, originou
as Grandes Lojas Estaduais brasileiras, enfraquecendo, momentaneamente, o
Grande Oriente do Brasil, este continuou como ponta-de-lança da Maçonaria, em
diversas questões nacionais, como: anistia para presos políticos, durante
períodos de exceção, com estado de sítio, em alguns governos da República; a
luta pela redemocratização do país, que fora submetido, desde 1937, a uma
ditadura, que só terminaria em 1945; participação, através das Obediências
Maçônicas européias, na divulgação da doutrina democrática dos países aliados,
na 2ª Grande Guerra (1939 – 1945); participação no movimento que interrompeu a
escalada da extrema-esquerda no país, em 1964; combate ao posterior
desvirtuamento desse movimento, que gerou o regime autoritário longo demais;
luta pela anistia geral dos atingidos por esse movimento; trabalho pela volta
das eleições diretas, depois de um longo período de governantes impostos ao
país.
E, em 1983, investia na juventude, ao criar a sua
máxima obra social; a Ação Paramaçônica Juvenil, de âmbito nacional, destinada
ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens – de ambos os sexos, filhos
ou não filhos de maçons.
Presente em Brasília – capital do país, desde 1960
– onde se instalou em 1978, o Grande Oriente do Brasil tem, hoje, um patrimônio
considerável, e em diversos Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital
Federal, onde sua sede ocupa um edifício com 7.800 metros quadrados de área
construída.
Com aproximadamente 2.000 Lojas, cerca de 61.500
obreiros ativos (31.12.1999), reconhecido por mais de 100 Obediências regulares
do mundo, o Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência Maçônica do
mundo latino e reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da
Inglaterra, de acordo com os termos do Tratado de 1935.

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