Não abuse da sorte!
Proteja-se!
As UBS são as base do
combate ao COVID-19 e a porta da Saúde da Família.
Muitas
críticas e injustas difamações com referência aos atendimentos e as equipes de
saúde, além de falta de medicamentos nas Unidades de Saúde dos municípios UBSs,
precisam ser revistas e ter o apoio da população, pois são a porta comunitária
da Saúde da Família. Não desrespeite as regras e não se tornarão dependentes de
tratamento emergencial contra o coronavírus. A dor da perda de um ente querido,
muitas vezes culpamos que está ajudando e não percebemos que não nos
prevenimos.
Reinaldo Coelho
No fim de 2019, o
Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2. Este Novo Coronavírus produz a
doença classificada como COVID-19, sendo agente causador de uma série de casos
de pneumonia na cidade de Wuhan (China). Ainda não há informações plenas sobre
a história natural, nem medidas de efetividade inquestionáveis para manejo
clínico dos casos de infecção humana pelo SARS-CoV-2, restando ainda muitos
detalhes a serem esclarecidos.
No entanto, sabe-se
que o vírus tem alta transmissibilidade e provoca uma síndrome respiratória
aguda que varia de casos leves – cerca de 80% – a casos muito graves com
insuficiência respiratória –entre 5% e 10% dos casos. Sua letalidade varia,
principalmente, conforme a faixa etária e condições clínicas associadas.
Portanto, é
necessário agir. Pela dinâmica da epidemia e da produção de conhecimento
associada a ela, as informações podem sofrer alterações conforme avance o
conhecimento sobre a doença. Um dos postos do front dessa guerra contra o
COVID-19 são as Unidades Básicas da Saúde – UBS, que são gerenciadas pelas
redes de saúde dos municípios.
Pois é nessas
unidades de saúde primária, com as equipes da Saúde da Família a frente é que
são feitas as triagens e identificados os sintomas que através das testagens
confirmam ou não a contaminação pelo vírus do COVID-19.
Esta identificação
precoce é realizada na recepção da Unidade Básica de Saúde onde todo paciente
que apresentar tosse ou dificuldade respiratória ou dor de garganta será
considerado caso suspeito de Síndrome Gripal. Esta identificação deve ser feita
por profissional em uso de EPI e capacitado em suas atribuições frente à
epidemia de COVID-19.
Durante esses quatro
meses de intensa luta pela sobrevivência de milhares de amapaenses nos 16 municípios
amapaenses, o que mais se tem escutado, visto e lido nas mídias televisivas,
blogs e rádios, além das intensas críticas ferrenhas, desrespeitosas e muitas
vezes injuriosas é contra os atendimentos nas Redes municipais e estadual de
Saúde.
Os gestores são
responsabilizados pelas mortes de pacientes internados, médicos, e
profissionais da saúde são agredidos verbalmente e até fisicamente pelas perdas
de parentes e amigos. As acusações são de desvios de recursos, falta de
medicamentos, erros médicos, enfim...
As últimas quatro semanas
têm requerido de técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos que atuam nas
unidades básicas de saúde (UBS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs),
hospitais e outros serviços uma dose extra de dedicação, empatia, coragem e até
paciência.
esses profissionais
têm mantido suas atividades enquanto a maioria dos demais serviços pararam. São
eles que acolhem, atendem, ouvem – muitas vezes, duras críticas – e prestam
assistência aos pacientes. De suspeitos a confirmados, todos aqueles que precisam
são assistidos.
Nesta hora, em que as
forças se unem em medidas que possam conter a pandemia, eles são a nossa
primeira linha de combate. Mas é preciso lembrar que eles não são super-heróis,
não têm poderes especiais nem são imunes ao vírus. Como todos, sentem ansiedade
e medo e tentam manter o equilíbrio.
Todos estão com medo. Os
profissionais de saúde estão na frente desse combate e estão sentindo na pele,
no psicológico essa guerra. Além de terem o desafio de lidar com a aflição de
uma população que não tenta se proteger, pois se sente mais segura achando que
está mais longe desta pandemia.
Por vezes, precisamos
lembrar os pacientes que, ao vierem na UBS, se tornam alvo em potenciais. Muitas reclamações com a falta de medicamentos,
EPIs, UTIs e respiradores mecânicos, vem sendo supridos pelos órgãos públicos.
Devemos verificar que essa pandemia não era esperada com tal intensidade e violência
de letalidade.
Os prefeitos e secretários de
saúdes tem procurado manter as UBS em funcionamento com todas as necessidade
medicas, e insumos abastecidos. O governo do Estado com ajuda financeira do
governo federal montou Centros de Covid-19 em Macapá e Santana, com
profissionais e equipamentos de UTI podendo assim desafogar as UBSs.
UBS
de Santana
As críticas contra o sistema
municipal de Saúde do município de Santana, são constante e muitas vezes
através de depoimentos de familiares revoltados com a perda de familiares, e culpam
os agentes públicos, considerando que deveria ter sido feita mais pela
recuperação de ente querido.
Esta semana o ex-procurador
Adilson Garcia, hoje exercendo a advocacia, esteve na Policlínica Maria Tadeu
Aguiar, instituição de saúde santanense e mesmo sendo morador de Macapá foi
acompanhar sua esposa que apresentava os sintomas suspeitos de Covid-19.
Em conversa online com a
editoria do Tribuna Amapaense explicou que ficou admirado frente as denúncias
constantes de falta de medicamentos e a precariedade do atendimento pelos
profissionais daquela UBS, que era totalmente o inverso a realidade que ali se
apresentava.
“Levei minha esposa hoje
(16/06) na Policlínica Maria Tadeu Aguiar em Santana, frente o campo de futebol
do bairro Paraíso. Foi realizada o cadastramento dela no SUS, pois não tinha e em
seguida após a triagem, foi atendida e recebeu receituário, com entrega na farmácia
dos medicamentos que são para prevenção nos primeiros dias da suspeita. Atendimento
nota 10 e já saiu com o kit de remédio na mão”.
O advogado Adilson Garcia se
disse surpreso pelo atendimento e pela qualidade, e destacou que no momento em
que se retirava chegou mais medicamentos para a unidade de Saúde. “postei essas
informações nas minhas redes sociais, pois vinha recebendo postagens com
criticas contundentes contra os serviços prestados nas unidades santanenses, e
fiquei surpreso e satisfeito pelo contrário”.
Ele ressaltou que verificou
que a farmácia da UBS tinha bastante medicamentos e desde a recepção, “tinha o
equipamento de higienização e até água mineral em uma caixa de isopor. Tem
uma equipe bem estruturada lá.”
Destaque-se que o município de
Santana, tem outras UBSs e um Centro de Covid-19 construída pelo Estado e gerenciada
por empresa de saúde privada.
Macapá
Além de três Centros de
Tratamentos de Covid-19 na capital amapaense, a prefeitura de Macapá, inaugurou
mais um Centro de Atendimento de Covid no Bairro Santa Inês e uma na Zona Oeste
A UBS Marabaixo I.
Desde o início da pandemia
do novo coronavírus, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Lélio Silva, na Zona
Sul, e Marcelo Cândia, substituída pela UBS Álvaro Corrêa, na Zona Norte, estão
sendo referência para o primeiro atendimento a pacientes suspeitos e
confirmados com a doença em Macapá. No entanto, segundo a prefeitura, o
funcionamento dos locais já está no limite.
A cidade de Macapá, é
considerada uma cidade-Estado, pois tem mais 50% da população do Amapá aqui
concentrada, além de atender a população ribeirinha moradoras das Ilhas
paraenses e de outros municípios amapaenses.
A necessidade de uma grande número
de profissionais da saúde, mesmo com a publicação de editais de chamadas para
contratação provisória desses recursos humanos, não tem vem sendo
correspondida.
De acordo com o secretário
municipal de Saúde de Macapá, mesmo com a contratação de enfermeiros e médicos,
não é possível colocar novos profissionais na linha de frente devido a
incapacidade de espaço nas unidades.
Sobre a falta de remédios, o
titular da Semsa conta que para enfrentar a pandemia, a prefeitura iniciou um
processo de compra de remédios que não são da atenção básica, mas sim usados em
hospitais.
"O ideal é que todas as
vezes que o paciente agrave na UBS ele imediatamente seja transferido para rede
hospitalar. Como a rede hospitalar, hoje, está lotada, os pacientes estão
ficando na UBS até que esse leito seja liberado. E com essa situação, os
médicos começaram a precisar de medicamentos que não fazem parte do elenco de
medicação da atenção básica. Por conta disso muitas vezes o próprio paciente
deve ter adquirido esse medicamento", explicou.
As UBS, encontraram
no SUS uma aliado importantíssimo para ajudar no combate ao vírus desconhecido
os seus medicamentos que poderiam derrotar esse agressor letal.
A circulação
comunitária do coronavírus e o aumento expressivo de atendimento por problemas
respiratórios graves tornou o SUS uma estrela de primeira grandeza, reconhecida
internacionalmente e, agora, pela mídia nacional, sempre tão crítica de
problemas e distraída de alcances.
O SUS vem se
desenvolvendo ao longo dos últimos 20 anos de modo paradoxal, pois tem implantado
um conjunto de políticas de saúde includentes, apesar de sofrer de problemas
crônicos, entre os quais o financiamento insuficiente e desigual.
Isso demonstra, por
um lado, a força do ideário e do conjunto de atores e instituições construtores
do SUS, tornando-o um verdadeiro patrimônio público, que, como tal, deve ser
bem cuidado. Por outro lado, o SUS precisa ser “protegido” e “cultivado” não
apenas para evitar retrocessos ao grande pacto social do qual é resultado, mas
também porque ainda há muito que fazer para consolidar esse sistema e, assim,
possibilitar que todo brasileiro se sinta cuidado diante das suas demandas e
necessidades de saúde.










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