DEZ ANOS E O IJOMA pede
socorro para enfrentar efeitos imediatos da pandemia
Se já não estava fácil
antes, com a pandemia da Covid-19 as coisas ficaram ainda mais complicadas para
as ONGs no Brasil. O isolamento social traz dificuldades operacionais, mas o
maior problema é de ordem financeira para as instituições. O IJOMA não recebe
ajuda do estado e nem do município. Está cada vez mais escassa e as doações
feitas por pessoas físicas também, especialmente para ONGs que prestam serviços tidos como “não
essenciais” nesse momento.
Como os recursos eram
poucos, optamos em demitir 80% dos nossos funcionários. O restante conseguimos colocá-los no programa
de ajuda do governo federal. Segundo o Presidente do IJOMA a decisão de demitir
os funcionários foi fundamental para que o IJOMA não fechasse as portas.
Todos os voluntários se afastaram por causa
da pandemia. Ficamos funcionando só com
o serviço de envio de pacientes para Porto Velho. O IJOMA através de parceiros conseguiu
distribuir 17 toneladas de alimento para as famílias carentes de Macapá.
Por conta do isolamento
social, grande parte dos projetos infelizmente foram interrompidos. Além da pandemia
do novo coronavírus, o IJOMA que auxilia famílias de
pessoas com câncer,
está sofrendo com outro problema: a queda no volume de doações.
Com a falta de produtos e recursos financeiros, a ajuda ao tratamento de alguns pacientes pode ficou
prejudicado. Não temos estoques de fraldas nem cestas básicas.
A gente consegue comprar os remédios ou colabora com um exame pedindo para um
ou para outro amigo nosso.
O “MARJÔ Magazine”
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Loja Marjô Magazine -Em homenagem a Marjô do carnaval que foi nossa voluntária e morreu de câncer em 2011 |
A novidade
é que dois amigos benfeitores se dispuseram construir um espaço ao lado do
IJOMA, aonde instalaremos o “MARJÔ Magazine”. Um espaço aonde terá uma
lanchonete e um bazar de roupas novas e usadas. É uma forma de buscarmos a
sustentabilidade do projeto. Completamos dez anos de existência e nos
preocupamos em saber até quando a população vai continuar colaborando conosco,
disse o Presidente do IJOMA.
Com todos
os esforços centrados na captação de doações para minimizar os impactos do
isolamento, uma questão recorrente é a sobrevivência dessas organizações que estão na ponta à ajuda as populações mais vulneráveis.
Enquanto as ONGs ajudam a salvar vidas, quem vai salvar essas ONGs?
Em vista do atendimento as vitimas do covid 19, o atendimento aos pacientes de
câncer praticamente parou. Só que a doença não para. Inclusive noticias chegam
de que estão faltando remédios na UNACOM.
Ascom/Ijoma
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