quinta-feira, 25 de junho de 2020

PNAD COVID19 mensal: 64 mil trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, no Amapá

PNAD COVID19 mensal: 64 mil trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, no Amapá

  

Entre os 286 mil trabalhadores do Amapá, cerca de 117 mil estavam afastados do trabalho e, entre estes, 64 mil estavam sem sua remuneração, o equivalente a 22,5% da população ocupada em maio de 2020.

No Amapá, 41,1% dos trabalhadores (ou 117 mil pessoas) estavam afastados do trabalho pela pandemia, a maior proporção entre as Unidades da Federação.
Em maio, a PNAD COVID19 constatou que 41,5% da população ocupada (ou 70 mil pessoas) trabalharam menos do que a sua jornada habitual, enquanto cerca de 8 mil pessoas trabalharam acima da média habitual. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas (17,9h) no Amapá ficou abaixo da média habitual (37,5h).
Efeito similar foi observado no rendimento efetivo dos trabalhadores (R$ 1.342), que ficou 20,4% abaixo do rendimento habitual (R$ 1.685).
Em maio, 61,8% dos domicílios do Amapá receberam algum auxílio monetário governamental relacionado à pandemia, no valor médio de R$ 1.028.
Em maio, 226 mil pessoas apresentaram sintomas associados à COVID-19. Com isso, o Amapá mostrou o maior percentual (26,6%) de pessoas nessa condição.
Amapá tem a maior taxa de desocupação
Em maio, a PNAD COVID19 estimou que o Amapá tinha 634 mil pessoas com 14 anos ou mais de idade, a chamada população em idade de trabalhar. A população na força de trabalho eram 339 mil, dos quais 286 mil eram ocupados e 54 mil desocupados. A população fora da força de trabalho somava 294 mil pessoas.
Com o total de desocupados em 54 mil pessoas, a taxa de desocupação do Amapá chegou a 15,8% em maio, a maior entre as Unidades da Federação.
41,1% dos trabalhadores do Amapá foram afastados do trabalho pela pandemia
Entre os 286 mil trabalhadores do Amapá, 117 mil (ou 41,1%) estavam afastados do trabalho que tinham na semana de referência e 101 mil (ou 35,2%) estavam afastados devido ao distanciamento social. O Amapá apresentou o maior percentual (35,2%) de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, enquanto Rondônia foi a Unidade da Federação menos afetada (8,0%).

 Pessoas ocupadas e pessoas que estavam temporariamente afastadas do trabalho – maio de 2020

Ocupados (mil pessoas)
Total de afastados
(mil pessoas)
Total de afastados devido ao distanciamento social (mil pessoas)
Percentual de ocupados afastados (%)
Percentual de ocupados afastados devido ao distanciamento social (%)
Brasil
84 404
18 964
15 725
22,5
18,6
Norte
6 372
1 792
1 487
28,1
23,3
Amapá
286
117
101
41,1
35,2

64 mil trabalhadores ficaram sem remuneração devido à pandemia
Entre os 117 mil de trabalhadores do Amapá que estavam afastados do trabalho na semana de referência, aproximadamente 64 mil pessoas estavam sem a remuneração do trabalho. Este total representava 54,7% das pessoas afastadas do trabalho que tinham e correspondia a 22,5% do total de ocupados. Amazonas (60,2%) e Sergipe (58,7%) mostraram os maiores percentuais de pessoas afastadas do trabalho e sem remuneração.

Pessoas ocupadas e pessoas e temporariamente afastadas do trabalho – maio de 2020

Ocupados (mil pessoas)
Afastados sem remuneração (mil pessoas)
Percentual de afastados sem remuneração entre os afastados (%)
Percentual de afastados sem remuneração entre os ocupados (%)
Brasil
84 404
9 728
51,3
11,5
Norte
6 372
953
53,2
15,0
Amapá
286
64
54,7
22,5

18 mil trabalhavam de forma remota no Amapá, em maio
Cerca de 58,9% do total de ocupados (ou 168 mil) não estavam afastados do trabalho. Entre os não afastados, 18 mil trabalhavam de forma remota (home office), o equivalente a 10,8% da população ocupada que não estava afastada.
Média semanal de horas efetivamente trabalhadas fica abaixo da média habitual
No Amapá, caiu o número de horas efetivamente trabalhadas pelas pessoas ocupadas e não afastadas. O número médio de horas habituais foi de 37,5 horas por semana, contra 17,9 horas semanais efetivamente trabalhadas. A maior disparidade entre as horas habituais e efetivas foi verificada no Amapá.
Em maio, 70 mil pessoas ocupadas e não afastadas (ou 41,5% desse contingente) trabalharam efetivamente menos horas que as habituais, no Amapá.
Na direção oposta, cerca de 8 mil pessoas ocupadas trabalharam efetivamente acima da média de horas de habituais, o que correspondia a 4,8% das pessoas ocupadas e não afastadas. Nas Unidades da Federação, este percentual variou de 1,4% em Roraima a 5,9% no Distrito Federal.
Rendimento efetivo dos trabalhadores é 20,4% menor que o rendimento habitual
O rendimento habitual de todos os trabalhos ficou, em média, em R$ 1.685, no Amapá, e o efetivo em R$ 1.342, ou seja, o efetivo representava 79,6% do habitualmente recebido. Pernambuco e Sergipe registraram as maiores diferenças, respectivamente: 77,6% e 77,8% entre o efetivamente e o habitualmente recebido.

Indicadores de rendimento médio real dos ocupados com rendimento do trabalho (R$) – maio de 2020

Brasil
Norte
Amapá
Rendimento habitual
2.320
1.789
1.685
Rendimento efetivo
1.899
1.495
1.342
Massa de rendimento médio real normalmente recebido (milhões de R$)
192.957
11.064
462
Massa de rendimento médio real efetivamente recebido (milhões de R$)
157.914
9.248
368
Razão do rendimento efetivo e habitual
81,8
83,6
79,7

Pessoas fora da força de trabalho devido à pandemia predominam no Amapá
Em maio, havia 294 mil pessoas fora da força de trabalho no Amapá, dos quais 55,4% não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar, e 42,9% não procuraram principalmente devido à pandemia ou porque faltava trabalho na localidade em que residia, mas também gostaria de trabalhar. O Amapá teve o maior percentual de pessoas fora da força de trabalho e que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho.
Ao somarmos a população fora da força que gostaria de trabalhar, mas que não procurou trabalho, com a população desocupada, temos 217 mil pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de alguma ocupação ou que estariam se tivessem procurado trabalho. Quando o motivo de não ter procurado estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, o total foi de 180 mil pessoas.


Desocupados e pessoas fora da força que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho – maio

Pessoas desocupadas (mil pessoas)
Pessoas fora da força que não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar na semana anterior (mil pessoas)
Pessoas fora da força que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar na semana anterior (mil pessoas)
A+B
A+C
A
B
C
Brasil
10 129
26 294
18 455
36 423
28 584
Norte
786
2 896
2 071
3 682
2 856
Amapá
54
163
126
217
180

61,8% dos domicílios amapaenses receberam algum auxílio monetário relacionado à pandemia
A proporção de domicílios amapaenses que receberam algum auxílio relacionado à pandemia foi de 61,8% do total. As Regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores percentuais, 55,0% e 54,8%, respectivamente. Entre os auxílios estão o Auxílio Emergencial e a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. O valor médio recebido pelos domicílios, no Amapá, foi de R$ 1.028.

Percentual de domicílios que receberam auxílio relacionado à pandemia e valor médio recebido

Percentual de domicílios que recebem auxílio relacionado à pandemia no total de domicílios (%)
Valor médio do auxílio (R$)
Brasil
38,7
847
Norte
55,0
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