quinta-feira, 30 de julho de 2020

Mobilidade Urbana de Macapá Município aplica novas tecnologias na pavimentação de logradouros da capital


              MOBILIDADE URBANA DE MACAPÁ

A CAPITAL AMAPAENSE VEM RECEBENDO TECNOLOGIAS DE PAVIMENTAÇÃO ADEQUADAS A REALIDADE URBANA AMAZÔNICA




Município aplica novas tecnologias na pavimentação de logradouros da capital



Reinaldo Coelho

As ruas e avenidas de uma cidade são essenciais ao seu desenvolvimento econômico, possibilitando que transporte urbano e à quase todas as cargas e passageiros devam estar e apresentar condições adequadas ao tráfego.

A desvantagem de uma rua ou avenida com baixa qualidade ou de nenhuma pavimentação está no prejuízo da mobilidade urbana do cidadão, com lama no inverno e poeira no verão, causando problemas de saúde pública e elevando os custos operacionais, gerando poluentes para o meio ambiente e propiciando acidentes de trânsito.


Via tomada por buracos e lama limita passagem de motoristas e ...

Essa baixa qualidade das ruas e vias pavimentadas, é decorrente das execuções com materiais menos duráveis, sofrendo deformações constantes devido ao clima tropical e ao peso sobre o revestimento asfáltico, provenientes principalmente das cargas de caminhões, reduzindo sua vida útil e aumentando suas manutenções.

As cidades localizadas na região Amazônica, tem peculiaridades que tornam necessários estudos específicos para a pavimentação das suas ruas e avenidas. A tecnologia tem avançado e está redimensionando que o asfaltamento não é o único tipo de cobertura para pavimentar, principalmente porque ele impermeabiliza o terreno, tornando-o propenso aos alagamentos.

Fortes chuvas deixam vários pontos de alagamento em casas e ruas ...
ALAGAMENTOS NAS RUAS DE MACAPÁ
BRITA COM PINCHE
USO DE BRITA COM PICHE

A gestão de Macapá, já utilizou a brita nos bairros Pantanal e Vitoria do Renascer, que recebeu em uma de suas vias bloquete, uma técnica que a literatura rodoviária mostra que o pavimento convencional com pedra brita tem mais de 200 anos, então não é um produto novo no mundo, já presente em mais de 100 países.

Bloquetes


CONJUNTO DA EMBRAPA RECEBE PAVIMENTAÇÃO COM BLOQUETE

Outra tecnologia usada, o uso de bloquetes, que é também histórica, pois é normal nos países europeus e nas cidades históricas brasileiras, pavimentas na época colonial. As juntas entre as peças são preenchidas por material de rejunte, o que permite a utilização imediata do pavimento. Esse tipo de piso pode ser utilizado em vários lugares, sendo bem comum de ser encontrado no dia a dia. Aqui na capital amapaense, era somente usado nos calçamentos e praças.

Atualmente a prefeitura de Macapá, com apoio de recursos de Emendas Parlamentar dos ex-deputada Federal Janete e ex-senador João Capiberibe, no valor de R$ 689.675,06, e da ex-deputada federal Janete Capiberibe, de R$ 449.534,12. E está sendo aplicada em bairros da cidade, como o  Universidade nas vias do Conjunto da Embrapa, Bairro Cidade Nova e distritos macapaenses.

A pavimentação com estes blocos oferece economia, durabilidade, praticidade e de fácil manutenção, além de garantir a mobilidade, acessibilidade e trafegabilidade nas vias do local. Já a drenagem superficial consiste em regularizar o terreno (cria-se um declive constante e elimina os pontos baixos), criar valas para o escoamento da água acumulada, aumentar a secção de pontes e aquedutos, limpar, alargar e aprofundar as linhas de água.

Uso de geogrelha


Mesmo com o menor custo comparado aos demais modais, são feitos altos investimentos na conservação e reabilitação das rodovias, sendo necessário uma busca por alternativas que reduzam os custos e o tempo dessas obras frequentes. Os geossintéticos passam a ser uma alternativa interessante.

Dentre as patologias mais comuns na pavimentação, tem-se o afundamento decorrente do caminho das rodas e trincamento por fadiga asfáltica. São feitos altos investimentos na manutenção para reabilitar o uso das rodovias, trazendo grandes transtornos causados pelas obras de intervenção.

Restauro de pavimento de aeroporto com geogrelha | Geosynthetica


Uma solução inovadora para o prolongamento da vida útil da pavimentação e redução dos gastos na execução e manutenção, é a utilização dos geossintéticos em sua estrutura, podendo ser aplicado em diferentes camadas, aumentando sua capacidade de suporte e distribuindo melhor as tensões. Este trabalho tem como objetivo testar o reforço geossintético do tipo geogrelha em diferentes camadas em um perfil de solo padrão, comparando à um perfil de solo sem reforço.

Geocélulas - NTC Brasil

Nesta semana a prefeitura macapaense dando continuidade as obras de mobilidade urbana no bairro Congós, com serviços de pavimentação nas ruas Benedito Lino e Claudomiro de Moraes. Por meio de tecnologia alemã, as vias receberam o tratamento para uma base resistente, com reaproveitamento do antigo pavimento e a colocação de uma geogrelha, o que dará mais durabilidade.

Os trabalhos são referentes ao 1º eixo, que contou com a articulação do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre. Nesta primeira etapa, o valor é de R$ 40.885.273,00, mais contrapartida do Município, de cerca de R$ 2.213.632,27.



A obra irá fazer a restruturação e organização do sistema de transporte urbano do município. Nesta primeira etapa, compreende o eixo - Rua Claudomiro de Moraes à Av. Clodovil Coelho; Av. Treze de Setembro, entre as ruas Claudomiro de Moraes e Hildemar Maia; Av. Clodovil Coelho, entre as ruas Claudomiro de Moraes e Santos Dumont; Rua Hildemar Maia, entre as avenidas Antônio Coelho de Carvalho e Treze de Setembro; e a Av. Santos Dumont, entre as avenidas Antônio Coelho de Carvalho e Clodovio Coelho.


Os trabalhos iniciaram no mês de novembro, sendo feito o alargamento da via e preparo das caixas coletoras para as tubulações do sistema de drenagem profunda, que fará a captação das águas pluviais. O sistema de drenagem nas duas vias já foi concluído e agora as vias começaram a receber o preparo da base e pavimentação, que ganhará um reforço com a tecnologia alemã, denominada geogrelha, que tem como objetivo dar mais resistência à massa asfáltica.
Medição para espaço onde será feito drenagem superficial de águas pluviais

“Quem transitar por essas vias notará a diferença no pavimento. O Município está trazendo uma nova tecnologia, jamais vista aqui na cidade. O trabalho de reaproveitamento do pavimento antigo para o preparo da base e a colocação da geogrelha, deixando o pavimento mais resistente. Ela é equivalente à 12 cm de brita graduada, que dá resistência à base e também combate as trincas, pequenas rachaduras no asfalto”, explica David Covre, secretário adjunto de Gestão e coordenador do Plano de Obras do Município.


Asfalto sendo aplicado em cima da geogrelha
Até o momento, cerca de 420 toneladas de massa asfáltica já foi utilizada. Ao mesmo tempo que em um trecho da via está sendo feita a aplicação do pavimento, em outro trecho a recicladora e máquinas de compactação trabalham no preparo da base. Com olhar atento, o autônomo Francisco Dias observa o trabalho de pavimentação. “Eu pensei que não ia ver esse asfalto novo, mas, além de me surpreender com o novo asfalto, fiquei curioso de ver esse trabalho diferenciado. A máquina ia tirando o asfalto velho e já triturando e deixando para trás, e outra vinha compactando, não perde nada; e também essa tela, que ficará debaixo do asfalto. Estamos felizes que nossa rua é a primeira que está recebendo essa nova tecnologia, muito bom mesmo”, comenta.

Além da pavimentação, a obra contempla as vias com calçadas padronizadas, iluminação de LED e o canteiro central localizado na Rua Claudomiro de Moraes será transformado em um grande jardim, com a inclusão de ciclovias.

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