MOBILIDADE URBANA DE MACAPÁ
A CAPITAL AMAPAENSE VEM RECEBENDO TECNOLOGIAS DE PAVIMENTAÇÃO ADEQUADAS A REALIDADE URBANA AMAZÔNICA
A CAPITAL AMAPAENSE VEM RECEBENDO TECNOLOGIAS DE PAVIMENTAÇÃO ADEQUADAS A REALIDADE URBANA AMAZÔNICA
Município aplica novas
tecnologias na pavimentação de logradouros da capital
Reinaldo Coelho
As ruas e avenidas de uma
cidade são essenciais ao seu desenvolvimento econômico, possibilitando que transporte
urbano e à quase todas as cargas e passageiros devam estar e apresentar
condições adequadas ao tráfego.
A desvantagem de uma rua ou
avenida com baixa qualidade ou de nenhuma pavimentação está no prejuízo da
mobilidade urbana do cidadão, com lama no inverno e poeira no verão, causando
problemas de saúde pública e elevando os custos operacionais, gerando poluentes
para o meio ambiente e propiciando acidentes de trânsito.
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Essa baixa qualidade das ruas e vias pavimentadas, é decorrente das execuções com materiais menos duráveis, sofrendo deformações constantes devido ao clima tropical e ao peso sobre o revestimento asfáltico, provenientes principalmente das cargas de caminhões, reduzindo sua vida útil e aumentando suas manutenções.
As cidades localizadas na
região Amazônica, tem peculiaridades que tornam necessários estudos específicos
para a pavimentação das suas ruas e avenidas. A tecnologia tem avançado e está redimensionando
que o asfaltamento não é o único tipo de cobertura para pavimentar, principalmente
porque ele impermeabiliza o terreno, tornando-o propenso aos alagamentos.
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ALAGAMENTOS NAS RUAS DE MACAPÁ |
BRITA COM PINCHE
A gestão de Macapá, já
utilizou a brita nos bairros Pantanal e Vitoria do Renascer, que recebeu em uma de suas vias bloquete, uma técnica que a
literatura rodoviária mostra que o pavimento convencional com pedra brita tem
mais de 200 anos, então não é um produto novo no mundo, já presente em mais de
100 países.
Outra tecnologia usada, o
uso de bloquetes, que é também histórica, pois é normal nos países europeus e
nas cidades históricas brasileiras, pavimentas na época colonial. As juntas
entre as peças são preenchidas por material de rejunte, o que permite a
utilização imediata do pavimento. Esse tipo de piso pode ser utilizado em
vários lugares, sendo bem comum de ser encontrado no dia a dia. Aqui na capital
amapaense, era somente usado nos calçamentos e praças.
Atualmente a prefeitura de
Macapá, com apoio de recursos de Emendas Parlamentar dos ex-deputada Federal
Janete e ex-senador João Capiberibe, no valor de R$ 689.675,06, e da
ex-deputada federal Janete Capiberibe, de R$ 449.534,12. E está sendo aplicada
em bairros da cidade, como o Universidade nas vias do Conjunto da Embrapa,
Bairro Cidade Nova e distritos macapaenses.
A pavimentação com
estes blocos oferece economia, durabilidade, praticidade e de fácil manutenção,
além de garantir a mobilidade, acessibilidade e trafegabilidade nas vias do
local. Já a drenagem superficial consiste em regularizar o terreno (cria-se um
declive constante e elimina os pontos baixos), criar valas para o escoamento da
água acumulada, aumentar a secção de pontes e aquedutos, limpar, alargar e
aprofundar as linhas de água.
Mesmo com o menor custo comparado aos demais modais, são feitos altos investimentos na conservação e reabilitação das rodovias, sendo necessário uma busca por alternativas que reduzam os custos e o tempo dessas obras frequentes. Os geossintéticos passam a ser uma alternativa interessante.
Dentre as patologias mais
comuns na pavimentação, tem-se o afundamento decorrente do caminho das rodas e
trincamento por fadiga asfáltica. São feitos altos investimentos na manutenção
para reabilitar o uso das rodovias, trazendo grandes transtornos causados pelas
obras de intervenção.

Uma solução inovadora para o prolongamento da vida útil da pavimentação e redução dos gastos na execução e manutenção, é a utilização dos geossintéticos em sua estrutura, podendo ser aplicado em diferentes camadas, aumentando sua capacidade de suporte e distribuindo melhor as tensões. Este trabalho tem como objetivo testar o reforço geossintético do tipo geogrelha em diferentes camadas em um perfil de solo padrão, comparando à um perfil de solo sem reforço.

Nesta semana a prefeitura macapaense dando continuidade as obras de mobilidade urbana no bairro Congós, com serviços de pavimentação nas ruas Benedito Lino e Claudomiro de Moraes. Por meio de tecnologia alemã, as vias receberam o tratamento para uma base resistente, com reaproveitamento do antigo pavimento e a colocação de uma geogrelha, o que dará mais durabilidade.
Os trabalhos são referentes
ao 1º eixo, que contou com a articulação do presidente do Congresso Nacional,
senador Davi Alcolumbre. Nesta primeira etapa, o valor é de R$ 40.885.273,00,
mais contrapartida do Município, de cerca de R$ 2.213.632,27.
A obra irá fazer a
restruturação e organização do sistema de transporte urbano do município. Nesta
primeira etapa, compreende o eixo - Rua Claudomiro de Moraes à Av. Clodovil
Coelho; Av. Treze de Setembro, entre as ruas Claudomiro de Moraes e Hildemar
Maia; Av. Clodovil Coelho, entre as ruas Claudomiro de Moraes e Santos Dumont;
Rua Hildemar Maia, entre as avenidas Antônio Coelho de Carvalho e Treze de
Setembro; e a Av. Santos Dumont, entre as avenidas Antônio Coelho de Carvalho e
Clodovio Coelho.
Os trabalhos iniciaram no
mês de novembro, sendo feito o alargamento da via e preparo das caixas
coletoras para as tubulações do sistema de drenagem profunda, que fará a
captação das águas pluviais. O sistema de drenagem nas duas vias já foi
concluído e agora as vias começaram a receber o preparo da base e pavimentação,
que ganhará um reforço com a tecnologia alemã, denominada geogrelha, que tem
como objetivo dar mais resistência à massa asfáltica.
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Medição para espaço onde será feito drenagem superficial de águas pluviais |
“Quem transitar por essas
vias notará a diferença no pavimento. O Município está trazendo uma nova
tecnologia, jamais vista aqui na cidade. O trabalho de reaproveitamento do
pavimento antigo para o preparo da base e a colocação da geogrelha, deixando o
pavimento mais resistente. Ela é equivalente à 12 cm de brita graduada, que dá
resistência à base e também combate as trincas, pequenas rachaduras no
asfalto”, explica David Covre, secretário adjunto de Gestão e coordenador do
Plano de Obras do Município.
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Asfalto sendo aplicado em cima da geogrelha |
Até o momento, cerca de 420
toneladas de massa asfáltica já foi utilizada. Ao mesmo tempo que em um trecho
da via está sendo feita a aplicação do pavimento, em outro trecho a recicladora
e máquinas de compactação trabalham no preparo da base. Com olhar atento, o
autônomo Francisco Dias observa o trabalho de pavimentação. “Eu pensei que não
ia ver esse asfalto novo, mas, além de me surpreender com o novo asfalto,
fiquei curioso de ver esse trabalho diferenciado. A máquina ia tirando o
asfalto velho e já triturando e deixando para trás, e outra vinha compactando,
não perde nada; e também essa tela, que ficará debaixo do asfalto. Estamos
felizes que nossa rua é a primeira que está recebendo essa nova tecnologia,
muito bom mesmo”, comenta.
Além da pavimentação, a obra
contempla as vias com calçadas padronizadas, iluminação de LED e o canteiro
central localizado na Rua Claudomiro de Moraes será transformado em um grande
jardim, com a inclusão de ciclovias.
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