ELEIÇÕES 2020 -
A campanha eleitoral na pandemia terá inovações tecnológicas
Uma
"livemício" substituirá os tradicionais comícios, as redes sociais
terão grande protagonismo nessas eleições. Cabo eleitoral no zap será a mais nova forma de conquistar eleitores.
Reinaldo Coelho
As
eleições municipais são realizadas a cada 4 anos nos mais de 5.500 municípios
brasileiros, que elegem seus prefeitos e vereadores. Mas nesse ano de pandemia
as coisas serão diferentes – as eleições acontecerão, mas um pouco mais tarde
do que o usual, com o primeiro turno marcado para o dia 15 de novembro.
O surrealismo das eleições municipais deste ano, vem somar a desestruturação que o mundo vem sofrendo neste ano de 2020 devido a
pandemia do Covid 19 que se espalhou pelo mundo há quase 180 dias e
infelizmente está sinalizando que não quer sair facilmente e tem tido o apoio
irracional de muitos cidadãos e agentes públicos que estão menosprezando a
gravidade desse vírus para a humanidade.
A
economia, a vida social, o emprego, a saúde, a educação, a segurança, a estabilidade
psicológica, a violência familiar vem sofrendo com a instabilidade e o terror
da morte que sorrateiramente se aproxima e invisivelmente ataca e destrói as
pessoas que nos são próximas.
Porém,
alguns elementos desumanos, estão ativos e driblam a pandemia trazendo ela como
vantagem para roubar e corromper, mesmo que isso ajude a destruir o seu
semelhante. O bandido corruptor e o corrompido fazem um PACTO com o vírus e desviam
os milhões que deveriam salvar vidas e enriquecem a custa daqueles que deveriam
servir. O POVO. E esses elementos, infelizmente, são políticos ou ocupam cargos eletivos de gestores municipais ou da rede de saúde municipal e estadual
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| AS REDES SOCIAIS SERÃO AS FERRAMENTAS DAS CAMPANHAS DE 2020 |
E
essa situação se apresenta porque muitos desses que estão se apossando de
recursos públicos indevidamente, estão os destinando para as campanhas políticas
com intuito de eleger ou reeleger candidatos que nada farão para melhorar o que
já não prestava e está minado pela pandemia.
Pandemia
esta que além de interferir na cotidiano dos cidadãos, deverá interferir nas
eleições de diversos países, nos EUA nas eleições presidenciais e no Brasil nas
municipais desta ano. Essa interferência começou mudando as datas das eleições
e o calendário eleitoral. Outra mudança é que este ano as novidades virão do
virtual. Teremos um "livemício".no lugar dos tradicionais comícios.
Cenas
tradicionais, como candidatos tomando um café na padaria e distribuindo
cumprimentos e santinhos, terão de ser, no mínimo, adaptadas para um período em
que o distanciamento social é a principal medida de prevenção à covid-19.
Além
de economizar o tempo que seria gasto em deslocamentos e permitir mais
compromissos na agenda do dia do candidato, as lives ainda podem ter efeito no
caixa das campanhas. "As ferramentas [na internet] são mais baratas. Um
disparo no WhatsApp é muito mais barato do que organizar um comício", diz
Luli Radfahrer, professor da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo).
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| OS POLÍTICOS JÁ ESTÃO USANDO AS LIVE COMO FERRAMENTA |
Os
partidos políticos tradicionais tiveram que se adequar aos novos moldes, como,
por exemplo, construindo uma identidade política nas redes sociais. Alguns anos
atrás, a televisão era um dos principais meios de se fazer propaganda política.
A atuação clássica foi colocada em xeque, e durante os últimos dois anos,
pressupõe-se que os partidos tenham se atualizado a esse novo formato.
OS CANDIDATOS A REELEIÇÃO
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| OS PREFEITOS QUE ATUARAM EXITOSAMENTE N COMBATE DO COVID 19 PODEM TER SUCESSO NA REELEIÇÃO |
Para
os candidatos as reeleições, além das mudanças de datas e de como fazer
campanha, o que contará daqui para frente será como determinado candidato
gerenciou questões de saúde, econômicas e sociais, ou seja, quais políticas
promoveu para o enfrentamento do Covid-19. Assim, os votos dos eleitores “irão
servir de termômetro para analisar a qualidade da gestão, se ela atendeu às
demandas do município”. Pois, as prefeituras têm uma maior responsabilidade nas
mãos, visto que têm lidado com a questão dos efeitos da pandemia no dia a dia
da população.
Cabo eleitoral no zap
A
figura do cabo eleitoral poderá ficar mais parada nesta eleição, mas
movimentando seus contatos em aplicativos de mensagens e redes sociais. Ou
seja, circulando pela "rua digital", "A campanha
de rua agora é de rua digital. Aquele velho ajudante de campanha que ficava nos
bairros agora é o garoto do bairro que tem 50, 100 contatos de WhatsApp. Você
vai ter que contratar uma rede de assessores na rede."
São
essas figuras locais, além de vereadores, deputados e outras lideranças
políticas, que deverão ser responsáveis pela capilaridade de campanhas a
prefeito, fazendo com que o candidato se aproxime do eleitorado que o
desconhece.
A TV terá sua primazia
Os
especialista em marketing afirmam que a televisão continua sendo o meio de
maior cobertura e maior impacto no Brasil. Até em razão de, pela crise econômica
gerada pelo combate ao novo coronavírus, o acesso de uma parte da população à
internet ter ficado mais difícil e quem radicalizar e só investir no digital
deverá ter problemas. Hoje, a televisão está muito valorizada. Cada plataforma
vai ter sua importância. Não dá para renegar a televisão. Televisão chega,
continua chegando, sendo muito importante [para a população].
A população
terá de ficar experta e procurar ver os candidatos como personagens que deverão
trabalhar pelo seu município e não se encantar pelas promessas e sim de ver se elas
podem ser executadas. Eles (candidatos) sabem o que podem ‘vender’ aos
eleitores e sabem que muitas não poderão ser cumpridas. Depois de eleitos
ficarão quatro anos em silencio e o eleitor permanecerá iludido.
Agora,
com a pandemia e as modificações nas formas de fazerem campanhas, muitos
candidatos não terão o corpo a corpo com o eleitor e isso lhes trarão
vantagens, pois estarão conversando virtualmente e assim não terão o contato
social, tão importante para transmitir a segurança de que prometem.
Nova regra aos mais velhos
Outra
alteração provável é uma espécie de flexibilização da obrigatoriedade do voto
para alguns eleitores em 2020.
Como
exigir que pessoas de grupos de risco se exponham poderia agravar a tragédia
que tem se mostrado a pandemia da covid-19, o TSE estuda isentar da multa por
não comparecimento essa porção do eleitorado que preferir não escolher seus
candidatos neste ano.
Barroso
foi contra a sugestão de tornar facultativo o voto à fatia com mais de 60 anos,
com receio de haver um elevado índice de abstenção. "Embora ache que deva
se pensar em uma eventual anistia de multa, ou considerar uma justificação dos
que não compareceram por fundado temor de contração do vírus por se sentir
grupo de risco", afirmou na sessão de segunda-feira do Senado.
No
Brasil, 11% dos 150.509.804 eleitores têm entre 60 e 69 anos; 5,7%, de 70 a 79;
e 3%, estão acima dos 79. Somando tudo, 19,7% dos brasileiros aptos a votar
poderiam ajudar a reduzir as filas nas seções.
Ainda
que se considere que boa parte dos idosos não compareça, o número de pessoas
nas zonas eleitorais continuará enorme e não terá se evitado as aglomerações.
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