quinta-feira, 20 de agosto de 2020

ELEIÇÕES 2020 - A campanha eleitoral na pandemia terá inovações tecnológicas e de estilo


ELEIÇÕES 2020 -

A campanha eleitoral na pandemia terá inovações tecnológicas



Uma "livemício" substituirá os tradicionais comícios, as redes sociais terão grande protagonismo nessas eleições. Cabo eleitoral no zap será a mais nova forma de conquistar eleitores.


Reinaldo Coelho

As eleições municipais são realizadas a cada 4 anos nos mais de 5.500 municípios brasileiros, que elegem seus prefeitos e vereadores. Mas nesse ano de pandemia as coisas serão diferentes – as eleições acontecerão, mas um pouco mais tarde do que o usual, com o primeiro turno marcado para o dia 15 de novembro.

 O surrealismo das eleições municipais deste ano, vem somar a desestruturação que o mundo vem sofrendo neste ano de 2020 devido a pandemia do Covid 19 que se espalhou pelo mundo há quase 180 dias e infelizmente está sinalizando que não quer sair facilmente e tem tido o apoio irracional de muitos cidadãos e agentes públicos que estão menosprezando a gravidade desse vírus para a humanidade.


A economia, a vida social, o emprego, a saúde, a educação, a segurança, a estabilidade psicológica, a violência familiar vem sofrendo com a instabilidade e o terror da morte que sorrateiramente se aproxima e invisivelmente ataca e destrói as pessoas que nos são próximas.

Porém, alguns elementos desumanos, estão ativos e driblam a pandemia trazendo ela como vantagem para roubar e corromper, mesmo que isso ajude a destruir o seu semelhante. O bandido corruptor e o corrompido fazem um PACTO com o vírus e desviam os milhões que deveriam salvar vidas e enriquecem a custa daqueles que deveriam servir. O POVO. E esses elementos, infelizmente, são políticos ou ocupam cargos eletivos de gestores municipais ou da rede de saúde municipal e estadual 

AS REDES SOCIAIS SERÃO AS FERRAMENTAS DAS CAMPANHAS DE 2020


E essa situação se apresenta porque muitos desses que estão se apossando de recursos públicos indevidamente, estão os destinando para as campanhas políticas com intuito de eleger ou reeleger candidatos que nada farão para melhorar o que já não prestava e está minado pela pandemia.

Pandemia esta que além de interferir na cotidiano dos cidadãos, deverá interferir nas eleições de diversos países, nos EUA nas eleições presidenciais e no Brasil nas municipais desta ano. Essa interferência começou mudando as datas das eleições e o calendário eleitoral. Outra mudança é que este ano as novidades virão do virtual. Teremos um "livemício".no lugar dos tradicionais comícios.
Cenas tradicionais, como candidatos tomando um café na padaria e distribuindo cumprimentos e santinhos, terão de ser, no mínimo, adaptadas para um período em que o distanciamento social é a principal medida de prevenção à covid-19.

Além de economizar o tempo que seria gasto em deslocamentos e permitir mais compromissos na agenda do dia do candidato, as lives ainda podem ter efeito no caixa das campanhas. "As ferramentas [na internet] são mais baratas. Um disparo no WhatsApp é muito mais barato do que organizar um comício", diz Luli Radfahrer, professor da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo).
OS POLÍTICOS JÁ ESTÃO USANDO AS LIVE COMO FERRAMENTA

Os partidos políticos tradicionais tiveram que se adequar aos novos moldes, como, por exemplo, construindo uma identidade política nas redes sociais. Alguns anos atrás, a televisão era um dos principais meios de se fazer propaganda política. A atuação clássica foi colocada em xeque, e durante os últimos dois anos, pressupõe-se que os partidos tenham se atualizado a esse novo formato.

OS CANDIDATOS A REELEIÇÃO


Drive-thru' de testagem rápida para Covid-19 tem filas em primeiro ...
OS PREFEITOS QUE ATUARAM EXITOSAMENTE N COMBATE DO COVID 19 PODEM TER SUCESSO NA REELEIÇÃO

Para os candidatos as reeleições, além das mudanças de datas e de como fazer campanha, o que contará daqui para frente será como determinado candidato gerenciou questões de saúde, econômicas e sociais, ou seja, quais políticas promoveu para o enfrentamento do Covid-19. Assim, os votos dos eleitores “irão servir de termômetro para analisar a qualidade da gestão, se ela atendeu às demandas do município”. Pois, as prefeituras têm uma maior responsabilidade nas mãos, visto que têm lidado com a questão dos efeitos da pandemia no dia a dia da população.

Cabo eleitoral no zap



A figura do cabo eleitoral poderá ficar mais parada nesta eleição, mas movimentando seus contatos em aplicativos de mensagens e redes sociais. Ou seja, circulando pela "rua digital",  "A campanha de rua agora é de rua digital. Aquele velho ajudante de campanha que ficava nos bairros agora é o garoto do bairro que tem 50, 100 contatos de WhatsApp. Você vai ter que contratar uma rede de assessores na rede."
São essas figuras locais, além de vereadores, deputados e outras lideranças políticas, que deverão ser responsáveis pela capilaridade de campanhas a prefeito, fazendo com que o candidato se aproxime do eleitorado que o desconhece.

A TV terá sua primazia



Os especialista em marketing afirmam que a televisão continua sendo o meio de maior cobertura e maior impacto no Brasil. Até em razão de, pela crise econômica gerada pelo combate ao novo coronavírus, o acesso de uma parte da população à internet ter ficado mais difícil e quem radicalizar e só investir no digital deverá ter problemas. Hoje, a televisão está muito valorizada. Cada plataforma vai ter sua importância. Não dá para renegar a televisão. Televisão chega, continua chegando, sendo muito importante [para a população].

A população terá de ficar experta e procurar ver os candidatos como personagens que deverão trabalhar pelo seu município e não se encantar pelas promessas e sim de ver se elas podem ser executadas. Eles (candidatos) sabem o que podem ‘vender’ aos eleitores e sabem que muitas não poderão ser cumpridas. Depois de eleitos ficarão quatro anos em silencio e o eleitor permanecerá iludido.

Agora, com a pandemia e as modificações nas formas de fazerem campanhas, muitos candidatos não terão o corpo a corpo com o eleitor e isso lhes trarão vantagens, pois estarão conversando virtualmente e assim não terão o contato social, tão importante para transmitir a segurança de que prometem.

Nova regra aos mais velhos

Dispensados de votar, idosos vão às urnas no 2º turno: 'Tem que ...


Outra alteração provável é uma espécie de flexibilização da obrigatoriedade do voto para alguns eleitores em 2020.

Como exigir que pessoas de grupos de risco se exponham poderia agravar a tragédia que tem se mostrado a pandemia da covid-19, o TSE estuda isentar da multa por não comparecimento essa porção do eleitorado que preferir não escolher seus candidatos neste ano. 

Barroso foi contra a sugestão de tornar facultativo o voto à fatia com mais de 60 anos, com receio de haver um elevado índice de abstenção. "Embora ache que deva se pensar em uma eventual anistia de multa, ou considerar uma justificação dos que não compareceram por fundado temor de contração do vírus por se sentir grupo de risco", afirmou na sessão de segunda-feira do Senado.

No Brasil, 11% dos 150.509.804 eleitores têm entre 60 e 69 anos; 5,7%, de 70 a 79; e 3%, estão acima dos 79. Somando tudo, 19,7% dos brasileiros aptos a votar poderiam ajudar a reduzir as filas nas seções.
Ainda que se considere que boa parte dos idosos não compareça, o número de pessoas nas zonas eleitorais continuará enorme e não terá se evitado as aglomerações.





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