O CREA/AP PRECISA SAIR DA CAIXA
21.08.20
Rodolfo Juarez
No próximo dia 1.º de outubro está marcada a eleição
presencial para escolha do presidente do Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Amapá – Crea/AP, como também os dirigentes da Mútua/AP – Caixa de
Assistência dos Profissionais dos Crea/AP. Os cargos que serão disputados pelos
profissionais não remunera os eleitos e, mesmo assim, há uma incrível energia
que alimenta a vontade de continuar no cargo de todos aqueles que até agora
foram eleitos e reeleitos.
Enquanto isso o chamado Sistema Confea/Creas que, através
das eleições tem o propósito de arejar a administração dos órgãos daquele
sistema acaba criando grupos que lutam para permanecer nos cargos e, com isso
perdendo o sentido fundamental da troca de administradores em busca de
resultados que funcionem, através dos profissionais, na integração com a
sociedade.
O desprestígio dos conselheiros federais deixa-os à mercê
de avaliações errôneas, que são justificadas pela fraca presença das
autoridades administrativas das engenharias locais no bloco que indica e
pratica o processo de decisão.
O sistema como um todo anda abalado por erros sucessivos
e que dá para perceber os rachas havidos entre aqueles que precisariam estar
unidos, não só para terem tempo de pensar o sistema, mas para não cair no
descrédito da sociedade que sabe ser importante a participação do engenheiro.
Aqui no Estado do Amapá, o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia – Crea/AP anda manquitolando por razões das dificuldades
financeiras que encontra para manter a presença social da entidade como um dos
órgãos de confiança social.
As divisões, nesse momento de eleição estão extrapolando
todas as medidas e empurrando para o desinteresse todos aqueles que percebem
desvio de finalidade nas ações que interessam para o Estado. Aliás, que, com
relação ao Estado, o Crea/AP não consegue inserir-se para dar qualquer opinião.
As própria entidades que indicam os candidatos à dirigentes e conselheiros
estão desanimadas, com restrita
participação de profissionais, muito embora isso até pareça o modo mais eficaz
de manter o poder quando afasta os profissionais das entidades.
Mesmo com a pandemia provocada pelo novo coronavírus o
Crea/AP manteve-se “na caixa”. A impressão que se tem é que não houve tempo os
dirigentes do Confea e dos Creas refletirem sobre esse momento especial.
Aqui no Amapá o Crea foi ignorado ou fez-se ignorar na
busca de solução para os problemas que poderiam ser resolvidos com aplicação do
conhecimento dos engenheiros na participação do desenvolvimento de equipamentos
de proteção individual, ou de equipamentos de respiração, competência que os
engenheiros têm e poderiam aplicar na cooperação no processo de contribuição
para o sistema de saúde.
Mais uma vez as eleições estão ai para serem realizadas.
Os erros estruturais são os mesmos de outros pleitos, administrados por uma
Comissão Provisória tanto para eleição do Confea, como para a eleição dos
Creas. Os conselheiros federais, por exemplo, são em numero menor que o n.º de
Estados, enquanto que, por exemplo, na Ordem dos Advogados do Brasil, são 3 por
estado.
Outro número que preocupa no Amapá é a abstenção que
supera 50% e, por isso, dos mais de 1.000 engenheiros e agrônomos com atuação
no Estado do Amapá, em torno de 500 comparecem para votar.
Os próximos dirigentes, do Confea e do Crea, precisam ter
novos rumos para apresentar à sociedade. Caso contrário, a exemplo do Amapá, a
dívida do sistema vai aumentar para com a população amapaense.
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