quarta-feira, 26 de agosto de 2020

QUANDO ENCARAR O ENVELHECER COMO PATOLÓGICO – PARTE II

QUANDO ENCARAR O ENVELHECER COMO PATOLÓGICO – PARTE II



Por Jarbas de Ataíde


O envelhecimento normal não afeta a capacidade de decisão (autonomia) ou de execução (independência) do indivíduo, como pode ser observado com vários idosos longevos, com certas limitações, mas sem afetar a participação social (mobilidade e comunicação).

As debilidades orgânicas não tratadas ou não orientadas poderão levar as chamadas síndromes da fragilidade. Existem vários fatores de risco que levam à essas síndromes: hereditariedade, sexo feminino, baixo nível socioeconômico, má nutrição, sedentarismo, senescência, sarcopenia (perda muscular), anorexia e as doenças incapacitantes (AVE, Alzheimer, Parkinson, depressão).

A perda da funcionalidade (autonomia/independência) resulta da redução ou perda da cognição, do humor (motivação), mobilidade e da comunicação, gerando em 4(quatro) grandes síndromes geriátricas: a) Incapacidade cognitiva (incapaz de decidir ou comandar suas ações), b) Instabilidade postural( perda da independência na execução de tarefas), c) Incontinência esfincteriana(incapacidade de controlar as funções fisiológicas de micção/evacuação)e, d) Incapacidade comunicativa (impossibilidade de expressar verbalmente as decisões e vontades).

Quem não desejaria chegar à 3ª idade sem a perda da funcionalidade, sem ser portador dessas síndromes, que tiram a qualidade de vida no momento de desfrutar o que construímos durante toda a vida?

Por isso, devemos saber reconhecer se estamos caminhando, contribuindo ou alimentando os fatores de risco que levariam à senilidade. Os órgãos e sistemas, atingidos pelas perdas funcionais, precisam de apoio e cuidado objetivo, substancial e permanente a partir dos 30 anos, para que possamos suportar as patologias, deficiências e vulnerabilidades sem perder a saúde e a capacidade de autossustentação.

Para tratar, evitar, estacionar ou driblar essas deficiências e debilidades podemos apelar para os avanços e cuidados convencionais mais usuais (Medicina, Fisioterapia, Estética, Esporte/Atividade física, Psicologia, Religião/Espiritualidade), mas sem deixar de lado o apoio holístico das terapias auxiliares, integrativas e complementares, entre as quais a Fitoterapia e as Plantas Medicinais.

Para dar esse apoio, de maneira mais natural, sem efeitos adversos agressivos, com autonomia e liberdade de escolha, os bioativos dos produtos naturais e plantas atuariam nas alterações orgânicas e metabólicas dos idosos:

AUMENTANDO A RESERVA FUNCIONAL E EQUILÍBRIO DO METABOLISMO e MODULANDO AS ALTERAÇÕES DO MOVIMENTO DAS DROGAS NO ORGANISMO, evitando iatrogenia.

Dessa forma, a consulta GERIÁTRICA, com uso de produtos naturais deve dar importância para:
· Priorizar orientações e aconselhamentos visando qualidade de vida;
· Verificar a possibilidade de um tratamento NÃO MEDICAMENTOSO ou FÍSICO, atentando para aspectos nutricionais e bons hábitos;
· Evitar remédios para efeitos colaterais e reavaliar a prescrição;
· Usar plantas conhecidas e seus efeitos no organismo;
· Saber associar as plantas, mudando periodicamente por outras;
· Usar doses menores e aumentar progressivamente;
· Orientar onde achar os remédios e adaptar à condição financeira.

As plantas medicinais em Geriatria, devem ter a seguinte ação:

APOIO HEPÁTICO: boldo, alcachofra, dente-de-leão, alecrim;
APOIO RENAL: quebra-pedra, canarana, abacate, chapéu-de-couro;
APOIO CIRCULATÓRIO: urtiga, gengibre, murapuama, alho, cebola;
APOIO DIGESTIVO: erva-doce, alfazema, camomila, capim-marinho;
APOIO INTESTINAL: carqueja, cascara sagrada, sene, fibras, água.
APOIO IMUNOLÓGICO: unha-de-gato, equinácea, ginseng, ginko biloba;
Caso a prescrição seja individualizada, criteriosa e personalizada, com monitorização e abordagem naturalista e holística, conseguiremos atingir as doenças mais comuns da 3ª idade:
HIPERTENSÃO: restrição de sal, redução do peso, atividade física/exercício;
DIABETES: restrição de massas, açucares/carboidratos, baixar peso;
OSTEOPOROSE: gergelim, grãos integrais, cavalinha, folhas verdes;
ARTERIOSCLEROSE: ômega 3, óleos vegetais, linhaça, cúrcuma/açafrão;
DEPRESSÃO/ANSIEDADE: psicoterapia, antidepressivos naturais; chás calmantes; óleos essenciais estimulantes/energizantes (cítricos e mentas).

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