Cenário politico de Macapá 2020
Conheça os candidatos a prefeito e vice-prefeito de Macapá
Disputa eleitoral de 2020, na capital amapaense, terá 10 candidatos. A maioria já são conhecidos dos eleitores macapaenses. Com a pandemia o relacionamento candidato x eleitor será totalmente modificado e a priorização é as questões de saúde que ficaram totalmente despidas quando do combate ao COVID 19, mostrando as grandes fissuras nas redes de saúde federal, estadual e municipal.
Reinaldo Coelho
Por causa da pandemia e as restrições impostas no momento, o clima das eleições 2020 já é diferente, mas, aos poucos começa a tomar forma com as convenções partidárias, principalmente dos partidos com candidatos a prefeito. O evento é o momento no qual são confirmadas as candidaturas.
Em Macapá (AP), são, até então, 10 nomes lançados e aprovados nas convenções a prefeito e alguns já com indicações dos vices e homologação partidária dos candidatos a vereadores. Com o encerramento do prazo das realizações de convenções no dia 16 de setembro, resta agora a homologação pelos Tribunais Regionais Eleitorais. As eleições municipais de 2020 ocorrerá no mês de novembro. O primeiro turno está marcado para o dia 15, enquanto que o segundo para o dia 29.
Atualmente, o cenário político da capital amapaense tem 10 candidatos a prefeito de Macapá. Confiram os nomes dos aprovados nas convenções partidárias:
Paulo Lemos (PSOL) |
Paulo Lemos (Psol) e Lorena Quintas (PC do B)
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) oficializou no dia 15 de setembro a candidatura do historiador e advogado Paulo Lemos. O anúncio ocorreu em convenção realizada na sede do Psol. A candidata a vice é a empresária Lorena Quintas, do PCdoB. A convenção reuniu os candidatos e apoiadores, e apresentou a coligação, “Macapá para Todos Nós”, que reúne Psol e PCdoB.
Paulo César Lemos de Oliveira, de 48 anos, é formado em licenciatura em história, é advogado e servidor público; já foi secretário municipal de Administração. Atualmente, ele ocupa o cargo de deputado estadual, reeleito em 2018. É a primeira vez que concorre à prefeitura de Macapá.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou no dia 13 de setembro a candidatura de Capi. O anúncio ocorreu em convenção transmitida pela internet. O candidato a vice é o advogado Ruben Bemerguy, da Rede Sustentabilidade. PSB e Rede integram a coligação "Frente Macapá Solidária".
Zootecnista, João Alberto Capiberibe é natural de Afuá no Pará, e tem 73 anos. Ele foi prefeito de Macapá, entre 1989 e 1992, governador do Amapá entre 1995 e 2002 e senador, no mandato de 2011 a 2019 pelo PSB.
Perfil Marcos Roberto Marques da Silva, nasceu em Macapá, é casado, tem três filhos, é professor de matemática na rede pública estadual, advogado, já foi policial militar. Ele também já ocupou o cargo de secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública (de 2011 a 2014). Ele é filiado do PT há 24 anos, única sigla partidária que militou; onde já foi vice-presidente por duas vezes, e atualmente é secretário-geral do PT no Amapá. Marcos já disputou duas eleições majoritárias, em 2010 para senador e em 2018 como candidato a vice-governador. O vice da chapa, Geovane Granjeiro, é professor efetivo do Estado e servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); e já foi presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Amapá.
O partido Cidadania oficializou no dia 31 de agosto a candidatura do deputado estadual Antônio Furlan. O vice da chapa ainda não foi escolhido. O anúncio aconteceu no Diretório Municipal do Partido.
A coligação, chamada "De Coração por Macapá" foi confirmada com os partidos PMN e MDB, mas não foram descartas alianças com outras legendas.
Natural de San Jose, na Costa Rica, Antônio de Oliveira Furlan, de 47 anos, é médico cardiologista e deputado estadual pelo Cidadania Amapá. Mudou-se para Belém, no Pará, onde se formou em medicina. Em 2003 veio para o Amapá.
Começou a trajetória política em 2010, quando foi eleito para a Assembleia Legislativa, sendo reeleito em 2014 e 2018.
O Partido Democratas (DEM) oficializou no dia 4 de setembro a candidatura de Josiel Alcolumbre, . A vice escolhida é a enfermeira e ex-secretária Municipal de Saúde, Silvana Vedovelli, que foi apresentada no dia 12 de setembro, na convenção do partido Avante.
O anúncio ocorreu na Associação dos Empregados da Eletronorte (Aseel). A coligação, chamada "Macapá em Primeiro Lugar", tem confirmados os partidos Avante; PSDB; PP; PDT; PSC; PSD; PROS; PV; PL; Republicanos e Solidariedade.
Empresário e jornalista José Samuel Alcolumbre Tobelem, 47 anos, mais conhecido como Josiel, é filiado ao Democratas desde 2010. Em 2014, se tornou o primeiro suplente do irmão Davi Alcolumbre, no Senado Federal. Essa é a primeira candidatura de Josiel para um cargo público.
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) oficializou em 12 de setembro a candidatura do geógrafo e professor Gianfranco Gusmão. O anúncio ocorreu em convenção virtual. O candidato a vice é o agricultor Jairo Palheta, do mesmo partido.
O PSTU oficializou também 2 candidaturas ao cargo de vereador na capital. A convenção reuniu somente os partidários. Gianfranco Gusmão, de 47 anos, é geógrafo e professor há 20 anos na rede pública estadual e militante do PSTU desde 1997.
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) oficializou no dia 14 de setembro a candidatura do servidor público Cirilo. O anúncio ocorreu em convenção transmitida pela internet. O candidato a vice ainda não foi escolhido.
Antônio Cirilo Fernandes Borges é servidor público há mais de 30 anos, amapaense, casado, graduado em administração, pós-graduado em políticas públicas. Foi candidato pela primeira vez em 2018, ao tentar a majoritária no governo do estado. É a primeira vez que concorre à prefeitura de Macapá.
O Partido Trabalhista Cristão (PTC) oficializou no dia 12 de setembro a candidatura do policial rodoviário federal Haroldo Iran. O anúncio ocorreu em convenção transmitida pela internet. O candidato escolhido como vice é Moisés Amaral, do mesmo partido.
O partido não divulgou outros detalhes sobre coligação, quantidade de vereadores que desejam concorrer pelo partido nas Eleições 2020, e também não encaminhou perfis dos candidatos.
O Partido Social Liberal (PSL) oficializou no dia 14 de setembro a candidatura do pastor e empresário Guaracy. O anúncio ocorreu em convenção transmitida pela internet. O candidato a vice ainda não foi escolhido.
Foi confirmada coligação chamada “Deus, Pátria e Família”, mas ainda não foi definido com quais legendas o partido fará alianças.
Guaracy Batista da Silveira Júnior, de 46 anos, é pastor presidente Estadual da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), empresário e agropecuarista. Essa é a segunda vez que ele se apresenta como pré-candidato a cargo eletivo; a primeira vez foi em 2018, para senador.
O partido Podemos oficializou no dia 16 de setembro a candidatura da cirurgiã dentista Dra. Patrícia Ferraz. O anúncio ocorreu em convenção realizada em uma sede de eventos na Zona Norte da capital. O candidato a vice é o tenente bombeiro militar Juracy Picanço, do mesmo partido.
Patrícia Ferraz é de Minas Gerais e mora no Amapá desde 2002. Ela coordenou a Saúde Bucal no Estado do Amapá e também a Saúde Bucal no Ministério da Saúde.
Na política, concorreu em 2014 e em 2018 como deputada federal, e tornou-se primeira suplente de Vinícius Gurgel; em 2019, assumiu a vaga durante licença do deputado. É a primeira vez que ela concorre à prefeitura de Macapá.
AS OPÇÕES
Estas são as opções que os macapaenses terão para escolher o novo gestor de Macapá, considerada uma cidade-estado, devido 70% da população amapaense estarem aqui habitando.
Se todos conseguirem colocar o bloco na rua, será um recorde. Em 2016, foram sete candidatos, em 2012, seis. Este ano são dez, se não houver mudanças devidos a análise pelo TRE/AP e as impugnações que possam ocorrer. O número era maior, porém alguns passem a ser vice em alguma chapa ou migraram seus projetos para a Câmara de Vereadores.
Uma das novidades desta eleição municipal é que os candidatos a Prefeito nas eleições de 2016, não se apresentaram ao pleito deste ano. A deputada federal Aline Gurgel (PRB), Clécio Luiz (REDE) (eleito), Dora Nascimento (PT), Genival Cruz (PSTU), Gilvam Borges (MDB), Promotor Moisés (PEN) (falecido), Ruy Smith (PSB).
O senador Randolfe Rodrigues (REDE), líder da minoria no Senado e Congresso Nacional, que cogitava apresentar uma chapa limpa, para concorrer a prefeitura de Macapá, encabeçada pelo advogado Rubem Bermerguy (REDE), optou por uma coligação com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) comandado pelo velho cacique João Capiberibe onde concorrerá como vice. Randolfe Rodrigues e Rubem Bermerguy já participaram da equipe de João Capiberibe, quando governador do Estado do Amapá, o primeiro como Assessor Especial da Juventude e o segundo como secretário de Estado da Educação.
De acordo com pesquisas realizadas em março deste ano, foi identificado que a população continua querendo “novos’ na disputa para prefeito, mas não desconhecidos. Aqui em Macapá, dos dez candidatos, somente Haroldo Iran (PTC) e Gusmão (PSTU) não são conhecidos da maioria dos macapaenses.
Agora um item que será importante para o eleitorado é o posicionamento dos candidatos, quando quem defende e quem se opõe ao presidente Jair Bolsonaro destaca o Estadão.
Em função da pandemia do coronavírus, a tendência apontada é que temas globais, como desigualdade social e crise financeira, tenham tanto apelo quanto questões locais, pois eleições municipais têm muito a ver com o poder local pela proximidade com as pessoas.
Porém, essa eleição é excepcional por ocorrer no contexto da pandemia, que afetou o País de maneira severa, tanto pelo número de mortes, mas também pelo desemprego, perda de renda, mudanças culturais. A pandemia chamou a atenção do cidadão para esses temas e a importância do Estado. Essa percepção desloca o eleitor do contexto local para o nacional. No radar do eleitor estão temas como mobilidade urbana e saúde, mas também desigualdades sociais e raciais.
Enfim, a eleição municipal de 2020 pode adiantar sobre as eleições de 2022. Aquilo que a pandemia trouxe com mais clareza. O tema do desemprego, das desigualdades sociais, raciais. Os eleitores vão carregar essa realidade. Não dá para o candidato falar só das questões locais. Ele vai ter que fazer referência à crise econômica e social que o País está vivendo.
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