ARTIGO DO REI
Tudo que é de mais, revolta e faz mal.
De acordo com a Responsabilidade Civil da Administração Pública. O Estado tem obrigações com seus administrados e suas ações podem influenciar positiva ou negativamente na vida destes. Por este motivo, é de suma importância que tenha um controle de suas ações para que não prejudique terceiros, por atos omissivos ou comissivos de seus agentes, que enquanto exercem esta função representam o Estado. Os cidadãos amapaenses nestes últimos seis dias tem sofrido pela omissão de agentes responsáveis pela distribuição de nergia elétrica no Estado do Amapá
Reinaldo Coelho
O macapaense desde quinta-feira, começou a realizar protestos em pontos estratégicos e em bairros que mais estão sofrendo com o 'apagão' elétrico do Amapá. Houve manifestações no bairro do Congós, Habitacional Jardim Açucena, Pedrinhas e Muca, todos localizados na periferia da capital. O motivo teria sido a exaustão da população com a situação de falta de água, aumento dos preços dos alimentos e o anúncio do ministro de Minas e Energia de que a normalidade seria restabelecida dentro de 10 dias. É muito tempo, para quem está sofrendo com a pademia e com o calor de 40º e sem condições de comprar ao menos um galão de água mineral.
Foi divulgado um sistema de rodízio pela Companhia de Eletrecidade do Amapá (CEA) a responsavel pela distribuição de nergia no estado. Os moradores não têm informações sobre os critérios deste rodízio para escolha dos bairros que serão religados, nem sobre os períodos em que a energia estará disponível nas tomadas.
Um manifestação organizada pelos sindicatos está prevista para ocorrer neste domingo (8). A expectativa é que aconteça na praça da Bandeira, no centro de Macapá, com intenção de pressionar as autoridades para atuarem com mais agilidade e atenção às necessidades das populações mais vulneráveis.
Os amapaenses são um povo pacifico, para uns até demais, que almeja o desenvolvimento de suas vidas e da terra onde é residente, o Estado do Amapá. A maioria deste povo vive na pobreza, sem dignidade de um lar para seus filhos, porém, procura construi-lo e trabalha honestamente para mantê-lo, cumprindo as exigências legais da administração pública, como pagando energia eletrica e água potavel, alguns, pois, muitos não tem recursos para isso e outros que são beneficiados por auxilios sociais. A maioria usa o desvio, ou 'gato' e vai levando.
E de repente, esse quase nada, desaparece e começa a ser abalado por uma crise pandêmica, que lhe tira a saúde e a vida, perde o pequeno emprego informal, sem condições de suprir seus familiares, vai para um isolamento social que aflige e estressa, recebe um benificio parco do governo federal, nem todos e assim se passam nove meses e a situação sanitária começava a dar sinal de estabilidade quando...
Buuuummmm..... Uma trevoada recheada de raios destroi um transformador, responsável por lhe fornecer a energia eletrica, que pode ajudar a manter alimentos em conservação, muitos não têm, e a água que já é raras nas torneiras, seca de vez.
Cinco dias sem energia, são 120 horas de sofrimento pena ansiedade, atordoado pela incerteza e sem informações básicas do porquê está tudo isso acontecendo, no inicio do mês de novembro, dias voltados para homenagear os que se foram, muitos recemente levados pelo Covid19, do qual não se refizeram da dor da perda.
E agora o que aconteceu? Pergunta os quase 46% da população do Amapá que vive em situação de pobreza. São mais de 400 mil amapaenses vivem com menos de R$ 406 por mês. Três dias depois, autoridades municipal, estadual e federal se despertam e começam agir, para cumprir a burocracia e darem soluções e explicações politícas.
Vem um ministro e declara tecanicamente, "EM DEZ DIAS TUDO ESTARÁ NORMALIZADO". Para quem doutor? Para o senhor que cumpriu sua missão politica e institucional e o povo que terá de se conformar com um racionamento que tira suas vidas dos eixos, que já estava trincadas pelo Novo Coronavírus.
Os ricos correram para os aereoportos e pagaram R$ 3.000 mil por uma passagem Macapá/Belém que custa R$ 300,00. O classe média corre para o sumercado para comprar água mineral que custava R$ 4 a 5 reais e passou a custar R$ 15 a 20 reais.
O pobre corre para os igarapés e coleta água em latas e baldes para o banho devido ao calor de 40º e ao procurar água mineral, lhe taxam a 30,00 o galão de 20 l. Em todas as casas em Macapá, como não tem geladeira, não tem como conservar alimentos e não existe mais gelo na cidade. os lugares onde havia gelo venderam tudo. E apenas uma operadora e uma rádio estão funcionando.
E agora? Uma noticia boa a Justiça Federal sentenciou a normalização energética em três dias, prazo que se finda hoje. A pergunta é: A sentença judicial tem força para que os transformador se recupere imediatamente? A sentença consegue transportar um transformador do Município de Laranjal do Jarí em uma balsa pesando 100 toneladas? O povo não acredita, a intenção foi boa, mas, a realidade é muito diferente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário