ARTIGO DO REI
"TOMAR OU NÃO TOMAR A VACINA, EIS A QUESTÃO".
Risco pode ser inferior, mas não zero. Em quem acreditar?
Reinaldo Coelho
Hamlet está entrando em cena quando começa um monólogo. A frase de abertura do monólogo é "ser ou não ser, eis a questão". ... Ser ou não ser é exatamente isso: existir ou não existir e, em última instância, viver ou morrer. E nessa época de pandemia que está arrasando a humanidade, a frase é 'tomar ou não tomar a vacina, eis a questão".
Tem se falado da importância de todo mundo tomar a vacina contra a Covid-19 de maneira espontânea assim que sua segurança e eficácia contra a doença forem comprovadas. Mas, antes mesmo de termos vacina por aqui, quanto mais uma vacina segura e eficaz, já começaram as discussões acerca da obrigatoriedade ou não da vacina.
Não deveríamos discutir a obrigatoriedade, pois sabemos que com o mundo inteiro demandando vacina e a dificuldade de produzi-la em escala global, dificilmente haverá doses disponíveis para todo mundo. O natural é que as vacinas sejam disponibilizadas, primeiramente, para aqueles que são do chamado “grupo de risco”.
O que devemos discutir aqui é um princípio que deveria ser a base de uma sociedade saudável: a liberdade. Durante os últimos meses, em que estivemos em uma pandemia, estivemos não apenas expostos a um perigo de uma doença infectocontagiosa, mas também aos perigos da politização de quem pode ou não pode comprar uma vacina que outros países, já estão utilizando para imunizar seus habitantes e os brasileiros, ficam olhando pela janela a proteção do vizinho e ânsia de vontade de ver curado os seus.
Devemos ser céticos com a vacinação, pois será introduzido um agente viral em seu corpo, que trará com certeza reações imunológicas, porém a garantia cientifica é importante para confiabilidade dessa imunização.
Há dez anos atras, quando a gripe A (H1N1) apareceu nas manchetes no mês de abril de 2009, a imprensa tentava em sua maioria informar o que estava acontecendo no mundo e responder a questões práticas e urgentes, do tipo como reconhecer a doença, como se proteger ou se era arriscado viajar, mandar os filhos à escola, beijar etc.
Aos poucos, a mídia também mostrou, e em alguns casos amplificou, as preocupações das pessoas que não se sentiam confortáveis com a resposta humana organizada ao ataque de um vírus novo que ameaçava ser letal. Eram matérias que se perguntavam se o país estava preparado para uma pandemia letal, se haveria vagas suficientes nos hospitais e se o Estado teria como distribuir remédios para todos.
Quando o anúncio do nível máximo de alerta da OMS deu luz verde aos preparativos para um ataque iminente, os epidemiologistas eram os heróis que iriam salvar a humanidade, indo um passo à frente ao que parecia ser o pior inimigo da história.
Quando os casos diminuíram, as manchetes foram do tipo: ‘Um segundo surto vai ser pior’. Até parecia uma conversa de fãs de filmes de ação à espera de mais adrenalina na segunda temporada.
Isso aconteceu com o H1N1 e agora com o novo coronavírus (COVID19) se repete e as dúvidas disseminadas pelos líderes políticos, que brigam entre si, e a divulgação da imprensa e as respostas das organizações cientificas, confirmando a validade e a necessidade da VACINAÇÃO. O Risco pode ser inferior, mas não zero
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