terça-feira, 8 de dezembro de 2020

COLUNA LUZ DO MUNDO - Quem não tem raiz em si mesmo

 Quem não tem raiz em si mesmo 




Por Maiara Pires 


“O que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende” (Mateus 13.20-21). 



Quão incríveis e realistas são as parábolas do Senhor Jesus. Na do semeador, quero me ater à explicação da semente que caiu em pedregais. 

Como bem explicita o versículo acima, o que foi semeado nestas condições, é comparado à pessoa que ouve e se maravilha com a palavra do reino dos céus. 

Mas esse deslumbramento não dura muito tempo. No primeiro aperto ela murmura, não consegue entregar o seu caminho ao Senhor e confiar que o mais Ele fará. 

Ou a sua impressão de bem-estar a leva a pensar que não precisa de Deus e vai seguindo conforme o seu próprio entendimento. 

Acho muito interessante quando Cristo compara essa situação dizendo que a pessoa não tem raiz em si mesma, sendo este o motivo para tal instabilidade. 

Vejamos: o que sustenta uma árvore? A raiz. Podem vir ventos e tempestades, cair algumas folhas, mas ela continua firme no mesmo lugar. Porém, se esta raiz estiver fraca, sem conseguir absorver as substâncias minerais necessárias ao seu desenvolvimento, a árvore não consegue ficar de pé. 

Falando nisso, a Bíblia compara o homem a uma árvore: 

“(...) a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado” (Isaías 61.3). 

Entendo com isso, que assim como as árvores estão sujeitas às intempéries climáticas, nós também enfrentaremos dias difíceis, mas não seremos abalados justamente por causa das nossas raízes: 

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2 Coríntios 4.8-9). 

O fato é que essa reflexão suscita diversas interpretações que, a meu ver, convergem para uma coisa só: a palavra do evangelho, que nada mais é do que o próprio Deus na forma de Verbo. 

Acredito que quem não tem a palavra arraigada em si mesmo, tem dificuldade para permanecer com Cristo na tribulação. Por outro lado, podemos ver a raiz como a fé. Quem não tem fé, duvida que as coisas podem melhorar. 

O livro de Jeremias também traz essa comparação do homem com uma árvore. Ele menciona que aquele que confia no Senhor “será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto” (Jeremias 17.8). 

Acho impressionante como tudo isso é real e verdadeiro! 

No livro de Jó, a palavra se refere ao homem como árvore pra dizer que enquanto ele estiver vivo, há esperança da salvação. E que se ele estiver caído, sem forças para levantar, ao cheiro das águas se renovará: 

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta. Porém, morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então onde está ele?” (Jó 14.7-10). 

Sabemos pela palavra de Deus que Cristo é a fonte das águas vivas. Ao cheiro dessa água - o Verbo - é que o homem se renova. 

*Maiara Pires é jornalista, escritora, coautora do livro "Como a PNL mudou minha vida", da Editora Leader, e autora do blog asabedoriadoalto.blogspot.com 

 

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