Direito & Cidadania
Amapá, eleições, evangélicos e a Praça da Bíblia
Dr. Besaliel Rodrigues
De forma inusitada, neste domingo, 06 de dezembro de 2020, deverá acontecer o 1º turno das eleições municipais 2020 em Macapá, Capital do Estado do Amapá, pleito ineditamente transferido de data em virtude de uma cadeia de problemas ocorridos no setor elétrico do Estado.
Em que pese todo o país tenha sabido do escândalo da incompetência da atuação fiscalizatória de todos os políticos do Amapá, mas, daqui a pouco tudo vai cair no esquecimento, pois o eleitorado local é democraticamente muito fraco e vulnerável. Os políticos amapaenses não estão preocupados com toda a repercussão nacional negativa de tudo o que aconteceu. Eles sabem muito bem como continuar ludibriando a maioria dos eleitores. Isso já vem se mantendo por aqui há três décadas ininterruptas. O Amapá é o melhor Estado do Brasil para enganar eleitores que parece já se acostumaram a levar uma vida pobre e sem sentido em todos os aspectos. Não é à toa que o Estado ocupa as piores colocações em todos os índices de qualidade de vida e desenvolvimento em todo o país, inclusive internacionalmente, pois chega a possuir situações semelhantes aos dez países mais pobres do mundo (Ver na internet).
Mergulhado neste contexto pessimista, a Capital, que abriga mais de setenta por cento da população estadual, teve sua eleição adiada pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral, a maior Corte de Justiça Eleitoral do país que, com pena da desgraça que tomou conta desta Cidade, inusitadamente transferiu a eleição por trinta dias para que o povo pudesse se estabilizar das misérias vivenciadas em meio à crise de saúde pública, de falta de energia, de fome, de estresse etc. Assim, solitariamente, em todo o território brasileiro, isolada, sozinha, desolada e moribunda, Macapá escolherá seu novo prefeito e novos vereadores.
Outro assunto da semana foi a passagem do Dia do Evangélico, celebrado todo dia 30 de novembro. Aqui no Estado do Amapá, a lei que definiu esta data teve seu projeto de autoria da ex-deputada estadual Mira Rocha. O atual governador Waldez Góes foi quem sancionou a referida norma na época: Lei nº 827, de 2005. Mas, devido todas as turbulências que estão afetando o Estado do Amapá, neste ano, os evangélicos amapaenses não tiveram o que comemorar no “Jubileu de Cristal” – 15 anos da referida lei. Ademais, em ano eleitoral, é sempre bom lembrar que os políticos amapaenses têm preterido significativamente este segmento da sociedade civil organizada. No entanto, os evangélicos, mormente suas lideranças, têm “mea culpa”, ou toda culpa, pois, até hoje são politicamente muito desunidos. Aí, prato cheio para os políticos oportunistas de plantão se aproveitarem da força política desta enorme fatia do eleitorado estadual.
E mais, próximo domingo será outra data cristã muito importante. Todo segundo domingo de dezembro o mundo ocidental comemora o Dia da Bíblia.
No Amapá podemos destacar vários fatos relacionados à Bíblia, o livro mais importante da humanidade, a saber:
1- O jornal Tribuna Amapaense é um dos que mais divulga informações, fatos, curiosidades etc, sobre a Bíblia. Nenhum outro honra tanto a Bíblia;
2- No final da década de 1980 houve no Amapá um programa de rádio denominado “A Hora da Bíblia”, veiculado das 7 às 7h30 da manhã, na Rádio Equatorial 1350 AM de propriedade de José de Matos Costa. O apresentador era o Pastor Lourenço Ferreira Rodrigues, de saudosa memória;
3- Muitas cidades pelo país afora têm A Praça da Bíblia, mas, por incrível que pareça, Macapá é uma das capitais de Estados brasileiros que não tem A Praça da Bíblia, mesmo a Constituição Estadual tendo determinado tal construção há décadas (ver art. 28 do ADCT da CE). Na verdade, exceto nomes de ruas, Macapá e o Estado do Amapá não costumam honrar a Bíblia ou homenagear assuntos ligados à fé cristã;
4- A Constituição Estadual do Amapá, no artigo 51 do ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Provisórias, diz: “Art. 51. Fica estabelecido que a Bíblia Sagrada será colocada em todas as repartições públicas, inclusive nos estabelecimentos escolares, no vestíbulo do prédio, para uso de quem assim o desejar.”;
5- Na Praça do Barão, em frente à antiga residência do governador, existe um pequeno monumento em homenagem aos Dez Mandamentos bíblicos;
Por fim, leia a Bíblia, mesmo que seja só por curiosidade. Até a próxima oportunidade
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