quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

PNAD COVID19: no Amapá, 22,4% das pessoas que realizaram testes para coronavírus até outubro testaram positivo

PNAD COVID19: no Amapá, 22,4% das pessoas que realizaram testes para coronavírus até outubro testaram positivo



Até outubro, 127 mil pessoas (14,8% da população) haviam feito algum teste para saber se estavam infectadas pelo coronavírus no Amapá (até setembro esse número estava em 124 mil pessoas ou 14,5% da população). Entre essas pessoas, 6,3% (ou 54 mil) testaram positivo em outubro.

A população desocupada chegou a 63 mil pessoas em outubro. É o recorde da série, com um aumento de 7,0% frente a setembro e de 18,1% desde o início da pesquisa (maio). Já a taxa de desocupação passou de 17,4% para 18,5%, a maior da série.

A força de trabalho chegou a 342 mil em outubro, com alta de 0,9% em relação a setembro e de 0,8% em frente a maio.

O número de pessoas fora da força de trabalho chegou a 297 mil pessoas em outubro, com redução de 2,5% frente a setembro e aumento de 1,1% em relação a maio.

O Amapá apresentou a maior proporção (9,2%) de pessoas ocupadas afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social.

Entre os 34 mil trabalhadores afastados do trabalho que tinham na semana de referência, oito mil (ou 23,8%) estavam sem a remuneração do trabalho.

A diferença entre o número de horas habitualmente e efetivamente trabalhadas está diminuindo: o número médio de horas habituais foi de 38 horas por semana, contra 31 horas efetivas.

Norte e Nordeste foram, novamente, as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio emergencial: 58,4% e 56,9%, respectivamente. Os cinco estados com os maiores percentuais foram Amapá (68,6%); Pará (62,2%); Maranhão (61,4%), Alagoas (60,3%) e Acre (59,6%).

Testes para Covid19 predominam entre as pessoas com 30 e 59 anos de idade


Houve diferença na porcentagem de homens e de mulheres que fizeram algum teste, 13,3% e 16,3%, respectivamente. Por grupos de idade, o maior percentual foi entre as pessoas de 30 a 59 anos de idade (53,5%). Quanto maior o nível de escolaridade, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste: entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto, 9,2% e, entre aqueles com superior completo ou pós-graduação, 30,6%.

Quanto maior a classe de rendimento domiciliar per capita, maior o percentual de pessoas que realizaram algum teste para COVID19, chegando a 55,6% para as pessoas com rendimento domiciliar per capita de 4 salários mínimos ou mais e 9,8% para aquelas com menos de ½ salário mínimo per capita. O percentual de pessoas que testaram positivo variou 4,7% (no grupo de 4 ou mais salários mínimos) a 24,5% (no grupo de menos.


de ½ salário mínimo).


Considerando o tipo do teste, das pessoas que fizeram algum teste, 19 mil pessoas fizeram o SWAB e 42,3% testou positivo; 96 mil fizeram o teste rápido com coleta de sangue através do furo no dedo e 45,4% testou positivo; enquanto 19 milhões fizeram o teste de coleta de sangue através da veia no braço, sendo 34,1% com COVID confirmada. O maior percentual de testes realizados foi do Distrito Federal (23,9%), com Piauí (19,1%), Goiás (18,9%), Roraima (16,2%) e Amapá (14,8%) a seguir. Os menores foram em Pernambuco, Acre (7,9%, ambos) e Minas Gerais (9,3%).

Doenças crônicas pesquisadas atingem 13,7% da população amapaense


Em outubro, havia 117 mil pessoas com alguma das doenças crônicas pesquisadas, o que correspondia a 13,7% da população, sendo a hipertensão a mais frequente, 7,4%. As demais prevalências foram: asma ou bronquite ou enfisema (4,3%); diabetes (2,7%); doenças do coração (1,1%); depressão (0,5%) e câncer (0,3%). O percentual de pessoas com alguma das doenças crônicas que testou positivo foi de 8,7%.


Número de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas no domicílio cai para 18,0%


Entre os 858 mil residentes, 69 mil (8,0%) não fizeram nenhuma medida de restrição em outubro, 339 mil (39,5%) reduziram o contato mas continuaram saindo de casa, 285 mil (33,2%) ficaram em casa e só saíram por necessidade básica e 155 mil (18,0%) ficaram rigorosamente isolados.


Em relação a setembro, o percentual de pessoa que não fizeram restrição ficou estável. Houve aumento de 6,4 p.p. nas pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa. Em contrapartida, houve redução de 1,9 p.p. dos que ficaram em casa e só saíram por necessidade básica e de 5,6 p.p. dos que ficaram rigorosamente isolados.


As mulheres registraram percentuais maiores (19,4%) que os dos homens (16,7%) em medidas mais restritivas de isolamento. Em relação aos grupos de idade, a restrição ficou maior entre aqueles até 13 anos de idade (49,0%), ainda assim, houve redução de 6,9 p.p. das pessoas que ficaram rigorosamente isoladas nesse grupo etário em relação ao mês anterior.


Percentual de pessoas com algum sintoma de síndrome gripal continua em queda


Em outubro, 26 mil pessoas (ou 3,0% da população) apresentaram algum dos sintomas pesquisados de síndromes gripais. O índice vem diminuindo desde maio (26,6%): junho (13,5%), julho (9,3%), agosto (5,2%) e setembro (6,5%).


O número de pessoas que apresentaram algum dos sintomas referenciados conjugados[1] caiu de 17 mil em setembro para dois mil em outubro. Percentualmente, variou de 2,0% no mês anterior, para 0,3% em outubro.


Reduziu o número de pessoas que procuraram atendimento hospitalar


Em outubro, entre as pessoas que apresentaram algum dos sintomas pesquisados, cinco mil procuraram atendimento em estabelecimento de saúde (19,1%). Entre aqueles que apresentaram algum dos sintomas conjugados, mil procuraram atendimento em outubro (49,9%). Foram 12 mil em julho, mil em agosto e três mil em setembro.


No Amapá, 19,6% das pessoas que frequentam escola não têm acesso às atividades


Em outubro, 231 mil pessoas de 6 a 29 anos de idade frequentavam escola ou universidade, este total representava 57,9% da população nessa faixa etária. Em relação à disponibilização de atividades escolares para realizar, 76,1% teve atividades, 19,6% não teve atividades e 4,3% não teve porque estava de férias. O contingente de pessoas que frequentavam escola, mas não tiveram atividades foi de 45 mil, e o de pessoas que tiveram atividades foi de 176 mil.

Considerando o nível de ensino fundamental, 15,8% das pessoas não tiveram atividades escolares; no ensino médio 19,2%; e no ensino superior, 33,6%. As diferenças regionais foram grandes.

As pessoas pertencentes às classes mais baixas de rendimento domiciliar per capita em salários mínimos tiveram percentuais maiores de crianças e adolescentes sem atividades. Entre as pessoas que viviam em domicílios com rendimento per capita de até ½ salário mínimo, 19,7% não tiveram atividades escolares, entre os domicílios com rendimento domiciliar per capita de 4 ou mais salários mínimos, todas as crianças e adolescentes tiveram atividades escolares disponibilizadas.

No Amapá, 15 mil domicílios solicitaram empréstimo

Do total de 213 mil domicílios, em cerca de 15 mil (7,3%) algum morador solicitou empréstimo, sendo que em 12 mil (5,6%) a solicitação foi atendida e, em quatro mil (1,7%), o empréstimo não foi concedido.


População desocupada chega a 63 mil pessoas no Amapá


A população ocupada totalizava 84,1 milhões em outubro – aumento de 1,4% em relação a setembro (82,9 milhões de pessoas) e redução de 0,3% em relação a maio (84,4 milhões de pessoas).

Já a população desocupada foi de 13,8 milhões de pessoas em outubro contra 10,1 milhões de pessoas em maio e 13,5 milhões em setembro - aumento de 35,9% e 2,1%, respectivamente.

A taxa de desocupação passou de 17,4% em setembro para 18,5% em outubro. Os valores das taxas de desocupação nas Unidades da Federação, em ordem decrescente, em outubro, foram: Maranhão (19,9%), Bahia (19,5%), Amazonas (18,8%), Amapá (18,5%), e Sergipe (17,8%).

Força de trabalho tem discreto crescimento de 0,9%

A força de trabalho passou de 339 mil em setembro para 342 mil em outubro, um leve crescimento de 0,9%.

O contingente de pessoas fora da força de trabalho era de 305 mil em setembro e passou para 297 mil em outubro, uma queda de 2,5%. Deste total, 58,3% (173 mil) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho e 36,9% (110 mil) não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar.

Em maio, 42,9% das pessoas, embora quisessem trabalhar, não o fizeram por causa da pandemia ou da falta de trabalho na localidade em que viviam. Esse percentual vem caindo mês a mês: em setembro, 38,6% das pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, e agora em outubro, esta proporção caiu para 36,9%.

O nível da ocupação era de 45,1% em maio, passou para 43,5% em setembro e chegou em 43,6% em outubro.

Afastamento do trabalho devido ao distanciamento social continua em queda

Dos 279 mil ocupados, 34 mil estavam afastados do trabalho e 26 mil destes estavam afastados devido ao distanciamento social, representando quedas de 14,0% e 4,8% frente a setembro, respectivamente. Estes indicadores já acumulam quedas de 71,1% e 74,5%, respectivamente, desde o início da pandemia.

A redução dos afastamentos do trabalho devido à pandemia também pôde ser verificada através da redução da proporção de pessoas afastadas por este motivo no total de pessoas ocupadas, que de setembro para outubro, passou de 9,6% para 9,2%. Em maio, este percentual era de 35,2%. Entre as Unidades da Federação, o Amapá foi o que apresentou a maior proporção da população ocupada que estava afastada do trabalho que tinha devido ao distanciamento social.

Número de pessoas afastadas do trabalho sem remuneração cai para oito mil

Aproximadamente oito mil pessoas estavam sem a remuneração do trabalho, o que representava 23,8% do total de pessoas afastadas do trabalho que tinham. Em setembro este percentual era de 24,6%, e vem caindo consistentemente ao longo da pandemia.

Número de pessoas em trabalho remoto mantém redução

Em outubro, 87,8% da população ocupada não estavam afastados do trabalho que tinham, contra 85,9% em setembro. Entre os não afastados, os que estavam trabalhando de forma remota (à distância, home office) representavam 6,2% (ou 15 mil pessoas) da população ocupada que não estava afastada. Essa proporção se mantém estável em relação ao que foi apurado em setembro.


Quase metade dos trabalhadores amapaenses na Informalidade


O número de trabalhadores informais foi de 135 mil pessoas em outubro, equivalente a 48,3% do total de ocupados. Esse indicador permanece estável desde junho.

Número de horas semanais trabalhadas continua aumentando

Houve aumento no número de horas efetivamente trabalhadas para as pessoas que estavam ocupadas de setembro para outubro de 30 horas para 31 horas. Já o número de horas habitualmente trabalhadas saiu de 37 para 38 horas.

Em outubro, as mulheres apresentaram diferença entre as horas semanais habituais e efetivas de todos os trabalhos em 8,9 horas, para os homens a diferença foi de 5,6 horas.

No Amapá, 21,6% das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho que tinham, trabalharam efetivamente menos horas que as habituais (53 mil pessoas). Entretanto, para nove mil pessoas, o número de horas efetivamente trabalhadas foi maior que as horas habituais, o que correspondia a 3,8% das pessoas ocupadas e não afastadas.

Rendimento real efetivo tem queda de 4,1% em outubro

Em outubro, o rendimento habitual de todos os trabalhos ficou, em média, em R$ 1.826 e o efetivo em R$ 1.779, ou seja, o efetivo representava 97,4% do habitualmente recebido, em setembro correspondia a 97,7%. De setembro para outubro, houve quedas de 3,8% no rendimento real habitual e de 4,1% no rendimento real efetivo.

A massa de rendimento médio real normalmente recebido passou de R$ 514 milhões em setembro para R$ 500 milhões em outubro. Considerando o rendimento efetivo, houve uma redução da massa de rendimento de 3,0% em termos reais (passando de R$ 503 milhões em setembro para R$ 488 milhões em outubro).




Rendimento domiciliar per capita é quase o dobro nos domicílios sem auxílio emergencial


O rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido (R$), no Amapá, em outubro, foi de R$ 846, ou 8,8% abaixo de setembro em termos reais (R$ 928). Esse rendimento é o quarto menor do Brasil. Alagoas (R$ 812), Amazonas (R$ 732) e Maranhão (R$ 662) ocupam as três últimas colocações.


A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia, no Amapá, passou de 68,4% em setembro para 68,6% em outubro, com valor médio do benefício em R$ 823 por domicílio. Em setembro, esse valor era R$ 993, uma queda de 17,1%, ou R$ 170. Norte e Nordeste foram novamente as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio: 58,4% e 56,9%, respectivamente. Entre os auxílios estão o Auxílio Emergencial e a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Ao todo, 19 unidades da federação tiveram queda no percentual de domicílios onde um dos moradores recebe auxílio emergencial entre setembro e outubro. Os demais oito estados ficaram estáveis. Os maiores índices são no Amapá (68,6%), no Pará (62,2%), no Maranhão (61,4%), em Alagoas (60,3%) e o Acre (59,6%). Os estados com menor proporção são Santa Catarina (22,9%), Rio Grande do Sul (28,8%) e Distrito Federal (30%).



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