sábado, 30 de janeiro de 2021

Enchente em Calçoene Cheia do Rio Calçoene, provoca alagamentos e mais de 200 moradores são afetados

Enchente em Calçoene

Cheia do Rio Calçoene, provoca alagamentos e mais de 200 moradores são afetados

 


Reinaldo Coelho

A sede do município de Calçoene fica localizada as margens do Rio Calçoene, devido as atividades pesqueiras da localidade e a cidade cresceu no entorno do local, com residências ribeirinhas. Devido ter sua nascente na Serra Lombarda, centro-norte do estado, o fluxo de águas é grande, principalmente no período chuvoso e que constante, pois   é o município mais chuvoso do Brasil, com uma precipitação média anual de 4.165 mm.

E anualmente com o aumento do volume das águas e as chuvas do período invernoso amazônico acontece as enchentes em Calçoene e a água invadiu vias, ramais e casas.  Este ano após quatro dias de chuvas intensas e de acordo com a prefeitura de Calçoene, o município teve 8 pontos críticos afetados pelas fortes chuvas que caem na região desde o início da semana. O prefeito Reinaldo de Barros, solicitou apoio do CBM, através da Defesa Civil.

 


Essa solicitação do gestor municipal se deve a   preocupação com a previsão de mais chuvas intensas para o município de Calçoene nos próximos dias. O serviço meteorológico que está acompanhando a precipitação de chuvas na região já definiu que emitiu nota de alerta sobre chuvas fortes e intensas  em  municípios este mês: um para Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio no dia 20 de janeiro; e o segundo para Ferreira Gomes e Tartarugalzinho na quarta-feira (27).

 
Na tarde da quinta feira (28), o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP) e Coordenador Estadual da Defesa Civil, Coronel Wagner Coelho, reuniu-se com o prefeito Reinaldo Barros, para tratar sobre os alagamentos decorrentes das fortes chuvas que atingem o município.

Durante a reunião, ficou acertado que será feita uma ordem de serviço, com o objetivo de que seja realizado o mapeamento das áreas de risco de alagamento, com fotos georreferenciadas, com o objetivo de avaliar os critérios para uma possível decretação de Situação de emergência (SE), uma vez que os alagamentos atingem também o município do Amapá.

“O que preocupa é o grande volume de água nas cabeceiras dos rios que cortam aquela região amapaense, principalmente, o rio Calçoene. Mas, estamos monitorando e preparados para atuar em qualquer situação”, definiu o comandante dos Bombeiros e da Defesa Civil do Amapá.

Na sexta feira (29), militares da Defesa Civil se deslocaram ao município para prestar o apoio necessário. E logo informaram que o sistema de água tratada foi afetado e, por isso, enviaram socorro aos moradores, pois, a maioria dos atingidos não tem para onde ir, nem como salvar móveis e eletrodomésticos.

“Estamos enviando equipes da Defesa Civil, Sesa, Setrap, Sims e Caesa para a região do sinistro. É necessário se fazer o levantamento do número de famílias afetadas para traçar o plano de atendimento. O que sabemos até agora, com base em declarações do próprio prefeito do município, Reinaldo Barros, é que unidades de saúde e outros prédios públicos foram afetados pela subida do rio. Além disso, o alagamento ocasionou o transbordamento de fossas e consequente contaminação dos poços. Por isso estamos enviando água potável para atender os moradores”, declarou o coronel BM Wagner Coelho, que coordena a Defesa Civil do Estado.

O comandante também demonstrou preocupação com moradores da zona rural. “Como a comunicação é deficiente na região, não sabemos se a subida do rio deixou famílias em isolamento nas áreas mais distantes. Um trabalho de mapeamento também está sendo realizado. Além da água potável que estamos destinando, já pensamos em alimentos e material de higiene pessoal para os desalojados ou desabrigados que forem identificados. O diagnóstico técnico vai permitir, se for o caso, que o governador decrete a Situação de Emergência para que o Estado possa receber a destinação de recursos ou ajuda humanitária, como já feito em outras situações no próprio município”, explicou.


Prefeito Reinaldo Barros

Segundo a prefeitura de Calçoene, os 8 pontos de riscos ficam mais próximos ao Rio Calçoene, pois nessa área, quando chove, o nível do rio também sobe e invade boa parte das casas.

“Sabemos que sempre o mês de janeiro, fevereiro, até maio, Calçoene sofre muito. E hoje nós estamos sofrendo vários alagamentos, mas estamos monitorando. Estamos com equipe de infraestrutura na rua para desobstruir alguns tubos. Como é muita água e os tubos são pequenos. Tem lugar que nós tivemos que aumentar a vala para a água correr com mais velocidade”, comentou o prefeito Reinaldo Barros.

Os serviços básicos foram executados durante o   tempo estável, a Secretaria de Infraestrutura de Calçoene realizou  limpeza de valas e de bueiros que estavam obstruídos, o que ocasionaria vários pontos de alagamento.



 "Sabemos que foram dias de tempo instável e de muita chuva, o que acabou atrapalhando um pouco nossos serviços, no entanto, nossa equipe está trabalhando, atuando de forma pontual para buscar minimizar os problemas. Peço que a comunidade nos ajude fazendo sua parte. Evitem colocar entulho na frente de suas casas, pois isso prejudica o escoamento da água no momento das fortes chuvas", ressalta o secretário Manoel Oliveira.


Enquanto isso a Secretaria de Ação Social de Calçoene esteve visitando e cadastrando as famílias atingidas por fortes chuvas e cheia do rio.

"Em muitas casas a água dos poços já foi contaminada, por isso precisamos fazer esse levantamento. Estamos montando uma força tarefa e buscando recursos para dar suporte a população que tanto precisa nesse momento", comentou a secretária Gracilene Barros.

 

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