terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Medo da pandemia e do desemprego Auxilio Emergencial pode ser prorrogado por mais seis meses.

Medo da pandemia e do desemprego

Auxilio Emergencial pode ser prorrogado por mais seis meses.

Muitos amapaenses, precisaram da solidariedade para alimentar sua família e o auxilio federal, amenizou a situação e o medo é do retorno da falta de comida na mesa.

 

“Como vou procurar emprego se a pandemia continua?”, questiona beneficiária do programa de ajuda do Governo.


Reinaldo Coelho

Sobreviver no ano de 2020, foi difícil e impactante, mas o fim dele preocupa ainda mais a desempregada amapaense Maridalva Martins Cavalcante 28 anos. A partir deste mês, ela fará parte do grupo de cerca de 67 milhões de brasileiros que deixarão de receber o auxílio emergencial, já que o benefício criado para minimizar os impactos econômicos da pandemia de covid-19 não foi prorrogado para 2021 pelo Governo de Jair Bolsonaro.

Moradora de Macapá, a desempregada já calcula o que precisará cortar no próximo ano. “Esse dinheiro ajudou muito nas despesas, na questão de alimentos e fraldas. Tenho um bebê e uma criança de 8 anos. Agora, dependemos todos de uma única renda, que é a do meu marido. Por conta da pandemia, não sei quando conseguirei procurar um emprego. Vai ficar apertado”, explica a jovem, que atuava antes como balconista, um exemplo da angústia vivida por essa parcela da população brasileira.

De acordo com Luan de Oliveira – Advogado, as consequências sociais com o encerramento do benefício de renda mínima podem ser devastadoras. O benefício ajudou a diminuir a desigualdade de renda e reduzir a pobreza no país. Inclusive sua própria redução de R$ 600 para R$ 300 levou cerca de 7 milhões de pessoas a ficarem abaixo da linha da pobreza, segundo estudo do FGV-Ibre.

Por fim, enquanto não houver vacinação em massa e o medo do vírus permanecer na sociedade, o benefício governamental há de ser o único meio de absorção de uma possível nova crise.

E confrontado com esta situação drástica na vida de milhões de brasileiros o presidente Jair Bolsonaro já considera fato consumado a prorrogação do auxílio emergencial por seis meses, contrariando recomendações da área econômica do governo e de que ele apoiava antes e assim determinou.

Porém, Bolsonaro deixou claro em conversas ao telefone, nos últimos dias, que gosta da ideia. Ele sabe que o repique do covid19 deixou o fim da pandemia ainda mais distante e que o governo terá de ajudar os brasileiros que precisam desse suporte financeiro. Para o presidente, o Congresso vai aprovar a prorrogação já em fevereiro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.



O presidente gosta da ideia de prorrogar o auxílio emergencial porque sabe que sua popularidade será “turbinada” novamente. Ele não está preocupado com a “paternidade” da prorrogação do auxílio. O povo sempre será grato a quem paga o benefício, isto é, o governo. Para o especialista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas, a prorrogação do auxílio será determinante na reeleição de Bolsonaro. Bolsonaro terminou o ano pandêmico de 2020 com a popularidade maior que a de 2019, e isso tem a ver com o auxílio pago aos mais pobres.

A prorrogação do Auxilio Emergencial, é pauta nos meios políticos, tem projetos no Congresso Nacional, de autoria de deputados federais e senadores, tratando do assunto, assim como está em discussão no mundo econômico e principalmente pelos mais interessados e beneficiados o povo.

O auxílio emergencial, aprovado em março no Congresso, foi pago inicialmente por 3 meses com o valor de R$600 aos chamados vulneráveis. Após isso, o benefício foi estendido por mais 2 meses, com o mesmo valor. Por fim, em setembro, o benefício foi estendido em mais 4 parcelas até dezembro de 2020.

 Posicionamento do Congresso Nacional

 Senador Alessandro Vieira
Os congressistas brasileiros estão buscando a permanência do auxílio emergencial enquanto a pandemia da covid-19 persistir. Os Senadores Alessandro Vieira (Cidadania/SE) e Esperidião Amin (PP/SC) são os autores do PL 5495/20, que propõe a extensão do benefício e a prorrogação do estado de calamidade pública até 31 de maço de 2021. Já o Projeto de Lei 5494/20, dos Senadores Rogério Carvalho (PT/SE) e Paulo Rocha (PT/PA), propõe medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período de recuperação econômica da crise pandêmica, com o retorno dos R$ 600,00 por todo primeiro semestre de 2021.

Economista Monica de Bolle
 Já Monica de Bolle, economista e pesquisadora sênior do Peterson Institute for International Economics, acredita que o fim do auxílio é a pior decisão possível, levando em conta que a vacinação ainda vai demorar e uma nova onda do vírus, inevitavelmente, chegará ao Brasil. A consequência, segunda a economista, é que as pessoas que perderam o auxílio ficarão absolutamente desassistidas neste novo ano, caindo uma espécie de “bomba dupla” sobre elas.

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