Medo da pandemia e do desemprego
Auxilio Emergencial pode ser prorrogado por mais
seis meses.
Muitos amapaenses, precisaram da solidariedade para alimentar sua família e o auxilio federal, amenizou a situação e o medo é do retorno da falta de comida na mesa. |
Reinaldo Coelho
Sobreviver no ano de 2020, foi difícil e impactante,
mas o fim dele preocupa ainda mais a desempregada amapaense Maridalva Martins
Cavalcante 28 anos. A partir deste mês, ela fará parte do grupo de cerca de 67
milhões de brasileiros que deixarão de receber o auxílio emergencial, já que o
benefício criado para minimizar os impactos econômicos da pandemia de covid-19
não foi prorrogado para 2021 pelo Governo de Jair Bolsonaro.
Moradora de Macapá, a desempregada já calcula o que
precisará cortar no próximo ano. “Esse dinheiro ajudou muito nas despesas, na
questão de alimentos e fraldas. Tenho um bebê e uma criança de 8 anos. Agora,
dependemos todos de uma única renda, que é a do meu marido. Por conta da
pandemia, não sei quando conseguirei procurar um emprego. Vai ficar apertado”,
explica a jovem, que atuava antes como balconista, um exemplo da angústia
vivida por essa parcela da população brasileira.
Por fim, enquanto não houver vacinação em massa e o
medo do vírus permanecer na sociedade, o benefício governamental há de ser o
único meio de absorção de uma possível nova crise.
Porém, Bolsonaro deixou claro em conversas ao
telefone, nos últimos dias, que gosta da ideia. Ele sabe que o repique do
covid19 deixou o fim da pandemia ainda mais distante e que o governo terá de
ajudar os brasileiros que precisam desse suporte financeiro. Para o presidente,
o Congresso vai aprovar a prorrogação já em fevereiro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O presidente gosta da ideia de prorrogar o auxílio
emergencial porque sabe que sua popularidade será “turbinada” novamente.
Ele não está preocupado com a
“paternidade” da prorrogação do auxílio. O povo sempre será grato a quem paga o
benefício, isto é, o governo. Para o especialista Murilo Hidalgo, presidente do
Paraná Pesquisas, a prorrogação do auxílio será determinante na reeleição de
Bolsonaro. Bolsonaro terminou o ano pandêmico de 2020 com a popularidade maior
que a de 2019, e isso tem a ver com o auxílio pago aos mais pobres.
A prorrogação do Auxilio Emergencial, é pauta nos
meios políticos, tem projetos no Congresso Nacional, de autoria de deputados
federais e senadores, tratando do assunto, assim como está em discussão no
mundo econômico e principalmente pelos mais interessados e beneficiados o povo.
O auxílio emergencial, aprovado em março no
Congresso, foi pago inicialmente por 3 meses com o valor de R$600 aos chamados
vulneráveis. Após isso, o benefício foi estendido por mais 2 meses, com o mesmo
valor. Por fim, em setembro, o benefício foi estendido em mais 4 parcelas até
dezembro de 2020.
Senador Alessandro Vieira |
Economista Monica de Bolle |
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