Amapá firma cooperação com Guiana Francesa para sequenciar amostras do novo coronavírus
O Governo do Amapá firmou nesta sexta-feira, 19, uma cooperação regional em saúde com a Guiana Francesa para acelerar o processo de sequenciamento genético de amostras do novo coronavírus com objetivo de identificar possíveis mutações. A detecção precoce das variantes é fundamental para complementar a vigilância epidemiológica e virológica.
Atualmente, o Estado envia amostras para o Instituto Evandro Chagas, que fica em Belém (PA). O laboratório licenciado pelo Ministério da Saúde sequencia o vírus em uma média de 60 dias. Já o processo realizado pela Agência Regional francesa leva cerca de 10 dias para obtenção de resultado.
A nova parceria foi articulada pelo governador Waldez Góes em videoconferência com autoridades guianenses nesta sexta-feira, 19.
Ainda sem confirmação de novas variantes do vírus, o Amapá segue em alerta desde a notificação da Guiana Francesa, que já registrou a circulação de cepas mais contagiosas e agressivas. A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) realiza a investigação epidemiológica no estado e monitora casos suspeitos.
Na videoconferência, Góes destacou a importância de estreitar as relações com o departamento ultramarino francês para ampliar o monitoramento, principalmente na região de fronteira (Oiapoque – Saint Georges), e definir novas estratégias de enfrentamento contra o novo coronavírus.
“O Amapá e a Guiana Francesa já possuem outras cooperações em várias áreas, inclusive na saúde. Essa relação tem sido importante e tivemos muitos avanços. Com a pandemia, a socialização de informação precisa ser intensificada mais ainda para uma melhor definição de estratégias de enfrentamento”, enfatizou o governador.
Dados e estratégias
Durante a reunião de alinhamento, as equipes de Saúde do Amapá e da Guiana Francesa apresentaram os históricos da pandemia em relação aos picos de contágios e internações, medidas de prevenção e enfrentamento, análises laboratoriais e a realidade atual da pandemia.
O Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COESP), dispositivo do Governo do Estado, apresentou um panorama nacional e estadual da covid-19, além das ações realizadas na região de fronteira, como a vacinação de 100% da população indígena acima de 18 anos.
Waldez Góes também destacou a solicitação feita ao Ministério da Saúde para a instalação de usinas produtoras de oxigênio no Hospital de Oiapoque e na UPA de Laranjal do Jari. Ambos municípios sofrem com a ameaça de novas cepas e na lotação de leitos clínicos de unidades de tratamento intensivo.
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