sábado, 6 de março de 2021

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES As mulheres sempre estiveram na linhas de frente de todas as situações de crise passados pela humanidade.

 08 DE MARÇO DE 2021 

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES 

As mulheres sempre estiveram na linhas de frente de todas as situações de crise passados pela humanidade. 

 




No marco das ações do 8 de março, o Tribuna Amapaense conversou com mulheres de distintas articulações que apresentam as bandeiras pelas quais estão em luta, principalmente no enfretamento da pandemia. 

 

Por Reinaldo Coelho 

 

Mulheres estão na linha de frente da crise da COVID-19 como profissionais de saúde, cuidadoras, inovadoras, organizadoras comunitárias e algumas das líderes nacionais mais exemplares e eficazes no combate à pandemia. A crise destacou tanto a centralidade de suas contribuições quanto os fardos desproporcionais que as mulheres carregam.  

Segundo relatório da ONU Mulheres, 70% dos trabalhadores de saúde no mundo são mulheres. No Brasil, as mulheres representam 85% da força de trabalho de enfermagem; 45,6% dentre os médicos e 85% de cuidadores de idosos. Há ainda outras estatísticas, como serem 90% dentre profissionais de limpeza de hospitais, função tão essencial e quase nunca lembrada nas pesquisas.  

As mulheres estão de fato no front e, consequentemente, mais expostas aos riscos de contaminação pela Covid-19. Isso não bastasse serem também as mais afetadas pelo desemprego e pobreza, por estarem majoritariamente nos trabalhos informais, de baixa ou nenhuma remuneração (mesmo dentre os empregos formais, só 25% dessas mulheres estão inseridas no sistema de seguridade social); mais sobrecarregadas pelas tarefas domésticas (três vezes mais que os homens), assim como mais atingidas pelo aumento da violência doméstica e familiar, por força do isolamento social.  

Se nos voltarmos para as tragédias que foram a Peste Negra do século XIV, a Gripe Espanhola em 1918, as duas grandes Guerras Mundiais e, mais recentemente, também as epidemias do ebola no continente africano e do zika vírus na América Latina, veremos que foram sempre elas, na condição de médicas, enfermeiras, voluntárias, combatentes ou líderes comunitárias, as principais responsáveis por proporcionar ajuda humanitária e cuidados médicos às vítimas enfermas ou sobreviventes.    

A ONU Mulheres anuncia o tema do Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2021 (IWD 2021) como “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19″.  

As mulheres estão sim, na linha de frente da crise da COVID-19 e estão como: profissionais de saúde, cuidadoras, inovadoras, organizadoras comunitárias e algumas das líderes nacionais mais exemplares e eficazes no combate à pandemia. A crise destacou tanto a centralidade de suas contribuições quanto os fardos desproporcionais que as mulheres carregam.  

Além das persistentes barreiras sociais e sistêmicas preexistentes à participação e liderança das mulheres, novas barreiras surgiram com a pandemia de COVID-19. As mulheres estão enfrentando o aumento da violência doméstica, de tarefas de cuidado não remuneradas, desemprego e pobreza em todo o mundo. Apesar das mulheres constituírem a maioria dos trabalhadores da linha de frente, há representação desproporcional e inadequada de mulheres nos espaços nacionais e globais de políticas para a COVID-19.  

Para defender os direitos das mulheres e alavancar totalmente o potencial da liderança das mulheres na preparação e na resposta à pandemia, as perspectivas das mulheres e meninas em toda a sua diversidade devem ser integradas na formulação e na implementação de políticas e programas em todas as esferas e em todos os estágios de resposta e recuperação da pandemia.  

Elas estão na linha de frente, também de ações que defendem, em todo o mundo, a necessidade da mobilização contra o avanço das políticas liberais e do conservadorismo que aprofunda o machismo, o racismo e a desigualdade social e neste momento de um ano de pandemia mundial do novo coronavírus elas têm se destacado nas suas atividades familiares e profissionais no combate a contaminação pelo COVID 19. 

Neste 8 de março (e para além dele), as mulheres reiteram sua força em todo o mundo e dão o tom de um movimento diverso e transformador. No Brasil, com os crescimentos dos internamentos, falta de vagas em UTIs, surgimentos de novas cepas mais forte e a demora na vacinação, além da falta de empatia e negativismo por alguns membros da sociedade brasileira, tem mostrada uma realidade absurda para as mulheres brasileiras e as amapaenses. 

Confira abaixo os depoimentos: 

   

Empresária - Maria Izolete Rodrigues (Iza) -  Lavanderia Executiva Clean 

Hoje, dia 08 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Mas sabemos que, mais do que apenas uma data, as mulheres merecem ser respeitadas e valorizadas diariamente. Ao longo dos anos, o público feminino vem ganhando cada vez mais voz ativa e espaço, principalmente no mercado de trabalho. Em constante evolução, as mulheres viraram empreendedoras e líderes em empresas de diferentes segmentos. A mulher tem, por natureza, o instinto de cuidar e zelar, diferenciais estes que se evidenciam no dia a dia e nos resultados adquiridos nos negócios. Nos momentos mais graves são elas que enfrentam em diferentes frentes as crises e uma delas é esta pandemia e vemos as mulheres liderares no combate seja na saúde, com grande protagonismo, seja nas empresas, com criatividades para manterem seus negócios e os empregos. Feliz Mulheres Empreendedora e Batalhadoras 

 

Ana Agra - Médica, Advogada, Escritora, Pintora, artista plástica, mãe, avó, amante da culinária e de animais. 

Minha Quarentena  

Hoje, abri a cortina do meu quarto e vi um sol brilhante e amarelo entrando por minhas frestas.  

Enquanto isto, meu gato Algodão, ronronava pelas minhas pernas pedindo comida. 

Era o último dia da quarentena do Covid 19. 

Confesso, que ao receber o resultado, não sabia se acreditava ou não, pois não sentia nenhum sintoma da tal moléstia.  

Veio a recordação de minha mãe e da minha avó, quando tive sarampo com oito anos de idade, há cinquenta anos atrás.  

Um medo, pois tinha febre e minha avó me daria um banho morno, com flores de sabugueiro, depois me fazia tomar um chá para baixar a febre.  Todas as primas e primos assustados, em quarentena e com receio de pegar a tal virose. No outro dia, a febre baixara e eu estava ali, de Maria Chiquinha, com meus olhos azuis esverdeados e brilhantes, com várias pintinhas no rosto. Meu pediatra, Dr. Vasconcelos, passara repouso, separar garfos, colheres e copos, e ficar acompanhada de quem já tinha tido a doença.  Não deixar entrar ventos fortes no quarto, mas arejar. Tomar gotas ante térmicas e repousar. Tomar caldos, galinha caipira e bastante suco de laranja para melhorar a imunidade. Porém, a confiança em minha mãe e minha avó, era a certeza de cura.  

Hoje, mesmo médica, sem a mãe e a avó e com todo conhecimento técnico e científico, estamos apavorados com este vírus, que pode não apresentar sintomas, ou nos levar a morte. Vem na nossa memória afetiva, os conselhos antigos, nos sentimos crianças. Seguimos os protocolos, porém com a incerteza de realmente ser o certo. Mas nos conforta, pois é a única forma de nos tratarmos. 

Voltamos ao sol, fonte de vit. D, onde o seu calor paira nos nossos braços e na face, como um bálsamo de vida. 

É muito triste, estarmos doentes. Médicos não deviam adoecer! Médico e enfermeiro, e outros da saúde, deveriam ser poupados .... 

Porém, não é assim a realidade, somos infectados sim, apesar de tantos cuidados e exageros. Colocamos máscaras,  faceshield,  lavamos as mãos direto, passamos álcool gel, álcool 70 por cento. Enfim, usamos roupas cirúrgicas, macacão entre outros. 

A vida nos reserva muitas surpresas, alegrias, tristezas, sentimentos bons e ruins, vitórias, derrotas e todas as formas de sentir e de viver a vida. Matando leões e jacarés todos os dias. 

Então senti o cheiro do café feito por meu marido e companheiro Martel, um pãozinho quentinho, manteiga francesa, geleia de damasco. Todos os mimos! 

Hoje era dia de comemorar, após 14 dias de isolamento para proteção de todos.  

O sol parecia um novo astro, o céu estava mais azul, os pássaros cantavam em todo meu quintal, o cheiro da floresta entrava no meu quarto. Era Deus entrando em minha nova vida. 

Hoje vejo que somos humanos, e mesmo humanos, somos guerreiros, somos enfrentadores, não desistimos de nossa luta, não jogamos nosso juramento no espaço. Pontuamos todos os dias nossas derrotas e vitórias, e aprendemos todos os dias com a vida e Nossa profissão de médico. Nada é sempre, nem sempre é nunca. Peço a Deus e  

Nossa Senhora da Conceição a proteção para minha família, filhos e netos e em especial porque hoje é o dia dela, da nossa padroeira.   

Lembro das procissões e dos terços rezados por minha mãe Anete e minha avó Lilita . Agradeço o milagre da cura. Eu venci, nós venceremos a luta contra este vírus.   

Hoje, firme e forte, me olharei no espelho e apesar das rugas em meus olhos, me sentirei a garota de oito anos, após a cura do sarampo. Feliz dia 8 de dezembro de 2020. N. Sa. da Imaculada Conceição rogai por nós.  Agradeço sua proteção!!! 

Ao reler este texto escrito por mim em 8 dezembro de 2020.  Recebi o convite do Jornalista Reinaldo Coelho , para relatar o meu olhar , em relação às mulheres na liderança,  no enfrentamento da Covid 19.  

Recentemente um estudo publicado na revista Harvard Business Rewiew Home, descobriu que países governados por mulheres, mostrou um melhor resultado em número de casos e mortes da pandemia.   São exemplos, a Alemanha, Islândia, Nova Zelândia, lideradas por Ângela Merkel,  Katrín Jakobsdóttir e Jacinda Ardern, respectivamente.  

Sempre baseado no olhar da mulher, na sua intuição, na capacidade de interagir com outras pessoas e usar o sexto sentido feminino. Seguido de estados governados por mulheres, inclusive nos EUA, onde o número de mortes por covid 19, foi bem menor, que em estados governados e liderados por homens. 

Sendo as mulheres líderes fonte de motivação, inspiração, mais engajamento, colaboração e trabalho em equipe, bem como a construção de relacionamento com seus funcionários subordinados.  As mulheres líderes tinham mais preocupação com seus subordinados, se importando com seu estado emocional e de bem estar, isto, muito típico de nós, mulheres, que somos seres humanos sensíveis e preocupadas com o nosso próximo, bem característico do Espírito materno, que trazemos desde a infância e no nosso útero.   

Somos mulheres e temos a vontade de cuidar, tratar, fazer de um mundo triste, um mundo melhor; com mais sensibilidade, afago e apostamos nos melhores resultados, pois mesmo enfrentando o desconhecido, somos curiosas, estudiosas e vamos até o fim, procurando o melhor e o resultado mais positivo de nossas conquistas. 

O que eu posso falar, como Médica Cirurgiã, mulher, mãe, avó, esposa, dona de casa, com tripla jornada de trabalho? Que somos uma pirâmide, onde temos uma base, uma família, nossos filhos, esposo e a nossa sociedade.  Tudo isto nos ajuda, e nos dá força para enfrentarmos nossos medos e superarmos nossas fraquezas.   

Com todas as pessoas que nos cercam e nos apoiam, e com nosso sexto sentido e delicadeza feminina desenvolveremos um trabalho voltado para o sucesso.  

Que muitas mulheres se engajem nesta luta, com sua capacidade técnica, olhar feminino e o sentimento de equipe.  

A mulher hoje em 2021, dá exemplo para o mundo mostrando que não somos iguais aos homens , mas que podemos superar as expectativas em um ambiente que antes era dominado por eles.  

Parabéns a todas as mulheres que neste momento se dedicam ao enfrentamento da Covid 19.  

Feliz dia 8 de março de 2021!!! 

 

Juíza Elayne Cantuária - Titular da 2ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Macapá 

 

 “O mundo evolui, se transforma e o papel da mulher está com um significado novo, de mais respeito às nossas causas, na ideia de um resgate histórico de direitos fundamentais que não tínhamos como por exemplo votar, estudar... 

Cada mulher com poder de fala deve ter consciência que é inspiração para outras e que sua trajetória desafia um sonho possível para muitas, inobstante as dificuldades.  

É nosso dever construir um mundo melhor para todas as pessoas. A verdadeira igualdade só chegará quando fizermos da desigualdade um desafio a ser vencido todos os dias”.    

Ivonete Teixeira   - Professora e Coach Practitioner em PNL.  

Desde sua criação até os dias de hoje, a mulher é um ser de questionamentos, de curiosidades e de iniciativa frente ao seu parceiro e companheiro de jornada, o homem. Historicamente ela foi colocada em segundo plano, foi acusada teológica e antropologicamente e sufocada em sua relação social com o homem.   

Todavia, como Obra prima da Criação Divina, lutou, luta e lutará sempre pois essa é sua essência! 

Em todos os fronts pandêmicos que a humanidade já atravessou e vou citar só dois exemplos: a gripe espanhola e a Covilhã 19, a mulher sempre foi guerreira e nunca abandonou seus núcleos cuidando, sarando, dando a vida pelos seus. Front de cuidado, mas também de desafios pelo fato de enfrentar desde o início como, pasme, na atualidade a violência emocional e física de homens que, esquecem do papel feminino pois, até mesmo para nascer todo ser humano depende de uma mulher. 

Front pandêmico: mulher em luta, em defesa dos seus, em lares muitas vezes gerenciados por elas. Dia Internacional da Mulher:  Dia da Gratidão!!! Não de verbalizar essa palavra, mas exercitar no cotidiano do lar, da rua, do trabalho, da escola, da igreja o respeito e a valorização desse ser divino chamado MULHER.  

 

Antônia Maria Da Costa Bezerra – Chef de Cozinha 

Dia Internacional da Mulher: avante guerreiras! 

Quero me dirigir a vocês mulheres, tendo em foco o Dia Internacional da Mulher, em especial a nós mulheres na idade de risco e atuantes: vamos despertar a guerreira que existe em cada uma de nós, para viver e enfrentar sem medo, o que o vírus da covid tentou nos limitar. 

Parabéns às mulheres que estão em campo de batalha, profissionais da saúde, que tratam e socorrem pessoas vítimas desta doença, que não se intimidaram. 

Parabéns para nós, empreendedoras, que tivemos que nos reinventar e seguir em frente, atuantes e produtivas. Vamos confiar na nossa força, na nossa coragem, cheias de fé, no amor em Deus, seremos vencedoras. 

Nós, mulheres (de todas as idades) temos no caminho muitos obstáculos e temos que superar todos, com força, suavidade e espírito de perseverança para realizar nossos sonhos! 

A base de tudo na vida é o amor, amor-próprio. Para as pessoas da minha idade: busquem. Vocês são realmente capazes. Nunca é tarde pra começar algo que você realmente queira e deseja fazer. Não pense que você não é capaz de aprender coisas novas, estudar e manter suas atividades com vigor, pois esta capacidade está dentro de você.  Feliz Dia Internacional da Mulher! Parabéns para todas as jovens mulheres da idade de risco. 

 

Sandra Maria de Siqueira – Empresária do setor produtivo do Amapá 

Neste momento que você está lendo esta mensagem gostaria que sentisse o meu abraço, esqueça todos os traumas social e pessoal que estamos passando e olhasse para si, para sua família, para seus amigos e agradeça a nosso Deus... Putz... O senhor Preservou minha saúde! E muitos que amo. Obrigada. 

Para comemorar o dia das mulheres essa data tão especial gostaria de deixar uma simples mensagem a todas, mas em especial as mulheres do campo: 

A Sabedoria que Deus nos deu nos ensina que devemos Aceitar e Respeitar o momento atual e seguir em frente, Mas principalmente... com amor, sabedoria, força coragem, sonhos e foco. 

Ao sonhar olhe para dentro de você, olhe a sua volta, para sua família, para sua comunidade, para o mercado que quer atingir, e veja quais as ferramentais que estão disponíveis para você seja intelectual ou material, tire de dentro de você o que sabe fazer de melhor, e inicie com o que tiver ao seu alcance, com o que você tiver disponível não tenha medo ou vergonha se se não der comece de novo mas nunca pare de  olhar para o horizonte focada a onde você quer chegar. 

 

SD Graziela - Policial Militar e Jornalista  (IMAGEM FEITA ANTES DA PANDEMIA)

Estamos sempre prontas para enfrentar os desafios.  

Com fé, força e perseverança, seguimos em frente para servir e proteger a população amapaense, mesmo diante de um momento tão difícil como esse em que a humanidade está passando.  Somos mulheres. Somos policiais militares. Somos fortes. Somos guerreiras. 

 

Juliana Souza Silva 

 Fisioterapeuta e mulher negra marabaxeira   

É frustrante e humilhante você ser profissional de saúde e ver faltar tudo de equipamento de segurança para o seu trabalho. Os testes e vacinas, que são realizados por conta dos apadrinhamentos de funcionários, são feitos em quem menos precisa ou não precisa de jeito nenhum.  Estamos na linha da morte. É preciso ampliar a participação das mulheres negras e a capacidade de interferir em novos problemas. As pessoas estão negociando as suas vidas para comer. 

As mulheres negras que estão na base do sistema de saúde, são, em geral, técnicas de enfermagem ou agentes comunitárias de saúde, que são profissões menos valorizadas e com menor nível educacional. Por isso, elas estão mais expostas ao risco do contágio, recebem menos treinamento, orientação e equipamento de proteção. A pandemia exacerba uma desigualdade estrutural que já existe, e isso impacta na sensação de mais medo e despreparo em relação aos outros profissionais. Precisamos falar e muitas vezes gritar para sermos ouvidas. Mulher seu dia não é so 8 de março, é todo dia, diariamente em casa e no trabalho. Somos Guerreiras sim, pois lutamos pela nossa família e por toda a comunidade, independente de cor, credo ou posição social.  

 

Maria Graciete Coelho Moreira – Tec Enfermagem e Psicóloga -   

Tem sido um período de cansaço não só profissional, como pessoal. Quem trabalha na área da saúde está cansado. A mulher sempre esteve no front dos problemas de saúde da humanidade e da família. Ela é que cuida dos filhos e do marido quando adoecem, esquecendo de suas próprias dores. Ela que tem empatia pela profissão de médica, enfermeira, técnica em enfermagem, e ajudante de limpeza. Trabalha nos órgãos hospitalar e em casa.  

Sabem os profissionais da saúde chamados de heróis em março de 2020.  Morreram de overdose. Overdose de trabalho, de negacionismo, pela irresponsabilidade alheia. Alguns morreram, literalmente, com covid. Hoje na linha de frente só temos humanos. Exaustos. E também muito decepcionados com o que a ausência de coletividade tem nos causado. Mas, mesmo assim temos milhões de mulheres firme e fortes, com os corações despedaçados pela perda de colegas, parentes e amigos, mas arregaçam as mangas e estão indo em frente – BRAVAS MULHERES, BRAVAS PROFISSIONAIS E GRANDES MÃES!! 

Mulheres indígenas lideram enfrentamento à pandemia - AzMinaMULHERES INDÍGENAS - Mulheres indígenas na linha de frente das articulações - Articulamos e trazemos demandas para que as mulheres sejam os nossos pontos de referência, elas que falam sobre a distribuição e sobre quem está precisando. É uma rede de mulheres muito gigante. A gente pensa e age como organização, sempre trazendo o olhar coletivo e pensando não só nos nossos povos, mas em todos. Os povos indígenas criaram mecanismos próprios para conter a entrada do coronavírus nas aldeias e muitos decretaram seus próprios lockdowns por meio de barreiras sanitárias. e AS MULHERES LIDERAM ESSAS AÇÕES.

 

Helena Monteiro Advogada  e representante da OAB Mulher em Oiapoque

A importância do Dia Internacional da Mulher é mais do que uma comemoração das conquistas e da evolução na busca pela igualdade de gênero e de seus direitos. É a demarcação de um momento de luta feminina da necessidade de se reescrever uma nova história forjada pelo  viés masculino. É um momento de reflexão de comemoracao de ação. É um momento de arregimentar força de todos os gêneros homens e mulheres pela luta em prol da igualdade principalmente nesse nomento mais difícil que  atravessamos em todos os tempos no mundo a Pandemia, em que as mulheres tem se reinventado para lidar com as mais diversas situações com mestria e segurança. 
Mais e preciso muito para alcançar a valorização de todos as mulheres  e inibir todo e qualquer preconceito e discriminação conta a mulher, bem como a violencia doméstica  e de gênero que muito tem sido conquistado , porém tem muito a percorrer.

Entendo que é necessário a participação do Estado e da participação indispensável da sociedade para a concretização desses direitos

 

   ANDREIA LOPES - NEGONA  Produtora Cultural, atriz, cantora e Técnica em Enfermagem - Tomando sua primeira dose da vacina.

Sou Andreia Lopes, negra, mãe, nortista, atriz, produtora cultura e técnica em enfermagem. Na minha história de vida sempre tive que enfrentar as adversidades da vida. Mas estar à frente do enfrentamento à Covid 19 foi sem dúvida o maior papel que já interpretei na minha existência, ver pacientes, amigos e familiares doentes e alguns não estão mais aqui. Com covid 19 aprendi sem dúvida ser mais afetuoso, mas amorosa, ser mais forte e ter a certeza que nós, mulheres somos fortes, guerreiras e conseguiremos não somente vencer o covid-19, mas também o machismo estrutural que nega a nós, mulheres tantos Diretos. 

 

Dulcivânia Freitas. Esposa, mãe, Jornalista, assessora de comunicação Embrapa-AP


Este Dia Internacional da Mulher de 2021 traz dois marcos importantes na minha vida: um ano de adaptação a um novo estilo de vida doméstica, profissional e social por conta da pandemia do coronavírus, e a chegada dos meus 50 anos de idade. Embora aparentemente sejam questões pessoais, envolvem aspectos históricos do papel da mulher na divisão do trabalho, a relação juventude e produtividade e o complexo equilíbrio do trabalho em casa, afazeres domésticos e a maternidade. Como analista de comunicação em uma empresa pública, faço parte da parcela da população que tem a possibilidade de realizar meu trabalho em home office desde que a ONU anunciou que o mundo estava em pandemia. Essa nova condição trouxe um ambiente totalmente novo e atípico para minha residência, que passou a ser um espaço também de contato com o mundo externo, intermediado por telas de computador e celular, ao mesmo tempo em que é imprescindível aprender a conciliar convívio familiar e teletrabalho, o que por si já é um grande desafio. Acredito que o teletrabalho tem sido um desafio especialmente para mães como eu, como filho despontando para a fase de pré-adolescente com suas inquietudes e desejo de socializar. Não existe fórmula pronta para lidarmos com esse momento, mas cada uma de nós, à sua maneira, vai equilibrando as dificuldades e encontrando meios para vencer o desafio diário. Por outro lado, embora o universo de cada uma seja diferente, a satisfação de desfrutar mais tempo da companhia da família se constitui em um traço comum para as mulheres mães. Parabenizo pela sensibilidade de acolher depoimentos de mulheres quem atuam em diversas áreas de trabalho. Como mulher que exerce múltiplos papéis, a exemplo de milhares de outras mulheres, sinto que apesar da rotina ter se tornado mais cansativa em tempos de escritório funcionando dentro da casa, há mais ganhos que perdas, e o mais importante dos ganhos são os momentos preciosos de convívio e aprendizado entre nós três. Parabéns mulheres mamães movidas a trabalho e ao amor familiar, na mesma proporção.



Deputada federal Leda Sadala (Avant/Ap) 

Mulher mãe  profissional, dona  de casa, a todas as Mulheres que diariamente continuam dando o seu SIM, para a vida...“Passamos boa parte de nossos dias em nossos locais de trabalho e nada mais justo que essas mulheres sejam homenageadas”, lembrou a deputada que entende que todos os dias devem ser comemorados por essas corajosas e destemidas e mesmo com as dificuldades, inerentes às mulheres, mesmo com a pouca representatividade na política, já foram dados passos de gigante. “Como mulher, mãe, e principalmente as que enfrentam essa pandemia no front: medicas, enfermeiras, e todas que estão nos hospitais lindando com a vida. E entre outras funções que acumulamos, costumo dizer que somos guerreiras e não desistimos de lutar e mesmo assim, com uma carga horária de “25 horas” e com dupla, tripla ou até quarta jornada não perdemos a sensibilidade e não permitimos que o desânimo anule nossas iniciativas e ações”

   

   

   

   

   

 

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