sexta-feira, 9 de julho de 2021

SAÚDE EM FOCO - OBSERVATÓRIO COVID/ FIOCRUZ: DADOS CONTRARIAM A CPI

OBSERVATÓRIO COVID/ FIOCRUZ: DADOS

CONTRARIAM A CPI



Por Jarbas de Ataíde 




        Estamos observando que a imprensa está dando pouca divulgação aos dados atuais da situação atual da Covid-19, disponibilizados pelo Observatório Covi-19/FIOCRUZ, que em Boletim Extraordinário analisou os dados da Semana Epidemiológica(SE) 25, correspondente ao período de 20 a 25 de junho/21. Os holofotes estão voltados para o circo montado pela CPI das vacinas.

Enquanto se apegam a divulgar apenas os óbitos deixam de analisar benefícios, progressos e os dados das autoridades sanitárias, que entendem e analisam os indicadores e tendências, com a credibilidade de uma das maiores instituições científicas da América do Sul, a Fundação Osvaldo Cruz.

Segundo os dados disponibilizados nessa SE, houve uma estabilidade na incidência (casos novos) de Covid-19 e queda dos índices de mortalidade. Essa essa constatação da incidência e da queda de mortalidade “podem ser explicadas pela campanha de vacinação, que priorizou os grupos de maior risco ou de maior exposição, como idosos, portadores de doenças crônicas e profissionais da saúde e de outras profissões” (FIOCRUZ. BR/Observatório- Covid-19).  Cresceu a cobertura vacinal nesses grupos.

 Apesar desses dados promissores, a circulação de cepas variantes do vírus pode aumentar a transmissão, sem que ocorra aumento de casos graves, que exijam internação. No Amapá, os dados mostram uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 43,18%, indicando alerta baixo (dados de 08.07.21), refletindo essa nova fase da pandemia em todo o país.

Devido a circulação das variantes e do afrouxamento das medidas de controle e prevenção, os níveis de transmissibilidade no Brasil permanecem em patamares elevados, “gerando casos mais graves entre os grupos populacionais não vacinados ou vulneráveis individual e socialmente”.

Em função disso o Programa Nacional de Imunização avança para atingir cada vez mais esses grupos populacionais, visando reduzir a gravidade e a internação, com remessas de vacinais semanais aos Estados . Não é hora de escolher qual vacina tomar, mas aproveitar para sair dentre os possíveis contaminados, seja qual for a vacina a ser disponibilizada.

Outra constatação do Observatório é a sinalização de queda nos índices de mortalidade, embora o platô de transmissão ainda esteva alto, em índices maiores que os observados em 2020. Daí a necessidade de manter as medidas de promoção e prevenção, além da necessidade de estender a vacinação a outros grupos populacionais.

Apesar dos 1.862 óbitos por Covid-19 no Amapá (Portal do Gov.Amapá, 08.07.21), o estado “tem a menor taxa de letalidade por Covid-19 do Brasil: 1. 51% - índice inferior ao de todos os outros estados brasileiros, e até mesmo da média nacional, que é de 2.8%” (Portal GEA, 24.05.21)

A recomendação mais importante do documento é que, diante da redução relativa dos óbitos e internações, todos os entes federados devem fazer esforços de reorganizar os serviços de saúde, que mesmo com o repasse financeiro e apoio da União, muitos deixaram de operacionalizar as tarefas e responsabilidades assumidas.  

Leitos de UTI e espaços de acolhimento e busca ativa foram desativados antes do tempo; hospitais de campanha foram desinstalados. Demora na operacionalização da vacinação pelos Estados e Municípios. Falta de estrutura de hospitais e UBS para acolher a demanda confirmada. Esses são alguns exemplos do que pode ser feito e aprimorado para aproveitar esse momento da queda dos índices.

Em relação à vacinação (o que não significa imunização), foram distribuídas 397.904 doses de vacinas para os 16 municípios e destas foram aplicadas 286.606 doses.  A cobertura vacinal no Amapá, em relação à 1ª dose, é de 24,43%, índice considerado baixo em relação a outros estados. E a maior preocupação é o índice de 8,81% de pessoas que se vacinaram com a 2ª dose, o que indica a possibilidade de se infectarem, embora de forma mais leve. (Fonte: Portal do GEA, 08.07.21). JARBAS ATAÍDE, 09.07.2021).  

 

 

 


 

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...