– Direito & Cidadania –
O mundo celebra o dia do maior Código da Terra
Dr. Besaliel Rodrigues
Todo 2º domingo de dezembro de cada ano é celebrado pelas Nações o Dia da Bíblia, livro considerado o Código da vida humana da face da Terra. É um costume legislativo mundial criar leis definindo certos dias nos calendários culturais diversos para lembrar personalidades, assuntos considerados importantes etc.
De acordo com as informações correntes da internet, o Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia.
No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus. Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizou.
Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.
Em 19.12.2001, portanto há 18 anos, na época da presidência de Fernando Henrique Cardoso, foi promulgada a Lei nº 10.335, que institui o Dia da Bíblia, quando a República Federativa do Brasil reconheceu nacionalmente aquele dia criado pelos ingleses no século XVI.
Diz a lei brasileira: O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Fica instituído o Dia da Bíblia, a ser celebrado no segundo domingo do mês de dezembro de cada ano, em todo o território nacional. Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 19 de dezembro de 2001; 180o da Independência e 113o da República. Fernando Henrique Cardoso (Aloysio Nunes Ferreira Filho / Francisco Weffort).
No ano de 2019, no Congresso Nacional, início de uma nova legislatura (2019-2023), o projeto de lei nº 0001 que foi protocolado dia 1º de fevereiro, foi o que versou sobre a transformação da Bíblia em patrimônio nacional, cultural e imaterial da humanidade. O autor da proposta deputado Pastor Sargento Isidorio, afirma que a Bíblia é a 'vontade de Deus escrita para a humanidade'.
Justificativa. Ao apresentar o projeto, o deputado justificou a intenção de transformar a Bíblia em patrimônio imaterial e cultural pelo fato de o livro ser o mais antigo e o "mais lido do mundo".
Segundo ele, para os cristãos, a Bíblia "é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para os cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral".
Segundo o próprio deputado, projeto semelhante foi apresentado por ele – e aprovado por "unanimidade" – pela Assembleia Legislativa da Bahia, quando Isidorio era deputado estadual.
"Nós, cristãos, seja católicos, evangélicos, espíritas ou outros acreditamos que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso considera a Bíblia como a escritura sagrada". Fonte de apoio: g1.globo.com/politica/noticia/2019/02/04/primeiro-projeto-apresentado-na-camara-em-2019-quer-declarar-biblia-patrimonio-cultural.ghtml
No Estado do Amapá o Dia da Bíblia tem sido comemorado mais pelos religiosos, como está acontecendo hoje, domingo, pela manhã, em frente à Catedral da Assembleia de Deus – A Pioneira, na Rua Tiradentes, no Centro da Cidade. A via pública está interditada e os evangélicos estão ali celebrando a data.
Agora, por parte das autoridades civis e políticas, o assunto vem sendo ignorado e negligenciado. Há uma previsão na Constituição do Estado de que uma praça deverá ser construída em homenagem à Bíblia. Mas, desde a promulgação da Constituição em 1991 (quase três décadas depois), nenhum governante se interessou em cumprir o referido dispositivo constitucional. Macapá é uma das poucas capitais de Estado do Brasil que não tem uma Praça da Bíblia.
Ainda, em Macapá, outra situação flagrante de desconsideração quanto à Bíblia é o fato de que na Praça do Barão existe um monumento aos Dez Mandamentos. Depois que denunciamos aqui, o local foi restaurado, pois há muito tempo nenhuma autoridade cuidava em respeito à memória da Palavra de Deus.
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