CIRCULAÇÃO E PLANTAS
MEDICINAIS NA COVID-19
Por Jarbas de Ataíde
Estamos passando por uma desnecessária discussão sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19. Diante disso, as sociedades cientificas enfatizam a importância dos cuidados preventivos e a promoção da saúde. Alertam que os fatores de risco determinantes de doenças cardiovasculares precisam ser valorizados, pois atuam como agravantes na Covid-19.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia-SBC
considera que as comorbidades cardiovasculares aumentam o risco da
doença. Em relação às crianças, ela recomenda aos pais que sejam vacinadas,
pois os efeitos adversos são parecidos com as demais vacinas
Entre os fatores de risco
cardiovascular temos: sedentarismo, tabagismo, hipercolesterolemia, síndrome
metabólica, hipertensão arterial- HAS e diabetes, mais comuns na terceira
idade que nas crianças, as quais não são inativas, não fumam e com pouca
prevalência de hipertensão e alterações degenerativas vasculares e do
miocárdio. A Diabetes juvenil (Tipo I) controlada não contraindica a vacinação.
Quando ocorre a obstrução total das
artérias sobrevém a morte das células, por falta de irrigação e oxigenação do
sangue, causando trombose tecidual. No pulmão ocasiona falta de ar ou desconforto
respiratório, sintomas de agravamento da Covid19, que exige internação e, às
vezes, intubação-IOT.
São “essas doenças
crônico-degenerativas preexistentes que levaram ao óbito centenas de doentes
atingidos pela pandemia no mundo. Na
China, origem da doença, e no Japão, Taiwan, Hong-Kong vários doentes idosos se
recuperaram e ficaram curados. Onde
estaria a diferença e quais os fatores que interferiram?”
Estudos e observações clínicas feitas
no Hospital Sírio-Libanês -SP, indicam que o agravamento da Covid-19 se dá por
processo isquêmico dos alvéolos pulmonares, impedindo as trocas gasosas, devido
trombose pulmonar. Outra observação é o intenso processo inflamatório pulmonar,
que agrava as doenças pulmonares obstrutivas preexistentes (asma, bronquites,
DPOC, enfisema).
Pesquisas feitas na Universidade de
Rondônia- UNIR com plantas medicinais
buscam bioativos que tenham ação
antinflamatória, anticoagulante e imuno-estimulantes que possam ajudar no
combate da Covid-19. Não foram citadas as plantas pesquisadas, mas a Fitoterapia
se mostra uma aliada no tratamento e prevenção.
Também o Laboratório de Farmacognosia,
Homeopatia e Farmácia da UFMG, em 2020, editou uma cartilha sobre as “Plantas
Medicinais e Fitoterápicos que podem ser usados durante a Covid-19”, citando
o uso tradicional de várias plantas: alecrim, cúrcuma, equinácea, guaraná ,
unha-de-gato, capim-marinho, erva cidreira, maracujá, alho, anis-estrelado,
gengibre, eucalipto, hortelã, laranja, romã, tanchagem, entre outras.
As complicações respiratórias da
Covid-19 seriam decorrentes dos distúrbios circulatórios, inflamatórios e de
coagulação (trombose). Várias são as plantas medicinais que atuam nos
distúrbios circulatórios, reduzindo a inflamação e agregação plaquetária,
prevenindo a formação de coágulos.
ALHO e CEBOLA. Possuem
substâncias ativas que reduzem a inflamação, a pressão arterial e evitam a
formação de trombos, por ação antiagregante plaquetária, vasodilatadora,
antiarteriosclerótica, diurética e redutora do colesterol ( Gómez, LJG
et al, 2000. apud Saad, GA, 2009).
CRATAEGO. Ação antianginosa,
tônica cardíaca e vasodilatador coronariano, hipotensora e antiarrítmica ( Kim, SH et al,2000; Veveris, M.
et al, 2004 apud Saad, GA, 2009).
GENGIBRE. Com atuação
antinflamatória, bloqueando a inflamação, com as mesmas ações do alho,
reduzindo a adesão e agregação plaquetária. Ativa a contração miocárdica e vasodilatação
coronariana, evitando infarto e insuficiência cardíaca. Contraindicada na
hipertensão severa ( (Tjendraputra, E et al, 2001 apud Saad, GA, 2009).
ABACAXI. Com atuação diurética, antinflamatória e proteolítica, ativando a circulação. A bromelina, enzima proteolítica com ação fibrinolítica, evita a agregação plaquetária e formação de trombos. Contraindicada em quem usa anticoagulantes.
CAVALINHA. Contém ácido salicílico,
percussor do AAS, que afina o sangue e fortalece a parede dos vasos, com ação
antinflamatória, analgésica e antioxidante, devido a riqueza em minerais
(K, P, Mn, Mg, Al, Ca e Fe) e flavonoides. ( Fonte: Artigo TA, J.
Ataíde, 20.04.2020). JARBAS ATAÍDE. 31.01.2022.
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