sábado, 5 de fevereiro de 2022

CIRCULAÇÃO E PLANTAS MEDICINAIS NA COVID-19

 CIRCULAÇÃO E PLANTAS

 MEDICINAIS NA COVID-19



Por Jarbas de Ataíde


           Estamos passando por uma desnecessária discussão sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19. Diante disso, as sociedades cientificas enfatizam a importância dos cuidados preventivos e a promoção da saúde. Alertam que os fatores de risco determinantes de doenças cardiovasculares precisam ser valorizados, pois atuam como agravantes na Covid-19.  

          A Sociedade Brasileira de Cardiologia-SBC considera que as comorbidades cardiovasculares aumentam o risco da doença. Em relação às crianças, ela recomenda aos pais que sejam vacinadas, pois os efeitos adversos são parecidos com as demais vacinas

         Entre os fatores de risco cardiovascular temos: sedentarismo, tabagismo, hipercolesterolemia, síndrome metabólica, hipertensão arterial- HAS e diabetes, mais comuns na terceira idade que nas crianças, as quais não são inativas, não fumam e com pouca prevalência de hipertensão e alterações degenerativas vasculares e do miocárdio. A Diabetes juvenil (Tipo I) controlada não contraindica a vacinação.  

        Quando ocorre a obstrução total das artérias sobrevém a morte das células, por falta de irrigação e oxigenação do sangue, causando trombose tecidual. No pulmão ocasiona falta de ar ou desconforto respiratório, sintomas de agravamento da Covid19, que exige internação e, às vezes, intubação-IOT. 

        São “essas doenças crônico-degenerativas preexistentes que levaram ao óbito centenas de doentes atingidos pela pandemia no mundo.  Na China, origem da doença, e no Japão, Taiwan, Hong-Kong vários doentes idosos se recuperaram e ficaram curados.  Onde estaria a diferença e quais os fatores que interferiram?”

        Estudos e observações clínicas feitas no Hospital Sírio-Libanês -SP, indicam que o agravamento da Covid-19 se dá por processo isquêmico dos alvéolos pulmonares, impedindo as trocas gasosas, devido trombose pulmonar. Outra observação é o intenso processo inflamatório pulmonar, que agrava as doenças pulmonares obstrutivas preexistentes (asma, bronquites, DPOC, enfisema).

       Pesquisas feitas na Universidade de Rondônia- UNIR com plantas medicinais  buscam  bioativos que tenham ação antinflamatória, anticoagulante e imuno-estimulantes que possam ajudar no combate da Covid-19. Não foram citadas as plantas pesquisadas, mas a Fitoterapia se mostra uma aliada no tratamento e prevenção.

      Também o Laboratório de Farmacognosia, Homeopatia e Farmácia da UFMG, em 2020, editou uma cartilha sobre as “Plantas Medicinais e Fitoterápicos que podem ser usados durante a Covid-19”, citando o uso tradicional de várias plantas: alecrim, cúrcuma, equinácea, guaraná , unha-de-gato, capim-marinho, erva cidreira, maracujá, alho, anis-estrelado, gengibre, eucalipto, hortelã, laranja, romã, tanchagem, entre outras. 

       As complicações respiratórias da Covid-19 seriam decorrentes dos distúrbios circulatórios, inflamatórios e de coagulação (trombose). Várias são as plantas medicinais que atuam nos distúrbios circulatórios, reduzindo a inflamação e agregação plaquetária, prevenindo a formação de coágulos.

       ALHO e CEBOLA. Possuem substâncias ativas que reduzem a inflamação, a pressão arterial e evitam a formação de trombos, por ação antiagregante plaquetária, vasodilatadora, antiarteriosclerótica, diurética e redutora do colesterol ( Gómez, LJG et al, 2000. apud Saad, GA, 2009).


   


       CRATAEGO. Ação antianginosa, tônica cardíaca e vasodilatador coronariano, hipotensora e antiarrítmica  ( Kim, SH et al,2000; Veveris, M. et al, 2004 apud Saad, GA, 2009).

       GENGIBRE. Com atuação antinflamatória, bloqueando a inflamação, com as mesmas ações do alho, reduzindo a adesão e agregação plaquetária. Ativa a contração miocárdica e vasodilatação coronariana, evitando infarto e insuficiência cardíaca. Contraindicada na hipertensão severa ( (Tjendraputra, E et al, 2001 apud Saad, GA, 2009).  

       ABACAXI. Com atuação diurética, antinflamatória e proteolítica, ativando a circulação. A bromelina, enzima proteolítica com ação fibrinolítica, evita a agregação plaquetária e formação de trombos. Contraindicada em quem usa anticoagulantes. 



  CAVALINHA. Contém ácido salicílico, percussor do AAS, que afina o sangue e fortalece a parede dos vasos, com ação antinflamatória, analgésica e antioxidante, devido a riqueza em minerais (K, P, Mn, Mg, Al, Ca e Fe) e flavonoides. ( Fonte: Artigo TA, J. Ataíde, 20.04.2020). JARBAS ATAÍDE. 31.01.2022.    

     

 

 

 

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