sexta-feira, 25 de março de 2022

ÁGUA E ALGAS: NUTRIENTES PARA A SAÚDE HUMANA

ÁGUA E ALGAS: NUTRIENTES PARA A SAÚDE HUMANA

FUCUS(F.vesiculosus)


Por Jarbas de Ataíde

           Dias 16.03 e 22.03. Duas datas importantes, que buscam a conscientização sobre as Mudanças Climáticas, o aquecimento global e a preservação da água, este instituído durante a Conferencia Rio-92.

          Estando de férias no Sul, tive contato com as algas, flutuando nas praias catarinenses. Mas pouco sabemos o que elas fazem por nós quando respiramos. Antes se pensava que a floresta Amazônia preservada era a maior fonte de O2. Porém, a maior fonte de oxigênio do planeta não vem das florestas, mas de outra origem: dos oceanos, produzido por um ser unicelular chamado alga.

        Água e Algas, fontes de nutrientes para a vida na terra. Preservar os mares(água) e sua rica biodiversidade é contribuir para nossa sobrevivência.

CLORELLA(C.pyrenoidosa)


         As algas são vitais para sobrevivência humana, em virtude da fotossíntese (libera O2) e riqueza alimentar. São seres  microscópicas ou até algas gigantes (60 m de comprimento). Variam de cor: azuis (cianofíceas) do mar; verdes (clorofíceas) de água doce; castanhas (feofíceas) e vermelhas (rodofíceas), a maioria marinha.

         Quem pensaria que o O2, contido no ar, dependesse de seres minúsculos? Sim, elas retiram do ar o CO2 e liberam para a atmosfera o oxigênio.   

           

SPIRULINA (S. máxima)

Sua capacidade nutricional e medicinal é comprovada. São utilizadas na agricultura como adubo. No Oriente fazem parte da ração humana diária. 

         Daremos destaque, neste artigo, à S. máxima, encontrada nas águas alcalinas, como na África e no lago Texcoco, no México e à C. pyrenoidosa (Clorela), consumida na China e no Japão. O iodo é rico nas algas castanhas, como a F. vesiculosus L., presentes nos rochedos das costas oceânicas e nos quilômetros de praias do litoral brasileiro( fotos)

        As algas contêm elementos minerais: brometos, sódio, potássio, sulfatos de sódio, fosfato de cálcio e de ferro, e oligoelementos (manganês, estanho, selênio, cobalto, ouro, arsênio). Em 100g de espirulina, contém:  proteínas (60-70g), carboidratos (14-20g), lipídios (6-7g) e Clorofila (0,68g). 

        A clorela (100g) é rica em aminoácidos (60%), lipídios (10%), fibras (2,8%) e carboidratos (18 %), além de vitaminas diversas.  O iodo, do Fucus, atua no metabolismo geral do organismo, regula a glândula tireoide e a absorção dos lipídios e carboidratos.

        O magnésio (100g de clorela tem 284,0 mg) interfere na fixação do cálcio nos ossos; combate à osteoporose, além da ação na contratilidade cardíaca. O potássio previne inflamações reumáticas, como artrites e artroses. O fósforo  gera energia para a atividade cerebral, prevenindo as degenerações cerebrais ( Alzheimer, Parkinson, Demências em geral).

         Isso sem falar das vitaminas, que nutrem o organismo.  A vit.  A previne o raquitismo e perda de peso. A vit. B1 age no equilíbrio do sistema nervoso; a B12 com ação antianêmica.  A vitamina C atua na imunidade, com ação antioxidante.

      Os maiores flagelos da humanidade: as doenças crônicas, a fome e os cânceres, produzem mais mortes que as guerras. A clorela tem um polissacarídeo, considerado um preventivo de células cancerosas e de tumores (TESKE &TRENTINI, 1995).

       Deveríamos refletir sobre os benefícios dessas algas e dos mares, ignorados e desprezados pela a indústria alimentícia, agrícola e pecuária, causando aumento de emissão de CO2 e alterando a composição das águas oceânicas e rios.  

      Cuidando da qualidade do ar , evitando desmatamento, limpando os oceanos estaremos preservando as algas, ricas nas praias oceânicas e nos rios, contribuindo para a  respiração e alimentação humana. 

        Portanto, as toneladas de algas, que dominam os mares, não só contribuiriam para a sanar a fome de milhões de famintos, debilitados e doentes, como também é a maior fonte de produção de oxigênio. Seriam também um forte aliado no combate à várias doenças, consideradas crônicas e incuráveis pela medicina convencional (RUDDER, E.A.M.C., 1998). (Fonte: Artigo TA, 08.05.2014). Jarbas Ataíde, 22.03.2022, Dia Mundial da Água. 

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