SAÚDE EM FOCO - TURBINAR E SE CONTRAPOR AOS INIMIGOS DO CÉREBRO

 TURBINAR E SE CONTRAPOR AOS INIMIGOS DO CÉREBRO

 

Por Jarbas de Ataíde

            A cada dia que passa temos a convicção de que fomos induzidos a pensar que nossa saúde depende de terceiros ou de máquinas e estruturas e desmotivados a acreditar nos processos de auto regulação e cura interior (das emoções e dos sentimentos). Os inimigos da saúde às vezes estão dentro de nós.

            Mas as ciências humanas e naturais já comprovam que a saúde física não depende apenas   da boa comida, dos hábitos de higiene, atividades físicas e dos bens e conforto material.  Essa visão corriqueira, nos parece demais simplista e materialista, excluindo a subjetividade humana e as motivações interiores.

        Fomos acostumados a pensar que nossa imunidade, prazer e satisfação dependem exclusivamente de fatores externos, demonstrados por um corpo esbelto, beleza física, aparência externa.  Mas temos muitos exemplos de pessoas doentes, que sustentam essa aparência com cirurgias, remédios psicotrópicos e anabolizantes.

       Esse comando biológico e mental, aparente ou inconsciente, interno e externo, é feito pelo cérebro, que busca e luta permanentemente pela preservação da vida e a homeostase orgânica (saúde). O cérebro, em sua intrincada e desconhecida fisiologia, busca sempre nossa autossuficiência, prazer e satisfação, conceito, esse, aceito pela Psicologia, Psicanálise, Neurociência e Epigenética.

       Tendemos a esquecer e ignorar que o comando da realidade humana é feito pela reação do cérebro a duas forças mentais antagônicas, mas complementares e saudáveis: a reação ao estresse e a reação de relaxamento.  Quando elas se equilibram e se complementam temos saúde.  O contrário, temos doenças.

      Nosso corpo está em constante influência dos pensamentos e crendices deterministas e predestinação, que reduzem ou anulam nossas defesas, habilidades e faculdades internas de reação às agressões do meio externo.

       As terapias não convencionais (“alternativas”) atribuem ao pensamento positivo o gatilho para acionar o processo de auto regulação interna. O pensamento positivo “contribui para uma vida mais saudável, longa e produtiva, reduz o estresse mental e físico, melhora a resistência e tem efeitos favoráveis sobre a imunidade e o funcionamento do cérebro”. (Brewer S,2013).    

       Hoje, sabemos que a saúde, felicidade, longevidade, iniciativa criativa e prosperidade são comandados pelo cérebro, em resposta a sensações internas, emoções positivas e pensamentos edificantes. Essa resposta se dá em função de fatores intrínsecos, subjetivos, inconscientes, mentais e emocionais.

       Isso é como dizer que o cérebro é movido pela sensação de prazer. Por isso, a função cerebral é perturbada e desequilibrada pela reação ao estresse e emoções negativas.

       Vamos citar alguns inimigos do cérebro, comuns no nosso dia-a-dia: a) a rotina (que desmotiva); b) a sobrecarga mental ( que acelera o pensamento); c) ansiedade; d) falta de organização ( que confunde a mente); e) vícios e má alimentação; d) falta de sono ( reduz a autocura); e) falta de atividade física ( torna o cérebro lento).

              Mas o que fazer para ativar o centro do prazer? Estimulando  a produção dos neurotransmissores como dopamina, ocitocina, endorfinas, óxido nítrico e serotonina, que vão se contrapor a reação ao estresse. Isso evita a “produção de citocinas pró-inflamatórias, provocando inflamação, fato ligado a alguns cânceres, Alzheimer, artrite, osteoporose e doenças cardiovasculares”.

       Quando temos uma atitude otimista diante de uma situação estressante ou conflitante, nosso organismo desencadeia a chamada reação de relaxamento, comandada pelo sistema autônomo parassimpático, que possui ação fisiológica antiestresse, que dá a reação de recompensa, sensação de prazer e satisfação, reduzindo a ansiedade e depressão.

        Mas para atingirmos essa performance devemos quanto antes cultivar o pensamento positivo, ter autoestima, afim de ativar a reação de relaxamento. As atitudes, pensamentos e ações podem curar nossas doenças, através da assistência médica e de técnicas que incorporam o positivismo, como o monitoramento das emoções, relaxamento, oração e afirmações positivas. (Fontes: Brewer S., 2013; Rankin L.,2016). JARBAS ATAÍDE, Macapá-AP, 22.04.2022.