sexta-feira, 15 de julho de 2011

Artigo do Gato

Ideologia: Melhor a de Cristo

Antes de discorrer sobre o tema que irá gerar inquietação em cientistas sociais e afins, quero explicitar que trato deste assunto por influência de um fugaz debate entre mim e o Dr. Sérgio La Roque. De quem confesso ser fã. Não trato o tema de forma jocosa, desrespeitosa, pelo contrário, o faço com a absoluta sensação de estar contribuindo para uma gestão pública mais inclusiva e coletiva.
O óbvio ululante é a forma que todo gestor ascende ao poder no regime democrático representativo. Então fica latente que a eleição é o quociente da disputa ideológica de cada grupamento político. Ao longo da história vimos surgir pensamentos filosóficos de organização social e modelos harmonizados com as ideologias vencedoras.
O iluminismo surgido no século XVII e cristalizado no século XVIII com a Revolução Francesa é o movimento que emblematiza bem este pensamento.
Destaco entre os filósofos iluministas, dois que entendo serem atuais e mais importantes. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que defendia a idéia de um estado democrático que garantisse igualdade para todos e;   Montesquieu (1689-1755), que propôs a divisão do poder político em Legislativo Executivo e Judiciário. A teoria da lei dos freios e contra pesos.
Bem, mas a gênese democrática vem da Grécia. Os gregos entendiam que os cidadãos deveriam ser iguais perante as leis e essa igualdade dava a todos o direito de opinar sobre as coisas da sua cidade, através da expressão de suas idéias junto as Assembléias. Para a forma antiga de democracia grega o modelo de educação evidenciava que o homem deveria ser bom e belo, mas a forma de aplicação da democracia, que exigia não só que o cidadão exprimisse sua idéia, mas deveria também persuadir seus ouvintes levou os gregos a mudarem este  conceito de educação. O perfil mudou para o de bom orador. E história segue.
Pois bem, após essa introdução, vou direto ao ponto. Toda gestão deve ter sua ideologia sim, mas no sentido neutro, ou seja, um ideário e não no sentido crítico, pois se essa for a forma de ideologia a ser empregada na gestão pública haverá discriminação ideológica e quem vence governa para todos e não só para os que acompanharam a ideologia do vencedor.
Governo bom é o governo de todos. Esse era o princípio do iluminismo. A mesma de Jesus Cristo. Faça o bem sem olhar a quem. Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
O governador Camilo Capiberibe ganhou a eleição para o Estado dentro de um princípio ideológico afinado com o socialismo, porém ele foi votado por esquerda, direita, centro e todos os matizes ideológicos. Ele é governador do povo do Amapá e tudo que fizer no município de Macapá está fazendo para o povo e não para o prefeito Roberto Góes.
Em suma: Roberto Góes e o governador Camilo devem sentar à mesa dar as mãos em prol do povo de Macapá e assim os demais prefeitos. Porém, lógico. O governador deve dar publicidade a todos os atos em que ajudar o município. Afinal a publicidade é uma exigência legal. 
A ideologia de cada grupo deve ir para o palanque em 2012, claro, acompanhada do comportamento, da conduta e ética de todos os que colocarem seus nomes a apreciação popular.

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