sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cultura

Paulo Autran – Patrono do Teatro Brasileiro
O ator Paulo Autran foi declarado patrono do teatro brasileiro. O título, aprovado pelo Congresso Nacional em junho, A homenagem, determinada pela Lei 12.449/11, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada e publicada no Diário Oficial da União no dia 18/07/2011. A lei é oriunda do PLC 252/09, do ex-deputado Pompeo de Mattos, aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) no dia 7 de junho.
Conhecido como 'Senhor dos Palcos', Autran começou a carreira no teatro no fim da década de 40. Depois de atuar em montagens amadoras, estreou profissionalmente em Um Deus Dormiu lá em Casa, dirigida por Adolfo Celi, no Teatro Brasileiro de Comédia.
Depois do sucesso da estreia e incentivado pela atriz Tônia Carreiro, Autran decidiu largar a advocacia e se dedicar às artes. Ator de teatro, cinema e televisão, ele se dedicou principalmente aos palcos. Ao longo da carreira, fez 90 peças, entre elas clássicos como Rei Lear, de William Shakespeare, Édipo Rei, de Sófocles, e A Vida de Galileu, de Bertold Brecht.
No cinema e na televisão, Autran também é reconhecido por atuações marcantes, como em Terra em Transe, de Glauber Rocha, lançado em 1967. Na TV, é lembrado principalmente pelas participações na novela Guerra dos Sexos, em que contracenava com Fernanda Montenegro, e pelo vilão Bruno Baldaraci, em Pai Herói.
Em 2006, o ator foi diagnosticado com câncer de pulmão. Morreu em 2007, aos 85 anos. O título de patrono tem valor simbólico, e não implica benefício material ao homenageado ou a seus sucessores.
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Conhecido como 'o senhor dos palcos', Paulo Autran é considerado um dos maiores atores brasileiros 

Ator brasileiro de teatro, cinema e televisão, Paulo Paquet Autran nasceu no dia 7 de setembro de 1922 no Rio de Janeiro e faleceu em São Paulo, no dia 12 de outubro de 2007. Considerado um dos maiores atores brasileiros e conhecido pelo epíteto de "O Senhor dos Palcos", Autran estreou sua primeira peça em 1947, incentivado pela também atriz Tônia Carreiro, tornando-se logo um grande sucesso.

 Mudou-se cedo para São Paulo, onde passou a maior parte de sua vida. Estudou Direito na Faculdade do Largo São Francisco por influência do pai, que era delegado de polícia. Formou-se em 1945 e também pensava em ser diplomata. Desapontado com a profissão de advogado, começou a participar de peças teatrais amadoras. No começo, relutou, afirmando que não era ator profissional, mas recebeu grande incentivo de Tônia Carreiro e dedicou-se ao teatro.
Ganhando êxito comercial e destaque no meio artístico, além de receber vários prêmios por sua atuação, Autran resolveu largar de vez a advocacia, passando a se dedicar exclusivamente à carreira artística.

Ao falar sobre sua decisão de abandonar o direito, em entrevista concedida à imprensa em 2006, o ator disse "graças a Deus", pelo fato de nunca mais ter advogado. E completou: "No dia que eu aceitei (ser ator), tirei meu anel de advogado, presente de pai, dei para uma amiga e nunca mais entrei num fórum".

Sobre a profissão de ator e outras profissões consideradas mais estáveis, Autran disse: "Qual é a profissão estável? Qual a situação estável? Se você não enfrenta a sua vocação de verdade... É claro que nossa profissão é instável sim, mas quem tem que fazer teatro encara isso como desafio a mais. Uma paixão a mais".

Sua prioridade sempre foi o teatro, sua grande paixão, onde desenvolveu sua arte. Teve, no entanto, memoráveis atuações na televisão e no cinema, em especial por sua participação em Terra em Transe, de Glauber Rocha. Também participou, entre outros filmes, do longa O ano em que meus pais saíram de férias, escolhido para representar o Brasil na cerimônia do Oscar.

Em sua carreira artística, Autran atuou em 90 peças teatrais no período de 1947, começando com Esquina perigosa, de J.B. Priestley, a 2006, ano em que se apresentou em O Avarento, de Molière. Com a peça O Avarento, Autran estreou seu 90º espetáculo no teatro. Nesse período, o ator já apresentava problemas de saúde e a peça teve sua temporada suspensa.

Entre as demais peças que atuou, destacam-se Rei Lear, de William Shakespeare;Quadrante, com texto e direção do próprio Autran; A vida de Galileude Bertold Brecht;Fim de jogo, de Samuel Beckett; À Margem da vida, de Tennessee Williams; Mortos sem sepulturade Jean Paul Sartre; e Édipo Reide Sófocles.

Ao longo de sua carreira, estabeleceu importantes parcerias com diretores como Adolfo Celi, Zbigniew Ziembinski e Flávio Rangel, além de atrizes, como Tônia Carreiro. Na televisão, destacou-se em Guerra dos sexos, novela na qual contracenou com Fernanda Montenegro. Também protagonizou cenas antológicas da teledramaturgia, quando viveu o vilão carismático Bruno Baldaraci em Pai Herói. Fez ainda participações especiais em minisséries para a televisão, uma delas em 2004, em Um só coração.
No ano anterior a sua morte, Autran passou por diversas internações devido a um câncer de pulmão. Foi tratado com quimioterapia e radioterapia e, mesmo assim, continuou a atuar em O Avarento, mantendo também seu vício de fumar quatro maços de cigarros por dia. Casado desde 1999 com a atriz Karim Rodrigues, Autran faleceu aos 85 anos de idade, depois de sofrer, além das complicações decorrentes do câncer, de um enfisema pulmonar. Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e cremado no Crematório da Vila Alpina.



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Seminário Internacional Espaços Culturais e Turísticos em Países Lusófonos
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da UFRJ (PROARQ) realizará o Seminário Internacional Espaços culturais e turísticos em países lusófonos no período de 22 a 25 de novembro de 2011 no Salão Pedro Calmon do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ – campus da Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro.
Neste 2011, ano de Portugal no Brasil, o PROARQ reúne a comunidade acadêmica dos países lusófonos para promover os estudos sobre os espaços culturais e turísticos existentes na comunidade de Língua Portuguesa.
O Seminário dá continuidade aos encontros científicos realizados desde 2005, entre os quais destacam-se: I Seminário Internacional Museografia e Arquitetura de Museus, 2005; 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, 2007; Dois séculos de Brasilidade, 2008; Ordem, desordem, ordenamento: arquitetura, espacialidade, 2009; Da Baixa Pombalina a Brasília; e II Seminário Internacional Museografia e Arquitetura de Museus, 2010.

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