sexta-feira, 29 de julho de 2011

De Tudo Um Pouco - A tecnologia a serviço da educação

 "Educar a inteligência é dilatar o horizonte dos seus desejos e das suas necessidades “ ( James Russel Lowel ). Esta mensagem está inscrita na revista Preparando-se para Concursos Públicos e para o Exame da OAB, vol. 1, 2011, discorrendo na assertiva de que a “ inteligência é algo que se aprende".

É importante ressaltar que a inteligência humana deve ser estimulada e que os especialistas em inteligência são enfáticos ao afirmar que a faculdade de ser inteligente é hereditária, mas não a inteligência em si. Em outras palavras, inteligência se adquire, nós nascemos com o potencial de sermos inteligentes, e essa qualidade deve ser desenvolvida durante nossa vida, nosso celebro tem fome de novidades e podemos, sim, nos tornar mais inteligentes. E do mesmo modo que o estímulo nos torna mais inteligentes, a falta dele leva à diminuição da atividade mental e por conseqüência ao declínio da inteligência.

Este texto remete ao tempo em que minha Professora do curso primário, em Soure, ensinava que o cérebro precisava, precisa e precisará sempre do exercício mental na busca de informações diversas, para que o desenvolvimento cultural e intelectual evoluísse plenamente, mas seguindo uma escala natural de aprendizagem onde o corpo e a mente, em uníssono, construíssem a base fundamental do conhecimento.

A lição diária de nós alunos daquele tempo, compunha-se de pequenas atitudes em sala de aula como postura de sentar-se, leitura em voz alta, ditado como forma de melhorar a caligrafia, a posição correta de escrever (posição de segurar o lápis), posição do papel a nossa frente (o caderno devia ficar perpendicular à frente do corpo) e outros conselhos mais. Todo esse esforço da Professora tinha o objetivo pedagógico de completar a instrução formal do conteúdo escolar – as disciplinas, em relação àquele que recebia essas informações – nós alunos.

Assim, ao passar do tempo, deparo-me com outra forma de transmitir aqueles conhecimentos tão práticos e preciosos, pois é fato notório que os Professores da era moderna não têm mais a preocupação de digamos, alinhar o aluno à posição correta de escrever, de sentar-se, de ler, de usar a caneta para escrever. Digo isso porque tenho o exemplo de minha neta e de colegas seus /suas, pois as vezes, quando a vejo escrevendo, pergunto-lhe se está escrevendo com a ponta de seus dedos, pois não vejo a ponta da caneta; outras vezes, ao final da escrita, faz exercícios de reposição da coluna vertebral (como se ela estivesse empenhada), fruto da má posição do papel à sua frente (horizontal à frente do corpo). Leitura, então, é um vexame. Palavras do cotidiano são para ela desconhecidas, parecendo que não usam o dicionário na Escola (se o fazem, nunca disse) e eu até hoje não desgrudo do meu, já velhinho mas bom companheiro e de roupagem nova, acompanhando a evolução história do saber.

Pois bem, com tudo isso acontecendo nas Escolas e Grupos Escolares, deparo-me, mais uma vez, com uma manchete na revista Nova Escola – Gestão Escolar, fev/mar 2010, pág. 38, que diz - ´Coloque a tecnologia no dia a dia da escola “, discorrendo tecnicamente como organizar o laboratório de informática, onde reafirmam que – o computador e a internet já são  realidade nas escolas. Realmente é uma realidade e dela não podemos fugir. É a tecnologia entrando em nossas mentes já adultas mas com formação sólida em face “ daqueles ensinamentos básicos do curso primário “, e na mente deles (os alunos de hoje), chamados internautas, onde aprendem de tudo com a velocidade fantástica da internet, copiando e recebendo informações previamente catalogadas, com escrita perfeita, onde a análise do contexto fica por conta do Professor e não do aluno (são os chamados trabalho de pesquisa).

Devo confessar que todo esforço para acompanhar a evolução tecnológica é importante, mas, mais importante é saber se os Professores estão preparados para transmitir  o conteúdo global necessário para que o aluno chegue preparado para o uso desses equipamentos auxiliares da aprendizagem. Quando falo em conteúdo global refiro-me não só ao conhecimento técnico e domínio do equipamento por parte do Professor, mas, também, se a ele foram ministradas aulas de, por exemplo, relacionamento pessoal, postura de sentar-se, a finalidade social do equipamento, seu uso e forma de usar, e outras informações correlatas.

Este relato tem algumas finalidades básicas : 1) ver a ponta da caneta que minha neta usa quando escreve; 2) que ela deixe de fazer contorções na coluna vertebral quando terminar de escrever seu trabalho escolar: 3) que o papel onde ela escreve o texto fique perpendicular à frente de seu corpo.

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