PT cobra suposto acôrdo para 2012 com PSB e abre crise
Faltando um ano e dois meses para as eleições municipais de 2012, o Partido dos Trabalhadores (PT), começa a cobrar um suposto acòrdo de aliança formulado durante as eleições de 2010 com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) com vistas as eleições municipais do ano que vem.
As manifestações petistas tiveram inicio durante a-à visita do presidente do Diretório Nacional do PT, Rui Falcão, no último dia 2 de julho. Um dos objetivos da visita foi incentivar a disputa para as eleições de 2012 e, contribuir na construção de alianças para disputar as prefeituras em todo o Estado. Segundo texto distribuído à imprensa, pelo Diretório Regional do PT no Amapá, o Partido já se movimenta para cumprir a tarefa, que começa com o reagrupamento das forças políticas locais e já tem uma agenda de reuniões, que incluem dirigentes, mandatos e militantes.
Pouco antes da visita de Falcão, à deputada federal Dalva Figueiredo, já havia reunido as principais lideranças do partido no estado, para debater o assunto. O encontro, ocorreu logo após à exoneração de Evandro Gama (PT), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Na ocasião, Dalva Figueiredo defendeu que o partido comece a lapidar candidaturas próprias, em pelo menos quatro municípios: Macapá, Santana, Serra do Navio e Ferreira Gomes.
Durante o encontro, a parlamentar cobrou reciprocidade política da agremiação, com a qual o seu partido formou a Frente Popular, que permitiu a eleição do governador Camilo Capiberire. “Não vejo outra postura do PSB e do governador Camilo, que não seja apoiar as candidaturas do PT. Foi o que conversamos e, por isso, o apoiei no segundo turno das eleições de 2010. A bola, agora está com o PT”, afirmou Dalva.
“Toda vez que nós apostamos em fazer da nossa disputa interna um embate maior do que a disputa política por um projeto na sociedade, nós saímos perdendo. Não podemos repetir o mesmo erro. Precisamos traçar uma estratégia de unidade”, defendeu Dalva.
Durante o encontro, a parlamentar cobrou reciprocidade política da agremiação, com a qual o seu partido formou a Frente Popular, que permitiu a eleição do governador Camilo Capiberire. “Não vejo outra postura do PSB e do governador Camilo, que não seja apoiar as candidaturas do PT. Foi o que conversamos e, por isso, o apoiei no segundo turno das eleições de 2010. A bola, agora está com o PT”, afirmou Dalva.
“Toda vez que nós apostamos em fazer da nossa disputa interna um embate maior do que a disputa política por um projeto na sociedade, nós saímos perdendo. Não podemos repetir o mesmo erro. Precisamos traçar uma estratégia de unidade”, defendeu Dalva.
No Twitter
Três dias após o enconto, o governador Camilo Capiberibe, teria se posicionado sobre o assunto na interne,t através da rede social twitter. Segundo informações publicadas na imprensa, o governador teria dito que: "Partido é partido e governo é governo, e todas as direções partidárias nacionais vão cobrar lançamento de candidaturas à prefeito".
O governador preferiu não acalorar a discussão, afirmando que não houve ainda reunião para dialogar sobre o assunto, e que, no momento certo, à Frente Popular irá dialogar e buscar à convergência dos interesses de cada partido.
O debate no twitter foi puxado pelo militante petistas Heverson Castro, que cobrou, de forma dura, o acôrdo firmado em 2010 e que obrigaria o PSB à apoiar o PT em 2012.
O debate no twitter foi puxado pelo militante petistas Heverson Castro, que cobrou, de forma dura, o acôrdo firmado em 2010 e que obrigaria o PSB à apoiar o PT em 2012.
Mais polêmica e crise
A discussão, no entanto, estava só no inicio. Pouco depois das declarações na inernet, o militante petista Heverson Castro, foi à uma emissora de rádio onde não poupou críticas ao PSB, acirrando ainda mais o debate entre as duas legendas a um possível entendimento amigável. Na entrevista, Castro disse que acôrdo é acôrdo e, caso o PSB entenda que o PT não tenha direito de ter candidato, que seja claro, transparente e diga que não vai cumprir o acôrdo.
O petista partiu para o confronto ao declarar que “Politica não pode ser tratada de forma leviana e na molecagem”. Ele afirmou ainda. que o PT tirou o PSB do isolamento político no Estado, rompendo com o ex-governador Pedro Paulo (PP), para fazer aliança com os socialistas. Na ocasião, o apresentador do programa Mauricio Medeiros, que é filiado ao PSB, disse que o PSB tirou o PT do “governo da harmonia”. O termo é utilizado pejorativamente para citar o governo do PDT nos últimos 08 anos à frente do Estado. Em resposta, o petista lembrou que em 2002, o PSB negou apoio à candidatura de Dalva Figueiredo para apoiar o ex-governador Waldez Góes (PDT), ao governo. Um dos apresentadores do programa encerrou apendenga, dizendo que Heverson poderá ser um complicador na reedição da frente política PT e PSB, em 2012.
Procurada pelo jornal Tribuna Amapaense, à presidente do diretório regional do PT, Nilza Amaral, declarou que a opinião do militante petista é pessoal e não reflete a opinião do diretório.
“Respeito a opinião de todos os filiados, mas o PT tem suas instâncias que respondem pelo partido”, declarou Nilza, afirmando que política é coisa séria.
Procurando amenizar o tamanho da crise, ela disse que o governador respeita a autonomia da base aliada que compõe o governo e o PT, sabendo disso, poderá lançar candidatos. Nilza afirmou tamém, que o partido tratará a questão com a devida responsabilidade, trabalhando inclusive com pesquisas. “Não dá para disputar por disputar. É um momento de muita responsabilidade e vamos conduzir a situação com esse entendimento”, disse, afirmando em seguida que nos municípios de Santana, Ferreira Gomes e Serra do Návio, o PT terá sim candidatura, já nos demais, poderá ter entendimento.
Histórico da aliança
Petistas e socialistas são velhos aliados e também adversários no Amapá. Em 1994, chegaram ao poder tendo como governador o peessebista João Capiberie e como vice-governador, o petista Gilson Rocha. A aliança voltou a ser editada em 1998, com João Capiberibe reeleito governadopr e Dalva Figueiredo como vice. Em 2000, às duas legendas já davam sinais de desgaste na aliança. Venceram a eleição para à prefeitura de Macapá, com o PSB na cabeça da chapa, porém o PT foi dividido. Em 2002, veio o racha: os dois partidos lançaram candidaturas ao governo no primeiro turno. O PT passou para o segundo turno, e aí foi a vez do PSB ficar dividido. Nenhum dos dois venceu.
A possibilidade de uma reaproximação era praticamente improvável, pois em 2006, o PT chegou a lançar uma candidatura “laranja”, para inviabilizar a candidatura dos socialistas. Um racha dentro do próprio PT levou às duas siglas a reaproximação em 2010 e a vitória. Agora, menos de um ano após assumirem o governo do Estado, o projeto para 2012 começa a atrapalhar à aliança e os dois partidos podem perder uma nova eleição.
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