Coogal obtém licença por mais três anos
Representantes da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal) comemoram a renovação do alvará para pesquisa mineral em nova área no distrito do Lourenço, município de Calçoene. Toda economia local gira em torno da exploração dos minérios de ouro e tantalita existentes na região.
Os garimpeiros vinham sobrevivendo dos rejeitos da antiga mina, explorada pela Mineradora Novo Astro. Apesar do esgotamento da área, cada garimpeiro consegue ainda hoje uma renda de aproximadamente R$ 1.000 mil. “Nossa perspectiva a partir de agora, com a possibilidade de explorar a área de 7.688 hectares, denominada 075 é bem maior. Por isso, estamos muito animados”, disse Antônio Pinto, presidente da Coogal.
O alvará para pesquisa tem validade de três anos, podendo ser renovado pelo mesmo período. O processo nº 858075/2001 tramitava há mais de um ano no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). “Tivemos todo o apoio da bancada Federal, o que foi decisivo para conseguirmos agilizar o processo”, explica o presidente da cooperativa.
A deputada federal Dalva Figueiredo (PT), coordenadora da Bancada acompanhou o pleito dos garimpeiros e disponibilizou os técnicos de seu gabinete para fazer todos os ajustes necessários ao projeto apresentado pela Coogal. “A burocracia é grande, e sem esse apoio não teríamos conseguido”, comenta Pinto.
Após o período de três anos para pesquisa, a Coogal deverá ter identificado todo o potencial das áreas mineráveis e poderá fazer a exploração com segurança. Como a pesquisa tem um custo alto, algumas parcerias com empresas privadas deverão ser firmadas, sob o comando da cooperativa, que coordenará o processo. “Dependíamos desse documento para avançarmos e agora temos muito trabalho pela frente e um futuro promissor para a nossa região”, comemora Lucas Maranhão, garimpeiro.
Dalva Figueiredo avalia a conquista como um grande passo para o desenvolvimento da região. “Fizemos uma grande articulação política e acompanhamos os garimpeiros junto ao DNPM e Ministério de Minas e Energia por compreendermos a importância econômica e social que a Coogal tem na região. E agora vamos avançar ainda mais com ações de valorização da mão de obra”, disse a deputada.
A parlamentar desenvolve projeto para alocação de emenda parlamentar que visa capacitação da comunidade e desenvolvimento de biojóias. “Precisamos agregar valor ao minério explorado em Lourenço, ampliando a cadeia produtiva com mais geração de emprego e renda e vamos atuar nesse sentido de agora em diante”, assegura Dalva.
Todo o processo está sendo acompanhado pelo Ministério Público Federal – MPF e os demais deputados e senadores do Amapá.
Projetos tecnológicos
A Coogal, fundada em 1995 reúne cerca de 1000 cooperados, com a nova área para garimpagem os cooperados melhores condições de trabalho, e ao mesmo tempo, encontrar outras atividades paralelas que possam oferecer novas oportunidades de emprego e renda.
A deputada Dalva destaca o potencial do distrito de Lourenço. “Sabemos do potencial que o Lourenço tem, por toda sua condição econômica e ainda tem muito a oferecer. Mas, é preciso planejar para criar perspectivas em outras áreas como agricultura e pesca”, disse Dalva.
Para isso seria necessário um esforço conjunto e até o envolvimento do governo do Amapá na elaboração do projeto convincente, e assim credenciar a Coogal junto às instituições financeiras a conseguir o dinheiro para a aquisição de equipamentos. Desta maneira, a cooperativa teria condições de fazer as pesquisas necessárias e o melhor uso das terras, durante a atividade garimpeira.
“A área liberada para a exploração mineral é de quase oito mil hectares, ao redor da mina. Mas para fazer uso adequado desse espaço é necessário ter tecnologia e recursos, ou seja, investimentos para que tenham condições de desenvolveram suas atividades com êxito, e nós da bancada temos que ajudar a cooperativa a encontrar o caminho para acessar essas verbas”, destacou a deputada.
Conforme a parlamentar, é preciso trabalhar todo um projeto de reestruturação social, econômica a partir da riqueza que o Lourenço tem e assim garantir uma melhor qualidade de vida as pessoas que moram na região.
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