sexta-feira, 29 de julho de 2011

“Pupunhaço”, a revolta dos idiotas

A Deputada Marília Góes (PDT), semana passada, em programa de rádio, exerceu o seu sacrossanto direito de oposição e criticou, com certo charme e veemência, a administração do Governador Camilo Capiberibe (PSB). A novel parlamentar pontuou, um a um,  os alegados “descompromissos” do atual governo e, em dado momento disparou, em síntese lapidar, que “as prioridades do Governador Camilo são com o seu próprio bem-estar. Ele adora terno e gravata, carro de luxo e vinho chileno”. A frase atingiu o fígado dos situacionistas, sobretudo, aqueles, cujo miolo foi alimentado com “amêndoa do caroço de pupunha”, dieta, que segundo a sabedoria popular, deixa seu adepto com alguns neurônios a menos ou, no exagero, zerado.
Os adoradores da amêndoa do caroço de pupunha, revoltados com o pretenso insulto parlamentar perpetrado pela Deputada Marília Góes, promoveram um verdadeiro “pupunhaço” nas redes sociais, tentando, a todo custo, desqualificar à crítica, utilizando-se dos mais sórdidos e reprováveis argumentos. A estratégia, era desqualificar à agente da crítica, imputando-lhe adjetivos horrorosos e, depois, distorcer o conteúdo da afirmação com interpretações burras, desonestas e literais, próprias de quem exagerou na dieta da pupunha, no propósito de desviar a opinião pública. Houve até opinião de um pernóstico, que frauda carnaval e profana à imagem da santa, em seus porres homéricos.
O “pupunhaço”, todavia, não tinha razão de ser. A deputada Marília Góes, hoje na oposição, com suas suaves críticas, estava no pleno exercício do direito que na democracia é assaz corriqueiro e próprio do regime. Negar à oposição o direito de criticar, é postular por um Estado fascista, que elimina seus opositores em campos de concentração e persegue seus desafetos até nos confins dos infernos. Na democracia, à oposição é necessária e saudável, sob pena de se subverter a essência do próprio regime. Não há espaço para pensamentos totalitários que desafiem à existência dos que  pensam diferente. O governador Camilo, quando na oposição, exerceu, sem qualquer garrote, o seu direito de divergir, tendo à sua disposição, inclusive, o programa de rádio da própria assembléia, onde vociferava contra o governo de então. Esse é o jogo democrático, cujas regras não podem mudar.
O problema, é que os adoradores de amêndoa do caroço de pupunha, no propósito de agradar o “chefe”, interpretaram, literalmente, à frase lapidar da Deputada Marília Góes e tentaram impugná-la com gracejos inoperantes e reveladores de seus correspectivos níveis intelectuais. Não havia razão. A Deputada Marília Góes, ao proferir à frase do conflito, logicamente que trabalhou com elegantes metáforas. Quando disse, por exemplo, que o governador tem como prioridade o seu próprio bem-estar, quis afirmar, que o gestor está longe de atender as causas coletivas, afastando-se do postulado de seu governo, que se pretende como um governo de todos. O gosto por terno e gravata, também não pode ter interpretação literal, eis que o Governador Camilo não é nem um símbolo de elegância e estilo. Ao contrário, parece sempre que aproveita a roupa do pai, deixando os estilistas apreensivos por ajudá-lo, posto que, o vigor da juventude, sugere um estilo mais casual sem ofender, contudo, a liturgia do cargo. De igual forma, é metafórica a expressão de que adora vinhos chilenos, pois se sabe que a predileção do Governador nunca foi por vinhos, seu eventual embriagar (se é que chega a tanto), não vem de fonte dionisíaca.
Abriu-se espanto também à afirmação de que o Governador não se deslumbra com o poder, pois  tem convivência histórica com ele. Ora, até onde se sabe, o Governador não é nenhum filho de nobre e não descende de nenhum milionário fortuito. Segundo relato de seu próprio pai, sua vida foi difícil e fugidia, como é a de todo filho de militante político que é literalmente cassado pelos governos autoritários. Assim, Camilo Capiberibe não tem sangue nobre e pode, sim, eventualmente, até se deslumbrar com o poder, o que não foi a afirmação da Deputada Marília Góes.   
A verdade, é que alguns, na política, não admitem e não sabem conviver com o contrário, revelando-se, pois, verdadeiros antidemocratas e inimigos jurados da pluralidade de idéias. Pior é quando essa categoria tem a ignorância como marca e tenta vencer o debate a qualquer custo, mesmo que tenha que assumir o alto consumo de amêndoa do caroço de pupunha e patrocinar um mega “pupunhaço”. É como diz Olavo de Carvalho, em seu imperdível “O Imbecil Coletivo”: os idiotas têm o direito de falhar, porque são idiotas, já nós, não podemos nos deixar contaminar, porque besteira é contagiosa e, às vezes, convence. Da próxima vez, Deputada, não ouse chamar o Armstrong de “meu preto”, porque a turma da pupunha pode querer lhe processar por crime de racismo. Caracas!
RABISCOS
Turma da pupunha exagerou na “interpretação” da entrevista da Deputada Marília Góes. Fez um “pupunhaço” daqueles. Casa cheia!!!///A imprensa PINK estimulou o “debate” e os adoradores se deleitaram. Era cada uma que valia duas. Pode, Juvenal?////Conjunto Mucajá na boca para ser entregue. É o início de uma verdadeira política habitacional. Prefeito Roberto Góes “Não afroxe”, mas não “afroxe” mesmo, como diz o pernóstico que frauda carnaval e há tempo não lê meia orelha de um livro.////Encontro meu amigo Ronaldo Serra. Proseamos à vontade. Gente boa. Segundo ele, tem “picareta” que só quer saber dos “ricursos”. Verdade, bacharel, verdade. Ronaldo é imperdível////Onde anda o amigo Bonfim Salgado? Saudade mata, amigo. Quero um encontro, mesmo que seja para me chamar de bedel. Sou um plebeu, irmão, mas adoro uma vida boa.///A Dan-Herbet, a maior fabricante de buraco retinho, bonitinho do mundo, continua agindo, agora, por decretar caducidade a alguns buracos. Acha que os velhos são os velhos. Prefeito, mais uma vez, mande essa turma tapar os buracos. Mas tapar muito, como diz o morbígeno que frauda carnaval e vive afundando as entidades, inclusive, as que diz que gosta.////Roberto Góes promove verdadeira inclusão social e política afirmativa ao fomentar a cultura negra. Isso é que é trabalhar em favor das minorias, dando dignidade e não dependência////Taxista também experimentaram o braço encorajador do município com concessão de placas. Gestão tem, falta “ricursos”, como diz o Ronaldo Serra////A ausência de políticas integradas entre o governo e a prefeitura de Macapá revela que falta ao Governador um gesto para ser diferente e dar as mãos ao povo. Ainda há tempo!!!///A Praça da Bandeira volta a ser palco de eventos. Tomara que os talibãs não proíbam o livre exercício da cultura////Imprensa esportiva me cutuca pelo voluntário desaparecimento da mídia. É o desalento meus caros. Devo renunciar à militância esportiva extravagante. A razão me impõe. No meu não, dotô !!////Fernando Canto, agora é imortal na Academia de Óbidos. Vale muito. Homem de valor inegável. Pena que ainda não tenho sido melhor aproveitado nessa terra que amo////Prefeito Roberto na luta para gerar recursos para desenvolver o município. Devagar, mas andando, o “ricurso” entra///Ainda de luto pelo desaparecimento do amigo Laerte. Relendo um poema que fiz para ele no antigo CCA. Profa. Sabóia, adorou! Lembram dela?////A LIESA faz aniversário e seus detratores midiáticos nem aí. Ainda bem que escapei, Braga.////Alguma obra retomada essa semana? Pesquisa que tem!////Roberto Góes me pergunta por que ando triste. A conjuntura, meu caro, deixa a gente meio baleado.////bye

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