sexta-feira, 26 de agosto de 2011

De Tudo Um Pouco - O custo- benefício (ou prejuízo) do corte de energia elétrica

Senhor Presidente da CEA.

Nestes tempos de dificuldades financeiras dessa Cia. e de quase todo o povo brasileiro, é necessário empreender-se esforços, os mais simples possíveis, para equilibrar a balança financeira das empresas e das pessoas físicas em geral. Medidas práticas buscadas nos momentos de aflição são o resultado de uma economia singular, mas que evitam prejuízos maiores se extensivos a um grupo maior de atingidos, digo,  consumidores.

Sou um desses “clientes” da CEA. Minha residência fica no Distrito de Coração, sentido Macapá/Santana, km 14, para entrada no Ramal da Escola Agrícola, da Casa da Hospitalidade, donde da entrada até o medidor de energia são 4 km. Mais uma medida de distância : da frente da sede da CEA até o km 1, são +/- 2 km. Somando-se essas medidas temos o total de 21 km, que dobrado ( ida e volta ) perfazem 41 km.

Para fazer esse percurso num Fiat/Pálio 2004 ( mas conservado ) gasto diariamente R$ 10,00, no mínimo, que corresponde a aproximadamente 3,80 L de gasolina.

Bem, a estória é a seguinte. Dia 11 deste mês, pela manhã, fui informado pelo caseiro que a energia havia sido “cortada” pela CEA. Imediatamente busquei nos controles internos o documento (fatura) de quitação do consumo. Manuseando um por um, deparei-me que a fatura  do mês 06/2011, com vencimento para 05/07/2011 não havia sido paga, mas as anteriores e posteriores sim. Então concluí que havia sido “ descuido”, mas nunca omissão de pagamento, pois o intervalo dos pagamentos prova isso. O valor da fatura era de R$ 67,97.

Fazendo as contas do custo/benefício ou custo/prejuízo dessa operação, que embora legal é prejudicial à empresa, chegamos ao seguinte resultado: seis (6) funcionários ( 3 que foram desligar e 3 para religar ) x R$ 18,16 diária, dá R$ 108,96, mais(+) R$ 20,00 de combustível, mais(+) o cartucho que foi substituído ( os “cortadores” o arrancaram com tanta força que foi necessário trocá-lo ), que avalio em R$ 20,00 ( muito por baixo), mais (+) R$ 74,88 ( retorno da equipe no dia 12) Somando-se esses valores temos o montante de R$ 203,84, que representa 299,89 % do valor da fatura. Nesse cálculo não incluímos o desgaste do veículo e outros insumos que foram aplicados à operação,

A fatura foi paga nesse mesmo dia, como também a taxa de ligação de urgência no valor de R$ 36,51.

Diante desse quadro, Presidente, não seria melhor que o setor competente ( não sei qual ) dessa Cia. procedesse uma avaliação de todos os casos semelhantes a fim de encontrar-se o melhor resultado para ambas as partes? Também um serviço de “atendimento direto ao consumidor” avisando ou comunicando que há um débito pendente no valor X, e se já foi quitado que apresente o documento, a fim de evitar-se cobrança judicial em dobro? Ou uma cartinha avisando que existe um débito intercalado que não foi quitado? Creio que no cadastro de cada consumidor exista número de telefone.

Sei que existem problemas maiores nessa Cia, mas sei, também, que não há falta de pessoal para realizar tarefas iguais a esta, pois fundamentalmente, hoje em dia, a razão nos leva a um objetivo comum – economizar, para não faltar. Estou propondo-me a reavaliar meus sistemas de controle interno para não cometer erros dessa natureza.

Atenciosamente,
Juracy da Silva Freitas
UC – 280518 – Retiro Ponta da Ilha.

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