sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dossiê

Delegado Ronaldo Coelho: o tiro na “herança bendita”

Há, sim, unanimidades que não são burras. O Delegado de Policia Civil Ronaldo Coelho é exemplo clássico dessa afirmação que contraria o enunciado de Nelson Rodrigues que, aliás, não quis bem dizer isso. Qualquer estudioso da segurança pública sabe que o procedimento funcional do Delegado Ronaldo Coelho remete a confirmação de que segurança é uma questão sensitiva. Dom Helder Câmara já assentava essa premissa no 1. Congresso Brasileiro de Segurança Pública, realizado em Fortaleza Ceará em 1991. Com sua voz episcopal sentenciou: “segurança é uma questão de sensação”, garantindo com isso que não há segurança real, tangível ou que possa ser descrita objetivamente.  De fato, segurança é uma questão sensitiva, contudo, essa sensação é criada por fatores externos, exógenos e eficientes capazes de construir na nossa subjetividade essa maravilhosa sensação. Ronaldo Coelho há mais de meia década vinha propiciando essa sensação aos amapaenses com seu dedicado trabalho policial. Sua dedicação espartana ao trabalho investigativo construiu um herói real, palpável, humano, capaz de nos livrar da ação dos criminosos mais torpes. Quantos não se realizaram no plano da justiça pessoal com as ações do “xerife”? Seu jeito peculiar de narrar as prisões dos delinqüentes davam à sociedade a certeza que havia um agente do Estado atuante,  compromissado e que honrava a remuneração que recebia. Se havia a certeza de que o tributo pago era bem empregado era no trabalho do Delegado Ronaldo Coelho.
Mas, de repente, sem qualquer justificativa plausível, a Delegacia Geral de Polícia Civil dissolve o eficiente trabalho do brilhante Delegado, desmobilizando a equipe de capturas. Foi um tiro no pé da gestão e um murro certeiro no peito do cidadão cuja sensação de segurança agora foi para o espaço. O atual governo vive afirmando que recebeu uma herança maldita e um Estado em desordem financeira da administração anterior e que o trabalho de recuperação levará razoável tempo e imobilizará a gestão no seu início.
Tudo bem. Admitamos que o Estado, de fato, fora entregue em condições precárias e que o período atual é de reconstrução, contudo, essa realidade não se aplicava a equipe de capturas comandada pelo Delegado Ronaldo Coelho que, foi sim, uma “herança bendita” recebida pelo atual governo. Sua atividade investigativa funcionava muito bem e dava eficiente respostas à sociedade na questão da segurança pública capazes de justificar sua permanência no cargo.
Sua saída penaliza a sociedade, enfraquece o Estado e empresta triunfo à marginalidade que, folgada, não titubeará em atacar nossos bens e, sobretudo, nossas vidas.
Se a intenção do Delegado Geral de Polícia era promover “mudanças”, mudou para pior, estruturalmente, irracionalmente. Sem qualquer demérito a qualquer outro Delegado, sequer um, igualar-se-á ao trabalho empenhado do “Xerife” e nenhum dará ao cidadão aquilo que é atributo inseparável do conceito de segurança: a sensação. Se o Delegado Geral de Polícia pouco fala, muito agiu em desfavor da sociedade subtraindo-lhe um valor inalienável. Está na hora do Secretário de Segurança Pública, que muito fala, apontar o dedo em riste para o desafeto da segurança e compelir-lhe a voltar atrás ou estimular o Governador a tanto. O que não pode é deixar triunfar o desserviço, a ação maliciosa que deixa sucumbir o cidadão e ergue magistralmente o bandido.

Se a herança maldita é perversa o trabalho honrado, bendito e em sintonia com o povo, como é do Delegado Ronaldo Coelho, não pode tombar inerte sem uma ação enérgica daqueles que se propuseram a dirigir o povo. Senão a balbúrdia cresce, a desordem se instala e a meritocracia, sempre benfazeja, é atirada pela janela como são os trates indesejáveis de qualquer residência. O governo não pode tirar da sociedade aquilo que lhe trás felicidade porque a razão precípua do Estado é propiciar o bem comum. Não pode o Estado sacar sua arma e atirar na testa do cidadão tirando da rua seus melhores policiais colocando a sociedade em indesejável pânico. A cada policial eficiente tirado da rua uma horda de bandidos se  organiza para atacar o povo e arrebatar-lhe a dignidade. A saída do Delegado Ronaldo Coelho da equipe de capturas é uma afirmação indisfarçável de que o Estado quer organizar os bandidos atirando, impiedoso, na “herança bendita”. Acertou no pé!

RABISCOS

Saída do Delegado Ronaldo Coelho da equipe de capturas é atestado inconteste de gestão matreira. Só o povo falou mal da medida. O resto gostou à beça!///Aliás, somente há poucos dias constatei que o Delegado Tito fala. Era de uma mudez elogiável. Pode, juvenal?//// O “Xerife” comoveu a cidade com sua saída. Até os malacos sabem de sua importância. Será que haverá um Fidel para o nosso Tito?////E a liminar da Justiça Federal sobre o “caso LMS” foi cassada. Era prevista. Questão de direito! Tenho dito!///A Dan-Herbet, a maior fabricante de buraco retinho, bonitinho do mundo, continua agindo, agora fazendo buraco asfaltado. Prefeito, mais uma vez, mande essa turma tapar os buracos. Mas tapar muito, como diz o cranco que frauda carnaval e vive tagarelando para manter a pose////Estão estatizando a LIESA e deixando as escolas de samba de fora. À luta, meu querido Braga, senão viramos bolinho de feira/ ///Raul Mareco abre trincheira no twitter e desafia opositores. Bom de briga , o magrão!////Renivaldo Costa com competência vai dinamizando a comunicação da PMM. É bom de teclado e tem equipe boa./// Carlos Lobato continua advogando a causa da extinção do exame de ordem. Agora feliz com o parecer da PGR. Não vinga mano, é só fogo de palha, meu caro////Moisés Souza vai pautando a AL em sintonia com a sociedade. Parlamentares têm elogiado o “chefe” ////Prefeitura de Macapá, sem parceria, vai levando a vida. As respostas poderiam ser mais rápidas se o GEA não fizesse “beicinho”////Fernando Canto reclama do tempo que conspira contra sua literatura. Pena!////Prefeito Roberto Góes gastando sola em BSB para viabilizar o Hospital Metropolitano. Tem logrado êxito. Aterrissa uma cota significativa para conclusão da obra///E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai?////Deputada Marília Góes meio “light” após o “pupunhaço”. Parta pra cima, Deputada!////Roberto Góes me pergunta pela equipe de capturas. Capturada, meu caro, nos deixando órfãos////bye

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