segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Editorial



Este é o Amapá que queremos
Silenciosamente um movimento ganha corpo nos cerrados amapaense. Um movimento pró ativo que tem como meta transformar as terras improdutivas do Amapá, num centro produtor, que seja capaz de abastecer o mercado interno com alimentos. Que maravilha!
Senhores isso há muito saiu do campo teórico e da utopia. É realidade, aliás, a mais pura realidade que este semanário que persegue com muita garra seu ideário de mostrar um Amapá diferente para seus leitores, testemunhou. Um Amapá que faz e que acontece. Acreditem! Isso está acontecendo aqui.
Uma caravana composta por produtores seguiu em carreata rumo a AP 70 e algumas propriedades já produtivas foi visitado pelo governador Camilo Capiberibe. Era para mostrar que entre pedras e capim existe uma terra capaz de produzir grãos e com uma técnica sustentável, onde o solo é adubado com palhagem que sobrou da primeira safra e nesse campo fertilizado de forma orgânica, faz-se o chamado plantio direto.
Máquinas semeadoras, colheitadeiras, tecnologia, mão de obra, recursos próprios e uma vontade enorme de trabalhar na terra são ingredientes que fortalecem esses brasileiros nômades que rodam o Brasil socializando conhecimento, genética e desenvolvimento social e econômico.
Esse é um modelo de produção que não tínhamos e não temos tradição. A Agricultura mecanizada, de escala. Não podemos eliminar nossa agricultura familiar, porém não podemos virar as costas para um modelo que já deu certo no Brasil verde localizado no Centro Oeste brasileiro.
Quem não conheceu o Mato Grosso de cerrados infinitos, indomado e improdutivo. Como chegou a luz para aquele povo. Através da agricultura. Hoje Mato Grosso do Sul é um dos maiores centros produtores do Brasil, com várias fábricas gerando emprego e renda.
Este jornal publicou artigo na edição passada cujo título era que modelo de desenvolvimento que queremos. Pronto, aí está resposta. Esse que produz alimento, emprego e dinheiro.
O governador Camilo Capiberibe viu tudo de perto, obteve todas as informações possíveis para entender o modelo, suas vantagens e desvantagens, que, aliás, são mínimas. Agora a esperança é que o governador insira em seu programa de governo essa luta desses irmãos que vieram tirar o pé do Amapá da lama do atraso e da escassez de dinheiro. Viva o campo produtivo. 

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