Mais de 100 pessoas estão desalojadas
Mais de 100 pessoas de 19 famílias, que tiveram suas casas destruídas pela erosão das enchentes na orla do Aturiá, estão abrigadas em três colégios públicos de Macapá. Inicialmente, três famílias haviam sido removidas para a Escola Municipal Maria José, no Araxá. Na madrugada de quinta-feira, 4, outras 16 famílias foram transferidas para salas de aulas da Escola estadual São Francisco das Chagas, no Araxá, e da Escola Estadual Maria de Nazaré, na Vila dos Oliveiras.
A remoção das famílias foi feita por integrantes do Conselho Comunitário de Segurança Pública do Araxá e Pedrinhas e por membros da Defesa Civil. A maioria das cem pessoas é formada por crianças, que dormem em colchões. A alimentação é mantida pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Macapá.
Além das 100 pessoas desalojadas, muitas famílias ainda estão em situação de risco na orla do Aturiá, informou a presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública do Araxá e Pedrinhas, Maria Lidia Mendes. Ela disse que essas pessoas permanecem em suas casas, mesmo correndo risco de vida, porque não há locais suficientes para abrigá-las.
Na manhã de quinta-feira, o secretário especial de Governadoria e Infraestrutura, Alberto Góes se reuniu com os chefes das famílias para buscar uma solução. Na companhia do comandante da Política Militar, coronel Gastão Calandrini, ele disse que a Defesa Civil fez o levantamento da situação de risco de todas as casas da orla do Aturiá.
“As famílias deverão ter a compreensão e desocupar suas casas para não correr riscos”, afirmou Alberto Góes. O secretário informou que na próxima semana será apresentado o projeto de urbanização daquela região, que prevê a construção de pequenos blocos residenciais, para onde serão remanejadas as pessoas que moravam nas casas atingidas pela erosão.
Por enquanto, segundo o secretário existe apenas o terreno onde será construído o conjunto habitacional. Alberto Góes disse que o Governo do Estado e a Prefeitura de Macapá pretendem alugar casas para onde as famílias serão transferidas provisoriamente. Ele acrescentou que os órgãos públicos também estão estudando os processos de indenização das famílias cujas casas foram destruídas.
A presidente do Conselho Comunitário do Araxá e Pedrinhas, afirmou que o projeto para a construção do conjunto habitacional se arrasta há oito anos. “É um drama que se arrasta há muito tempo, pois, se já existe uma área destinada ao conjunto habitacional, infelizmente, no Aturiá, as obras do PAC ainda não saíram do papel”, criticou.
Alojada na Escola Municipal Maria José, com o marido e seus oito filhos, Gilvanete Rodrigues da Silva morava na orla do Aturiá há 13 anos. “Minha casa caiu e estou aqui na escola há três”, disse Gilvanete, na quinta-feira. Ela informou que a alimentação dos desabrigados é fornecida pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública e pela Defesa Civil.
“Até agora, não sabemos de nenhuma decisão para onde seremos transferidos. Existe apenas um cadastro com o nome
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